FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DE MATEMÁTICA

        UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE OSASCO

FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DE MATEMÁTICA

Trabalho desenvolvido na disciplina de Psicologia da aprendizagem apresentado à Anhanguera Educacional como exigência para avaliação a Atividade Prática Supervisionada, sob orientação da professora-tutor Elder.

Anhanguera Educacional

Osasco/2015

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo formar um elo entre a teoria e prática para o desenvolvimento dos educandos na disciplina de matemática, com atenção especial voltada à didática dos professores e em suas intervenções para adequar o ensino-aprendizagem e para promover um ensino de qualidade, respeitando as crianças em suas especificidades. Discorreremos sobre o ábaco suas formas e sua contribuição para o aprendizado das crianças nos anos iniciais na disciplina de matemática, com propostas de atividades utilizando este instrumento. 

A MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS

A matemática é um sistema construído a partir de nossas necessidades e realidade, nesse contexto podemos dizer que o aprendizado da matemática forma um elo de ligação com o convívio social e o meio onde estamos inseridos.

 Desde de tenra idade às crianças tem contato com os símbolos matemáticos assim como os tem com a escrita, cabe ao profissional da educação explorar os conhecimentos prévios das crianças formando uma relação interpessoal entre aluno e professor, devendo basear-se na comunicação entre ele e o aprendiz, com a intenção de transformação do educando. O educador deve ter consciência da complexidade do processo que envolve o ensino da matemática, isso nos leva a ter a nítida impressão que é mais fácil utilizar regras prontas, sistematizadas pelas instituições mas temos que reverter essa imposição, sermos inventivos, contar sempre com algo que possa realmente levar o educando a se sentir estimulado, através de atividades agradáveis, enriquecedora, que faça com que os educandos tenham consciência que é uma constante do seu cotidiano, com isso dando significado a aprendizagem. Segundo “ Piaget” nessa faixa etária entre os 6 e 10 anos as crianças não alcançaram a abstração necessária para desenvolver pensamentos abstratos, ou seja, necessitam sofrer ações concretas, sendo estimuladas a atuar sobre o objeto, é fundamental que além de sentir, pegar, manusear, apertar, esticar, juntar, classificar, precisam também ser estimuladas a estabelecer relações entre eles, refletindo sobre suas ações desenvolvendo assim o raciocínio lógico.

As crianças precisam perceber novas maneira de perceber a realidade, sua curiosidade inata, própria da idade deve ser estimulada para fazer suas próprias descobertas. Trazer à tona a realidade da criança e suas experiências, tornando as aulas de matemática significativas e transformadoras, com isso acomodando o aprendizado, apropriando-se dessa aprendizagem, fazendo dela parte integrante do seu conhecimento.

Aprender matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e estabelecem relações com base nas observações, experiências e ações que fazem, desde cedo, sobre elementos do seu ambiente físico e sociocultural. (RCNEI, 1998, v2, pág. 217)

Os profissionais da educação devem levar em conta as especificidades de cada criança, dando a liberdade para que elas se expressem, ao iniciar a criança no universo da matemática, os educadores devem ter em mente um planejamento flexível e condizente com a faixa etária que está ensinando, com os conhecimentos prévios das crianças, utilizando-se de objetos que estimulem o pensamento de maneira que contribua pontualmente com o raciocínio logico e com a construção do número. Através de jogos e brincadeiras constitui-se uma diversidade de atividades matemáticas, tornando a aprendizagem potencializada por ser uma maneira divertida de aprendizagem, logicamente de forma que não se perca a intencionalidade pedagógica.

Através da ludicidade as crianças aprendem a conviver em grupo, desenvolvendo suas potencialidades, o educador deve então desenvolver essa prática em sala de aula, promovendo e organizando praticas que contribuam para o aprendizado das crianças. Jogos, brincadeiras e situações do cotidiano, cabe ao educador produzir situações em que os números sejam organizados, pesquisados e utilizados para a compreensão sobre o sistema de numeração, dando continuidade a esse processo de construção do número, com isso as crianças começam a apreender o conhecimento sistematizado das operações matemáticas. Os educadores devem trabalhar com resoluções de situações matemáticas, mesmo nessa etapa das series iniciais, atuando no desenvolvimento do pensamento matemático de forma significativa, provocando a necessidade nas crianças de procurar a solução para o enunciado, envolve-los em problemáticas do cotidiano através de jogos, materiais manipuláveis estruturados como material dourado, calendários com datas comemorativas, aniversários, ábaco entre outros. A linguagem simbólica que a criança utiliza para representar a matemática no decorrer do tempo vai capacitando a criança a generalizar e abstrair, cabe ao educador atentar-se a cada etapa que vai transformando a criança, para poder incentivar, estimulando esse processo interno de cada criança, respeitando sua especificidade e seu tempo de processo de aprendizagem.

ÁBACO

O ábaco é um instrumento criado para que os povos antigos conseguissem realizar a contagem de forma mais rápida, nas ilustrações abaixo estão relacionados alguns ábacos e suas estruturas que segundo historiadores são os mais antigos e como são utilizados até hoje nas escolas sua forma e objetivo didático.  

Desenho	Momento histórico	Utilidades
[pic 1]	Criado originalmente na China, conhecido como suanpan. Não há indícios de quando surgiu o primeiro ábaco Chinês.	O ábaco Chinês tem duas contas em cada vareta de cima e cinco contas na vareta de baixo, sendo conhecida então como ábaco 2/5, esse ábaco não sofreu nenhuma alteração até 1850, quando então surgiu o ábaco 1/5 mais rápido e de fácil utilização.
[pic 2]	Por volta de 1600 os japoneses adaptaram o ábaco chinês, dando-lhe o nome de soroban.	Utilizado para cálculos complexos de adição, subtração, divisão, multiplicação e raiz quadrada Ainda hoje é muito utilizado no Japão, mesmo com a facilidade das novas tecnologias.
[pic 3]	O ábaco Russo, foi inventado no século XVII, sendo ensinado até hoje, mas também se faz uso das novas tecnologias da atualidade.	Ele opera de forma diferente dos ábacos orientais, as contas movem-se da esquerda para a direita.
[pic 4]	Ábaco reconstruído, esse sistema foi utilizado até a queda de Roma, na idade média e até o século XIX.	Basicamente uma tábua com sulcos, ou seja, oito 8 linhas onde ficavam as bolinhas, em cada sulco inferior ficava 5 calculis ou (bolinhas) e no superior 4 calculis. Eram muito utilizadas por engenheiros, comerciante e artesãos.
[pic 5]	O ábaco escolar é muito utilizado para o ensino do sistema numérico e aritmética.	Baseado em nosso sistema de numeração de base 10, cada fio possui 10 bolinhas, através do ábaco a criança adquire linguagem simbólica