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ANÁLISE DA OBRA “A ROOM OF ONE’S OWN” DE VIRGÍNIA WOOLF

Por:   •  13/7/2021  •  Seminário  •  2.277 Palavras (10 Páginas)  •  133 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA

CAMPUS RIACHO FUNDO LICENCIATURA EM LETRAS – INGLÊS LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA IV PROFª TARCIANA ALMEIDA

ALINE ALMEIDA BEATRIZ MELANDES CLARISSA MARTINS JAHMILLE ROCHA

BRASÍLIA 2019

ANÁLISE DA OBRA “A ROOM OF ONE’S OWN” DE VIRGÍNIA WOOLF

  1. Biografia

Adeline Virginia Woolf foi uma romancista, ensaísta, editora e crítica britânica. Nascida em 1882, Virginia desde pequena foi induzida a gostar de livros pelo seu pai, no qual era um editor britânico.

A romancista não teve uma vida muito fácil, por diversas vezes entrou em depressão, ocasionalmente após o final de cada livro no qual escrevia. Quando escrevia, ela dizia se sentir sentada em um rio.

Aos 7 anos de idade, Virginia foi abusada pelo seu irmão de 18 anos. Logo, se tornou uma mulher frígida. Aos 13 anos, sua mãe veio a falecer, o que abriu portas para o seu primeiro surto - tinha visões de fantasmas, conversava com espíritos, incluindo o de sua mãe. Aos 21 anos, seu pai veio a falecer por câncer de intestino. Virgínia teve sua primeira tentativa de suicídio, se jogou de uma janela, porém era muito baixa.

Após a morte de sua mãe, Virginia começa a ter amizades com mulheres mais velhas, trocar confidências, onde despertou seu amor platônico por mulheres.

Pouco tempo depois, Virginia conhece Leonard, seu futuro marido no qual adquiriu o nome "Woolf". Por Virgínia ser uma mulher muito frígida, porém continuar amando Leonard, em 1912 eles se casam porém concordam em ter uma relação não carnal. Virgínia declarou ser assexuada, não há atrações físicas para ela em Leonard.

Em 1915, publicou seu primeiro romance "The Voyage Out". Durante o período de 1912 e 1915, ela já teria tentado suicídio diversas vezes através de uso abusivo de medicamentos. Em 1927, Virgínia publicou "To The Lighthouse" no qual foi um dos livros considerado uma "obra prima".

Em 1928, publicou seu livro "Orlando". Basicamente sobre seu romance com uma mulher lésbica casada com um homossexual por aparências, após as suas frustrações amores, ela veio a escrever este livro. Livro no qual teve um grande número de vendas, e obteve sua fama.

Logo, começou a dar palestras para mulheres sobre quais as dificuldades de ser uma mulher artista, romancista, qual seria o seu papel como escritora. Todas essas palestras, refletiram no seu próximo livro "A room of one's own".

Em 1937, o mundo já estava tomado pela guerra. Woolf começou a se questionar sobre o seu papel como escritora. Queria se envolver na política, e não escrever apenas romances. Em 1940, sua casa foi bombardeada, teve que se mudar para uma casa na praia junto com seu marido Leonard.

Escreveu seu último livro "Between the acts", no qual não relatava apenas a história de sua Inglaterra mas a história da humanidade, a luta da civilização contra a selvageria.

Após seu último livro, entrou em depressão. Em 1941, cometeu suicídio. Deixou cartas de despedidas para seu marido, e saiu de casa com um sobretudo. Colocou pedras dentro de seu sobretudo (casaco), e se jogou dentro de um rio. Seu corpo foi encontrado depois de muitos dias. Um dos policiais responsável pelo seu caso, disse que Virginia fez isso em um ato de lucidez.

  1. Contexto Histórico e Social

Como sabemos, as mulheres não eram e infelizmente, não são tratadas como seres iguais aos homens. Elas eram consideradas mais fracas e menos inteligentes do que eles. Dispondo da religião e ciência do lado desses “fatos”. Para religião por exemplo, eles pregavam que as mulheres eram uma espécie de fonte do mal por serem consideradas as herdeiras de Eva, a primeira pecadora.

Nos anos antecedentes ao nascimento desta escritora, os status das mulheres inglesas houveram alterações, embora enquanto cidadãs, seus direitos fossem bastante limitados. A partir do século XVIII por questões políticas, a imagem da mulher começou a ser fortemente ligada ao ser materno, mas após a revolução francesa, considerando os direitos iguais, fraternidade e liberdade, a justificava na qual demarcava o espaço privado em que as mulheres deveriam permanecer, não eram tão fortes quanto antes.

Logo, com seus argumentos insuficientes, desfrutaram da biologia com finalidade a de reafirmar as mulheres o porque delas pertencerem ao espaço privado: maternidade e trabalhos domésticos. Por possuírem ossos frágeis e cérebro pequeno. E os homens ao espaço público: vida intelectual e espaço político. Por terem ossos fortes e cérebro maior.

No final do século XIX e início do século XX, os lugares para os homens e mulheres nas sociedades ocidentais continuavam de forma binária; mulher no espaço privado e o homem ocupando o espaço público.

Na era vitoriana de 1837 a 1901, o lar passa a ser um ambiente sagrado e incorruptível. o papel de guardião da família é dado a mulher, ela é responsável pela tranquilidade de seu lar, é o símbolo da moral de toda uma sociedade, cai sobre ela a responsabilidade de manter a reputação da classe a qual pertence.

O perfil da mulher é delineado. Pura, delicada, passiva, submissa e bela, assim deveriam ser as mulheres vitorianas. Já o papel da mulher daquela época, limita-se à vida doméstica, compromissos sociais, como organização e participação em bailes, vistas à igreja ou à paróquia da cidade ou chá durante a tarde com outra respeitável dama.

Apesar das mulheres que pertenciam de famílias ricas, não podiam considera-se detentoras de riqueza, pois elas possuiam seu dote, porém era administrado pelo pai, logo que casavam-se passava a ser do marido. E assim era a única forma para uma dama inglesa levar uma vida confortável.

Em relação ao trabalho, as ricas eram destinadas ao casamento, mas as que eram educadas e de famílias boas, não conseguiram um bom partido. Sendo o que restava era o trabalho como empregada doméstica ou operária de fábrica. Porém, para as moças muito educadas e recatadas não poderiam desperdiçar seus talentos nesses trabalhos. Restavam a elas ensinarem. Neste momento, surge a governanta ou professora particular. Era uma figura importantíssima nessa época.

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