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Resumo do capítulo do livro gramática contextualizada

Por:   •  19/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  989 Palavras (4 Páginas)  •  2.840 Visualizações

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Resumo

No livro "Gramática contextualizada- limpando o pó das ideias simples", Irandé Antunes discute sobre os métodos de ensino utilizados quando o assunto é gramática, e aponta para um grande equívoco, principalmente, da parte que ensina gramatica e também da parte que aprende. Ela faz uma crítica referente ao que muitos compreendem por gramática a cerca da linguagem e da língua. 
No primeiro capítulo do livro, a autora retrata a questão da língua como interação social, abordando o porquê de fundamentos teóricos. Segundo Antunes, é necessário partir das concepções que fundamentam o ensino quando o objetivo é analisar o trabalho pedagógico com a linguagem. Essas concepções sobre os fenômenos linguísticos são decisivas desde "o que se faz em sala de aula; o que se deixa de fazer; o que se prioriza, o que se adia", pois ela afirma que o começo de tudo está diretamente relacionado "aquilo que acreditamos que seja linguagem, língua, gramática, texto e, ainda, os complexos processos de aprender e ensinar".
           A autora tece uma crítica às metodologias utilizadas em sala de aula, como: listar palavras; identificar sua classe morfológica,  função sintática de termos e orações;  analisar frases soltas, sem um contexto próprio; ditas sem sabermos com que intenção e a quem se destina. E piora quando acreditamos que aprender tudo isso é de suma importância para falar, ler e escrever bem. Com isso, Irandé reforça a ideia que "nossa programação de ensino é ditada pelas concepções que alimentamos". Isso significa que, independentemente do grau intelectual de uma pessoa, a mesma verá somente aquilo que a teoria adotada, por ela, lhe permitir ver. Do ponto de vista da linguagem, a fundamentação teórica que adotarmos, coincidirá com as atividades que faremos com textos, os quais pretenderemos que os alunos aprendam algo. Logo, a autora garante que tem sentido pensar em fundamentos e concepções teóricas quando se pensa no trabalho pedagógico com a linguagem. 
           Em seguida, Antunes apresenta a linguagem como interação social. Onde afirma que "toda ação de linguagem, toda ação linguística é realizada conjuntamente, quer dizer, na interação com outro interlocutor". Diante disso, ela relaciona as atividades comunicativas com as pressuposições que fazemos a respeito do conhecimento do outro, ou mesmo do que o interessa saber. Nos ajustando, assim, às condições do outro, obtendo uma ação conjunta onde há troca de saberes, de informações. Definindo que toda ação de linguagem é dialógica, pois, sob o ponto de vista da interação, supõe reciprocidade e disposição colaborativa. 
            É na atividade verbal que executamos uma série de propósitos, que vão dos mais sofisticados aos mais corriqueiros, como: defender, criticar, elogiar, encorajar, propor, ameaçar, entre vários outros, explica a autora. Ela salienta que a pretensão da aceitação desses princípios não é simplificar a atividade da linguagem, tendo em vista que a linguagem está sujeita a desencontros, principalmente pelo fato dela ser resultado de uma interação, real, cheia de sentidos e intenções, causadas pela presença permanente de sujeitos reais. Irandé admite que a linguagem como atividade interativa será facilitada se durante seu processo houver esquemas aproximados de conhecimento, valores culturais, interesses. Ela ainda pontua que não devemos partir da ideia de que existe apenas um ponto de vista teórico válido. Pois nenhuma teoria, sozinha, "é garantia de um sucesso pedagógico".
             Ela também destaca o que é uma língua na concepção interacionista da linguagem,  ressaltando que "toda língua é uma entidade eminentemente social". Por esse motivo que o trabalho pedagógico com a linguagem não pode se distanciar dessas concepções e se voltar para atividades de identificações de classe linguística.  Onde não há um interlocutor e contexto determinado, não tendo, assim, uma finalidade comunicativa. 

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