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O PAPEL DO PEDAGOGO NA MEDIAÇÃO DOS CONFLITOS ESCOLARES

Por:   •  6/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.761 Palavras (8 Páginas)  •  627 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

DESENVOLVIMENTO 4

CONSIDERAÇÕES FINAIS 9

REFERÊNCIAS 10

INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz a temática que envolve as situações de conflitos pertinentes não apenas às relações exteriores ao ambiente escolar, mas que também acontecem dentro da escola justamente pelas diversidades culturais e especificidades de cada sujeito que faz parte do ambiente escolar.

Veremos neste trabalho o conceito de vários autores que contribuem para o entendimento das causas de situações conflituosas e a maneira de se resolver ou amenizar estas situações.

O tema tratado aqui é de muita importância pois dá a oportunidade de refletirmos sobre este assunto que muitas vezes é negligenciado pela escola por se achar que o fator socioemocional não deva ser tratado por esta instituição, mas sim pelas famílias dos educandos.

Temos através deste o objetivo de informar qual é o papel do pedagogo na mediação dos conflitos escolares e trazer a proposta do Jornal Digital para que sirva de instrumento de práticas democráticas que venham contribuir para o bom entendimento de todos os sujeitos que fazem parte do ambiente escolar e que sirva também para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO

Antes de se falar sobre o papel do pedagogo na mediação dos conflitos escolares é necessário entendermos quais os motivos, causas e possiblidades de ocorrem os conflitos no ambiente escolar.

O ambiente escolar e qualquer outro ambiente onde há a interação social ou relacionamentos humanos, são passíveis de ocorrerem as situações de conflitos. Os conflitos advêm da falta de comunicação, das diferenças ou divergências de opiniões, especificidades dos indivíduos ou grupos ou da imposição de regas por partes superiores.

As autoras Angela, Machado e Furlanetto (2016, p. 573) dizem que as situações de conflitos ocorrem no ambiente escolar por influências de causas internas e externas.

Os fatores externos podem ser provocados por condições socioeconômicas e culturais, envolvendo situações de famílias expostas à violência nas comunidades; pressão dos grupos de referência (amigos e/ou outros indivíduos influentes na comunidade); preconceitos étnico-raciais e religiosos; práticas de bullying e cyberbullying. (MARTINS; MACHADO; FURLANETTO 2016, p.573)

A ordem e o conflito segundo Chrispino (2007), são resultado da interação entre os seres humanos. A ordem, em toda sociedade humana, não é outra coisa senão uma normatização do conflito e ao analisar a situação de conflito na escola diz que:

Como a escola está acostumada historicamente a lidar com um tipo padrão de aluno, ela apresenta a regra e requer dos alunos enquadramento automático. Quanto mais diversificado for o perfil dos alunos (e dos professores), maior será a possibilidade de conflito ou de diferença de opinião. E isso numa comunidade que está treinada para inibir o conflito, pois este é visto como algo ruim, uma anomalia do controle social. (CHRISPINO, 2007, p. 17)

Como o conflito é inerente as relações sociais as situações conflituosas não devem ser vistas como uma situação negativa, mas como uma oportunidade para se expor ideias e soluções para os problemas surgidos e a tomada de decisões podem ser geridas de maneira consensual. Segundo Chrispino (2007),

[...] o mito de que o conflito é ruim está ruindo. O conflito começa a ser visto como uma manifestação mais natural e, por conseguinte, necessária às relações entre pessoas, grupos sociais, organismos políticos e Estados. O conflito é inevitável e não se devem suprimir seus motivos, até porque ele possui inúmeras vantagens dificilmente percebidas por aqueles que veem nele algo a ser evitado [...] (CHRISPINO, 2007, p. 17)

As escolas que valorizam o conflito e aprendem a trabalhar com essa realidade, segundo Chrispino (2007) são aquelas onde o diálogo é permanente, objetivando ouvir as diferenças para melhor decidirem;

são aquelas onde o exercício da explicitação do pensamento é incentivado, objetivando o aprendizado da exposição madura das ideias por meio da assertividade e da comunicação eficaz; onde o currículo considera as oportunidades para discutir soluções alternativas para os diversos exemplos de conflito no campo das ideias, das ideologias, do poder, da posse, das diferenças de toda ordem [...] (CHRISPINO, 2007, p. 23)

Segundo Gonçalves e Basqueira (2019, p. 143), “dentre as 10 competências propostas pela BNCC, quatro são de competências socioemocionais. Todas as competências se vinculam com foco no desenvolvimento dos alunos e na formação de novas atitudes.” Gonçalves e Basqueira dizem também que:

No ambiente escolar é comum as crianças resolverem seus conflitos com agressividade. Se um colega empurra ou bate, a solução que a criança que sofreu a agressão escolhe, é fazer o mesmo. Um ambiente que tem por base as competências socioemocionais desenvolverá em seus alunos a capacidade de argumentação, conhecer-se, exercitar o diálogo, promover o respeito ao outro, ou seja, as crianças buscarão resolver seus conflitos de outra maneira que não seja a agressividade. (GONÇALVES; BASQUEIRA, 2019, p. 143)

Os conflitos não ocorrem apenas com os integrantes internos do ambiente escolar, mas podem surgir também em relação as famílias, para Castro e Regattiere, (2009, p. 22 apud GONÇALVES; BASQUEIRA (2019, p. 134), os conflitos comuns entre escola e família ocorrem quando:

quando a escola é centrada em si mesma e não aceita a opinião do outro, que em muitos casos, não se formou professor, não tem experiência enquanto profissional da educação. “Escola e família partilham desigualmente a responsabilidade pela educação das novas gerações, às vezes conduzem o trabalho consubstancialmente diferente e até mesmo conflitante”. (CASTRO E REGATTIERE, 2009, p. 22 apud GONÇALVES; BASQUEIRA, 2019, p. 134)

As autoras

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