Resenha Do Livro Pedagogia Da Autonomia

Resenha Do Livro Pedagogia Da Autonomia - Paulo Freire

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 35ªEd. São Paulo: Paz e Terra, 1997.168 p.(Coleção Leitura).

Paulo Reglus Neves Freire, nascido em 1921 foi um educador e filósofo brasileiro. Seu primeiro livro foi Educação como Prática da Liberdade e seu mais famoso livro Pedagogia do Oprimido foi traduzido para o inglês, espanhol e hebraico. Freire morreu de ataque cardíaco em maio de 1997 no Hospital Albert Einstein.

O livro de Paulo Freire apresenta os principais elementos necessários para construir e compreender a importância de uma prática docente voltada para a formação humana e social do discente. Enfatizam também que, formar não é somente treinar o educado para corresponder os anseios de uma sociedade capitalista, sem se questionar se está sendo ético.

Em seu primeiro capítulo, já deixa bem claro que, o professor aprende ao o ensinar, e, o aluno ensina ao aprender. O docente deve criar possibilidades para que o educando construa seu conhecimento, e recrie o que lhe for ensinado.

Incentivar no educando a sua capacidade crítica e sua curiosidade, mostrando a eles a beleza de estar fazendo parte da história e construção do mundo. Pesquisar e trazer inovações, conhecimento, constatação e indagação para a interação professor-aluno e considerar que o educando não é uma tábua rasa, respeitando assim seus conhecimentos prévios. Essas devem ser práticas obrigatórias de um bom docente.

O autor também afirma que o professor deve ter a consciência que o educando é um ser inacabado, portanto está em constante construção e evolução sócio-cultural, percebendo-se assim á importância de estar inserido no mundo e não adaptado a ele.

Para Paulo Freire, o educador necessita de segurança do conhecimento e da generosidade para que tenha competência, autoridade e liberdade para reger suas aulas. Afirma também que a disciplina verdadeira não está “... no silêncio dos silenciados, mas no alvoroço dos inquietos”. Para ele a Pedagogia da Autonomia deve estar focada na estimulação da decisão responsável do educando, ou seja, “... é decidindo que se aprende a decidir. Não posso aprender a ser eu mesmo se não decido nunca.”

O professor deve ter a clara convicção de que sua pratica não deve ser neutra. Ele precisa se definir e se posicionar, decidindo entre “a liberdade e a ditadura”. Rompendo com paradigmas impostos por uma sociedade capitalista. Apontando diferentes caminhos sem conclusões, para que o educando escolha qual acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo sua autonomia.

Ensinar exige estar disposto a escutar e aprender a falar com o educando. O sujeito que sabe escutar bem é capaz de falar e se posicionar com desenvoltura. Estar aberto ao diálogo diminui a distância e a frieza técnica, na relação do docente com seus discentes.

Freire reafirma no ultimo capitulo, a importância da ética na pratica pedagógica, onde o educador deve ter o gosto pela prática educativa e querer bem seus educandos, tendo a consciência de que sua afetividade no exclui sua seriedade docente.

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