LIVRO “CULTURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS EM SALA DE AULA”
Por: AMARELINHA • 29/11/2015 • Resenha • 691 Palavras (3 Páginas) • 1.038 Visualizações
LAUDA
LIVRO “CULTURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS EM SALA DE AULA”
Os escravos africanos trouxeram consigo várias crenças e religiões que aos poucos se incorporaram ao cotidiano do Brasil.
As principais religiões afro-brasileiras são o candomblé e a umbanda.
O Candomblé é uma religião derivada da crença africana, onde se cultuam os orixás (divindades), voduns (espíritos) ou nkisis (receptáculos), dependendo da nação. É uma das religiões mais praticadas, no continente Africano, tendo mais de três milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil. O primeiro templo umbandista surgiu no inicio do século XX e teria sido fundado pelo comerciante Zélio Fernandino de Morais (1891-1975) em Niterói, Rio de Janeiro , no dia 15 de novembro de 1908 , assim nasceu a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, seus praticantes cultuam além dos orixás e santos católicos, inúmeros guias, espíritos ou entidades que, segundo o discurso religioso , tiveram vida terrena, mas retornaram ao mundo dos homens e que incorporaram em seus médiuns.
Entender as irmandades antigamente e nos dias atuais nos serviu como conhecimento de parte da história de nossos antepassados, que por vezes sofreram preconceitos por ainda manterem sua cultura religiosa mesmo tanto tempo após a abolição da escravidão em nosso país.
A dissolução dos laços familiares e de parentesco causada pelo tráfico forçou os escravizados a forjarem novos vínculos, formando grupos da mesma origem étnica, como forma de unir amigos que comungavam dos mesmos hábitos e costumes. Durante esse contexto histórico as irmandades se tornam um espaço propício não só para a disseminação dos ideais abolicionistas como também para refúgio, auxílio moral e financeiro aos escravos cativos e libertos.
Os habitantes africanos que vieram para o Brasil são decorrentes do processo de escravidão do Brasil. Com isso trouxeram uma herança cultural que reinventaram no Brasil, surgiram costumes, músicas, festas que foram incorporadas a cultura nacional.
O pintor alemão Johann-Moritiz Rugendas (1822-1825) retratou imagens do cotidiano daquela época no Brasil. Elas continham expressões mais rígidas e definíveis: os sambas oriundos dos sembas angolanos e danças de umbigadas congolesas; o uso de barris, colheres e pedaços de madeira ou mesmo chifres com que se adaptavam em condições adversas os instrumentos caros à produção musical africana.
O corpo era usado como instrumento musical, com a percussão corporal e a voz, principal recurso harmônico. Esses recursos não eram usados apenas para diversão mas também para compensações aos ancestrais.
A partir daí assumem aspectos religiosos com a cultura europeia, e cada região tinha como referência um santo protetor.As festividades assumiram um sincretismo religioso entre elementos do catolicismo e crenças de origem africana. Por isso as canções utilizadas nas festividades tinham duas filiações: a crença africana e aos santos católicos, dispondo também tanto na dança como na música de um capitão que é aquele que canta o coro para os brincantes repetirem durante a festa.
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