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Romance Regionalista

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Por:   •  5/10/2013  •  2.252 Palavras (10 Páginas)  •  504 Visualizações

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. APRESENTAÇÃO

O trabalho de SIC sobre Romance Regionalista, realizado pelo grupo de integrantes Luiz Filipe, Victor Boneto e Vilson Lazzarin, tem o intuito de mostrar, além do movimento regionalista, uma introdução da escola romântica para se entender o contexto da criação dos autores, contexto histórico da época, biografia de Visconde de Taunay e sua principal obra.

O grupo realizou o trabalho pelo método de pesquisa na internet em diversos sites onde foram recolhidas informações necessárias para que o leitor entenda o tema proposto de pesquisa e consiga refletir sobre ele, criando ideias sobre esse movimento da escola literária romântica. 

2. CONTEXTO HISTÓRICO E APRESENTAÇÃO DA ESCOLA ROMÂNTICA

2.1 A ÉPOCA

Ao final das produções do movimento árcade, ocorreu a vinda da família real para o Brasil. A partir dessa data, 1808, inicia-se o processo de Independência colonial e também, até 1836, ocorre-se um período de transição onde, com vinda da corte para o Brasil introduziu-se novos estlos literários e artísticos, mudando o foco da Bahia para o Rio de Janeiro. Foi D.João que abriu os portos para que o comércio entrasse no Brasil que estava em grande atraso de desenvolvimento e passava por miséria.

Os autores brasileiros ilustres eram formados em escolas europeias e/ou religiosas, onde traziam tudo que aprendiam para o cotidiano brasileiro. Com o surgimento da Imprensa Régia começou-se a desenvolver a literatura brasileira, em déficit devido à falta de universidades, e um sentimento nacionalista brasileiro.

No continente metropolitano, ascende a tipografia criada pelo alemão Johannes Gutenberg, o que facilitou a impressão em grandes quantidades de jornais, livros, e romances impressos chamados “folhetins” (os quais influenciavam a conduta da população urbana), que posteriormente originariam as telenovelas. Com a Revolução da Imprensa foi barateado o custo dos livros e romances impressos sendo possível a venda às classes inferiores e as mulheres; essas obras eram feitas pelas classes dominantes (burguesias).

No Brasil, além dos acontecimentos da vinda da família real, ocorreu a independência de outras colônias latino-americanas o que impulsionou esse sentimento nacionalista, do desejo da independência, refletido na literatura. Outro aspecto importante é com relação a escravidão negreira: o Brasil era um dos poucos países que utilizavam mão de obra escrava gerando controvérsias em parte dos autores da época.

2.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS

O movimento artístico e literário ocorrido nos contextos brasileiro e europeu foi denominado Romantismo. Nele se há uma visão contrária ao racionalismo e aos ideais iluministas, valorizando o subjetivismo e buscando o nacionalismo para consolidar seus respectivos locais.

Floresceu inicialmente na Alemanha (com Goethe e Schlegel), na França (Madame de Stael e Chateubriand) e na Inglaterra (Coleridge e Wordsworth) como resposta aos modelos iluministas propostos. Desenvolve-se a poesia ultrarromântica, romances e romances históricos com a prosa.

No Romantismo destacam-se características como Individualismo pelas emoções, medievalismo, subjetivismo (através de forma pessoal e sua opinião mundana por suas sensações), idealização (exageração de temas como a mulher sendo virgem frágil, o índio sendo herói nacional e noção da pátria) e byronismo (costumes boêmios e pessimistas a partir de Lord Byron) egocentrismo dos autores e sentimentalismo nas obras.

O Romantismo no Brasil teve como marco fundador a publicação do livro de poemas "Suspiros poéticos e saudades", de Domingos José Gonçalves de Magalhães, em 1836, e durou 45 anos. O Romantismo ao ser introduzido no Brasil pelos autores e pela vinda corte real atingiu quatro fases: urbana (vida cotidiana burguesa), indianista (vida do índio), histórica (envolvendo contextos nacionalistas dos países) e regionalista.

Também foi dividido em três gerações. Na primeira geração era voltada a natureza e ao indianismo com o contexto histórico; a segunda geração foi denominada mal do século por abordar temas obscuros e de amores impossíveis; a terceira geração (Condoreira) é mostrada pelo erotismo, a visão sobre a mulher, realidade social e abolicionismo.

3. ROMANCE REGIONALISTA

O Romance regionalista procurou dar conta da diversidade brasileira e as diferenças culturais que afastavam o povo brasileiro do povo europeu. Surgiu durante o século XIX, inicialmente nas obras de José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay e Franklin Távora. Criavam um vasto panorama brasileiro, representando a vida e a individualidade da população de cada região; dava-se preferência para regiões afastadas dos centros urbanos, divulgando aspectos desses lugares até então ignorados, isto é, meios rurais desfocando da elite. Os sertanejos passaram a ser o herói nacional, representado o país. Nesse período o homem era considerado superior às mulheres, por isso os autores regionalistas divulgavam o ambiente em que viviam, enfatizando a natureza e idealizando-as.

Este tipo de prosa tem como objetivo a consolidação da identidade nacional através da representação de angústias, comportamentos, costumes e valores de uma sociedade rural oposta aos padrões da corte.

O público-alvo desses romances era a classe média das grandes cidades, já a população rural descrita nas narrativas não tinha acesso às histórias. Nas famílias tradicionais do interior, os livros eram considerados risco para a moral feminina, tornando-a independente como as mulheres urbanas.

As obras destes autores eram vendidas em forma de folhetins impressos, conforme o gosto do público crescia sobre suas criações eles organizavam capítulos e criavam livros.

3.1 VISCONDE DE TAUNAY

Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay foi o primeiro e único visconde de Taunay. Viveu e morreu no Rio de Janeiro, de 22 de fevereiro 1843 a 25 de janeiro de 1899. Foi um dos mais importantes autores de romances regionalistas no Romantismo.

Formado em Ciências e Letras pelo Colégio Pedro II e Ciências Físicas e Matemáticas na Escola Militar. Teve uma educação familiar baseada em espírito e gosto, típica de pintores do “pitoresco” e naturalistas, especialmente franceses e alemães. Seu pai era pintor, professor e diretor, Félix Émile Taunay, e sua mãe, Gabriela Hermínia Robert d’Escragnolle Taunay, era dama da alta sociedade.

Fez carreira militar em engenharia,

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