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Fundamentos da Educação – As três diferentes concepções de liberdade/ Relação entre saber e poder

Por:   •  9/4/2018  •  Seminário  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  348 Visualizações

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Fundamentos da Educação – As três diferentes concepções de liberdade/ Relação entre saber e poder

“O homem é o princípio e o pai de seus atos, assim como de seus filhos” (ARISTÓTELES)

Para Aristóteles, é livre aquele que tem em si mesmo o princípio para agir ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou da decisão de não agir. Sendo assim, segundo Aristóteles, liberdade seria a escolha entre as alternativas possíveis, realizada de modo voluntário.

Filósofos posteriores acreditavam que a inteligência pode tentar influenciar a vontade, porém sem obrigá-la a agir de determinada maneira, deixando-a livre e incondicionada para agir conforme sua consciência ou não.

Sartre defendia que a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Afirmava que o homem está condenado à liberdade e é ela que o define. Para Sartre, liberdade é o poder de optar, não podendo haver limites para a liberdade do homem além da própria liberdade.

Na concepção do determinismo, tudo está determinado e tem uma causa que independe das escolhas do homem, não existindo o livre-arbítrio. Todos os fatos são decorrentes de um elaborado e complexo sistema de causas e efeitos inevitáveis. Nesta visão mecanicista, o homem é previsível e controlável, sem liberdade de escolha.

Há uma relação de dependência entre a liberdade e a responsabilidade, pois o homem como ser livre é o único responsável pelos seus atos e sua liberdade será sempre limitada pelas circunstâncias que o cercam. Portanto, não seria possível uma liberdade absoluta, mas sim uma liberdade situada, uma liberdade condicionada as circunstâncias e que se realiza dentro destas.

Para Foucault, não há relações de poder sem a constituição de um campo de saber,e nem saber que não pressuponha e nem constitua relações de poder. Cada sociedade, conforme o momento histórico em que se encontra, produz seu próprio discurso e o legitima como verdade absoluta, estabelecendo o que pode ser conhecido/dito sobre a realidade que a cerca. Neste sentido o saber é visto como o poder capaz de manter ou modificar esses discursos. O poder, portanto, é algo intrínseco ao meio social, atingindo todas as suas camadas, como uma maneira de legitimação dos discursos e de disciplinarização da sociedade.

Na educação, o processo pedagógico estabelece uma relação de poder entre professores e alunos. O professor valoriza apenas o conteúdo contido em livros didáticos sem levar em consideração a vivência de seu aluno, fazendo com que esse aluno se sinta desprezado, desvalorizado. O aluno enxerga a postura desse professor como um descrédito a sua capacidade de aprender, levando-o a abandonar a sala de aula. Porém, quando o professor se vê como um agente transformador, relacionado os saberes que seus alunos já possuem com os saberes científicos, buscando desenvolver neles a criatividade, o raciocínio lógico e busca por uma compreensão filosófica do universo, este professor faz com que seus alunos sintam- se motivados a estarem em sala de aula e se vejam como sujeitos do processo de construção do conhecimento.

Para o sociólogo francês Bernard Lahire, as causas do fracasso ou o sucesso escolar são eminentemente

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