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O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA EMANCIPAÇÃO DO SUJEITO

Por:   •  28/4/2019  •  Dissertação  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  187 Visualizações

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O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA EMANCIPAÇÃO DO SUJEITO

“Encarem as crianças com mais seriedade

Pois na escola é onde formamos nossa personalidade

Vocês tratam a educação como um negócio onde a

ganância a exploração e a indiferença são sócios

Quem devia lucrar só é prejudicado

Assim cês vão criar uma geração de revoltados...”

GABRIEL, O PENSADOR (1995)

Assim como cantarolou o grande sábio Gabriel, O Pensador (1995) nos versos da música Estudo Errado de 1995 descritos a cima, é preciso olhar a educação sob um ponto de vista mais consciente. Já parou pra pensar que cada um de nós começou sua jornada aqui na Terra como uma folha em branco? De acordo com Vitor Paro (2001), cada um de nós nasceu com condições intelectuais, potencialidades infinitas para o aprendizado, porém, a criança só aprende quando alguém lhe ensina. Percebemos, portanto, que a ação educadora é o fator primordial em nosso processo de humanização. Assim que iniciamos o processo de internalização da linguagem, somos presenteados com o nosso intelecto, passamos a pensar como humanos e desde então, como explica Fernanda Chiaratti (2014, p.141), a antecipar, planejar, hipotetizar e reorganizar as ideias, e assim, ser introduzidos no preparatório para a vida social. A Escola é a principal instituição preparatória na socialização do sujeito social e implementa experiências educacionais a partir de uma seleção cultural de conhecimentos. “Toda educação é intencional, principalmente a que acontece no sistema escolar, está demarcada por princípios e fins, que aparecem no texto da Constituição Federal de 1988 e que são confirmados na Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996, dando direcionamentos à educação que é oferecida nas escolas.” (BARUFFI, 2014, p.6).

A Lei 9.394/96, LDB, é clara quanto ao direito de ingresso de todo cidadão às instituições de ensino. Nela, está definido “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” (BRASIL, 1996, art. 3), “garantia de padrão de qualidade” (BRASIL, 1996, Art. 3) e ainda, a instituição educacional sendo responsabilidade da família e do Estado (BRASIL, 1996, art. 1), “tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL,1996, art. 2). Portanto, não há na escola e no Estado o papel de transformação como muitos pensam, mas o de facultar “o acesso a todas as crianças, jovens e adultos, bem como sua permanência em igualdade de circunstâncias, independentemente das suas condições históricas econômicas, políticas e sociais.” (TOZONI-REIS, 2010, p.10). Marília Tozoni-Reis (2010, p.10) também cita o papel fundamental de garantir aos estudantes, apropriação de conhecimentos, formação de valores, preparação para o mundo do trabalho e desenvolvimento da prática social. Estes elementos são fundamentais para que o indivíduo, ou seja, o estudante, ao participar da socialização, se torne o instrumento de transformação da prática social, um cidadão emancipado que, se comprometa na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Antes de qualquer coisa, o comprometimento de capacitar nossos alunos para a vida, cabe aos profissionais da área que possuem “a responsabilidade de construir e realizar o currículo escolar visando à formação integral do sujeito”. (FERRONATO, 2014, p.6). É fato que a formação integral do cidadão está ligada a diversas condições vivenciadas em seu meio familiar e social. “As capacidades humanas devem ser vistas como algo que surge após uma série de transformações qualitativas. Cada transformação cria condições para novas transformações, em um processo histórico, e não natural” (CHIARATTI,2014, p.149). É de geração a geração que o processo sociocultural é transmitido, e o saber é crucial para o desenvolvimento humano, e desde sempre, o homem se questiona quanto sua existência no universo. É por isso, que com o passar dos anos, diversos pensadores, teóricos e cientistas buscaram responder diversas questões, e suas pesquisas e teorias hoje são usadas para a instrução do ser social. São elas, a matemática, a física, a química, a sociologia, a psicologia, as teorias comunicacionais, linguagem, políticas, entre muitas outras, que as escolas procuram ensinar durante o processo de formação do aluno. Sob o ponto de vista de Madan Sarup (1986,), Marx apresentava que o homem tem a capacidade de transformar sua natureza, mas, para isso, ele precisa aprender a usar as competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social, para então poder intervir nessa realidade para transformá-la. A apropriação de elementos da cultura são os instrumentos que se portam diante da luta para a dissolução da desigualdade social. É papel do professor, portanto, estimular

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