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Documentos de Identidade: Uma introdução as teorias do curriculo

Por:   •  8/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  676 Visualizações

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  • SILVA, Tomaz Tadeu da. Onde a crítica começa: ideologia, reprodução, resistência. In:_____. Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, p. 29 – 36.

[...] As teorias críticas do currículo efetuam uma completa inversão cos fundamentos das teorias tradicionais. [...] p. 29

Até este ponto do texto percebemos que as contestações populares tiveram total importância para as críticas fundamentadas hoje às teorias tradicionais, pois a partir do momento que se problematiza o que foi imposto por uma frente ditatorial é possível enxergar opções. Assim havendo uma mudança de comportamento.

[...] Os modelos tradicionais de currículo restringiam-se à atividade técnica de como fazer o currículo. As teorias críticas sobre o currículo, em contraste, começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais. [...] p. 30

O autor claramente expõe que a teoria tradicional de currículo preocupa-se mais em elaborar tecnicamente o currículo, um papel, do que sistematizar e coloca-lo em prática, diferente da teoria crítica, que já se preocupa na sua mobilidade social e educacional, desafiando o status quo que prefere adequar a sociedade ao seu restrito modo de viver, para a teoria crítica o importante é desenvolver conceitos que nos ajude a entender o que o currículo faz, já que cada indivíduo elabora o seu currículo.

[...] a sociedade capitalista não se sustentaria se não houvesse mecanismos e instituições encarregadas de garantir que o status quo não fosse contestado. Isso pode se obtido através da força ou do convencimento, da repressão ou da ideologia. [...] p. 31

Neste ponto o autor mostra de forma mais clara os mecanismo de alienação que o sistema vigente recorre para manipular o currículo, pois para manter o seu poder o capitalismo necessita manter a sociedade dentro dos seus padrões, da sua ideologia. Para isso ele controla polícia e judiciário; a religião, mídia, escola e família.

[...] A escola constitui-se nem aparelho ideológico central porque, afirma Althusser, atinge praticamente toda a população por um período prolongado de tempo. [...] p. 31

É através do currículo que a escola acaba reproduzindo a ideologia do sistema de poder, tanto na repassar das disciplinas como no conviver. Essa ideologia se apresenta também na descriminação das diferenças de classes sociais, onde deve haver o chefe e o subordinado, aqui na escola percebe-se claramente quando as crianças de classe dominadora permanecem ao fim dos seus estudos e as crianças de classes dominadas logo abandonam os estudos para poder sobreviver. Assim o currículo tradicional prevalece e acaba reproduzindo a ideologia capitalista.

[...] contrariamente a analise marxista, o funcionamento da escola e das instituições culturais não é deduzido do funcionamento da economia. Bourdieu e Passeeron veem, entretanto, o funcionamento da escola e da cultura através de metáforas econômicas... a cultura não depende da economia: a cultura funciona como uma economia. [...] p. 33-34

Entendo que a cultura seja mais uma forma de disseminar a ideologia do tradicional, os hábitos e maneiras que a camada dominadora considera cultura e que através da relação de convivência dentro das escolas e pelo currículo tradicional, essa cultura é disseminada, pela exclusão do dominado pelo dominante, o dominado não consegue acompanhar essa cultura, não a decifra e acaba por ficar a margem da sociedade, já que sua cultura própria não é valorizada ou reconhecida. Em contra proposta Bourdieu e Passeron nos trazem a pedagogia racional, onde é as crianças permeiam pelas duas culturas, que a classe dominante conheça a cultura dos dominados e que as crianças da classe dominadas possam ter acesso na escola às condições de uma criança de classe dominante.

  • SILVA, Tomaz Tadeu da. Quem escondeu o currículo oculto? In:_____. Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, p. 77 – 81.

[...] Nas palavras de Jackson, “os grandes grupos, a utilização do elogio e do poder que se combinam para dar um sabor distinto à vida de sala de aula coletivamente formam um currículo oculto, que cada estudante (e cada professor) deve dominar de quiser se dar bem na escola” [...] p. 77-78.

        Para Jacskson todos os aspectos emocionais e sociais dentro da sala de aula formam o currículo oculto, essas relações que são de certa forma, responsáveis pela socialização das crianças e professores no seio do sistema escolar.

[...] O que ira distinguir a utilização funcionalista do conceito daquela feita pelas perspectivas críticas seria, essencialmente, a desejabilidade ou não dos comportamentos que eram ensinados, de forma implícita, através do currículo oculto. Nessa visão, os comportamentos assim ensinados eram funcionalmente necessários para o bom funcionamento da sociedade, portanto, desejáveis [...] p. 78.

        Partindo pela visão critica, eu diria que esse currículo oculto não seria benéfico ao individuo, pois ele molda a criança para viver no meio capital, transformando-o em um ser marionete. Como SILVA (2004) coloca na citação a seguir:

“Para a perspectiva crítica, o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações que permitem que crianças e jovens se ajustem da forma mais conveniente às estruturas e às pautas de funcionamento, consideradas injustas e antidemocráticas e, portanto, indesejáveis, da sociedade capitalista.” p. 78-79.

[...] Obviamente, o conceito de “currículo oculto” cumpriu um papel importante no desenvolvimento de uma perspectiva crítica sobre o currículo [...] p. 80.

        Pois o oculto nos leva a problematizar, pois é no momento de lucidez que o ser passa a usar sua razão e torna-se um ser social, nos torna consciente do fato, nos faz refletir sobre o certo e o errado, assim vamos identificar o oculto e desarma-lo.

  • SILVA, Tomaz Tadeu da. Diferença e identidade: o currículo multiculturalista. In:_____. Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, p. 85 – 90.

[...] O multiculturalismo, tal como a cultura contemporânea, é fundamentalmente ambíguo. Por um lado, o multiculturalismo é o movimento legítimo de reivindicações dos grupos culturais dominados no interior daqueles países para terem formas culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional [...] p. 85.

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