O Portfolio Ludicidade

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

DESENVOLVIMENTO        4

CONSIDERAÇÕES FINAIS        14

REFERÊNCIAS        15

INTRODUÇÃO

Este presente trabalho, tem como objetivo, descrever a importância da ludicidade na Educação Infantil para o desenvolvimento e o aprendizado dos sujeitos sociais e culturais que são as crianças.

Considera-se também que toda criança possui o direito e a necessidade de descobrir o mundo através da brincadeira e de atividades que lhes proporcionam prazer, pelo motivo de que se sentem livres por poder usar sua imaginação, expressar suas emoções, desejos, experiências e suas fantasias, e é por meio dessas “ferramentas” que elas entram em contato com o meio social e assimilam o real do imaginário.

Veremos que os professores devem valorizar o brincar na Educação Infantil, porque através das brincadeiras é que as crianças vão internalizar diversas situações presentes no meio em que convivem e aprender com elas de maneira espontânea e íntegra, não nos esquecendo que a ludicidade não se limita a jogos e brincadeiras, mas abrange toda e qualquer atividade livre e prazerosa que pode ser realizada individualmente ou em grupo, e de escolha da própria criança. Porém para que essas atividades obtenham sucesso na sua aplicação é necessária a mediação do professor que precisa planejar suas atividades com objetivos pré-estabelecidos a serem alcançados.

A partir da problemática levantada, serão apresentadas ações como a sequência didática, para trabalhar e evidenciar a ludicidade dentro de sala de aula, de maneira que os outros professores, presentes na reunião, consigam compreender que o lúdico é imprescindível dentro da Educação Infantil, e saibam também aderir à prática.

DESENVOLVIMENTO

A ludicidade dentro da educação infantil é de fundamental importância, porque proporciona uma aprendizagem interativa e prazerosa, pois através da mesma a criança aprende ao mesmo tempo em que brinca.

O lúdico promove a aprendizagem e favorece o desenvolvimento físico intelectual e social da criança, ou seja, possibilita um desenvolvimento real, completo e prazeroso. As atividades lúdicas são extremamente dinâmicas, pois ao brincar as crianças interagem entre si e com isso aprendem de maneira significativa. É por meio das brincadeiras que as crianças expressam seus sentimentos, aprendem que existem regras a serem respeitadas, se colocam no lugar do outro e expõem as relações do seu cotidiano, permitindo trabalhar o concreto e o abstrato, e que a criança realize a atividade de várias formas e que o aprendizado seja leve e eficiente.

As atividades lúdicas desenvolvem vários aspectos no processo de aprendizagem da criança, dentre eles podemos elencar a atenção, a memorização e a imaginação, que são de fundamental importância para o ensino de qualidade.

Além disso, ela funciona como um elo entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, na educação infantil por isto a partir do brincar, a criança desenvolve à aprendizagem, através do desenvolvimento social, cultural e pessoal, contribuindo para uma vida saudável tanto física como mental. “(...) O lúdico é importante para o crescimento das crianças, inclusive intelectualmente, pois as brincadeiras trazem consigo “um brincar compromissado com a qualidade de vida da criança” (MEYER, 2008, p. 22).

No processo de ensino aprendizagem é fundamental valorizar esses tipos de atividades, pois para a criança o mesmo é espontâneo e permite sonhar, fantasiar e realizar desejos como crianças de verdade. Segundo Kishimoto (1996 p.24) por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. Ele também esclarece que por meio do lúdico o aluno desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista.

Nos meados dos séculos XIV até o século XVI, a criança era vista como um adulto em miniatura e o tratamento dado a ela era igual ao dos adultos, onde aprendiam por meio da prática, e os trabalhos domésticos eram considerados uma forma de educação. Porém, a partir do século XVII a criança começou a ser vista como um ser diferente dos adultos. E já no século XVIII, a criança passou a ser considerada como alguém que precisava ser cuidada e escolarizada; nesta época isolaram as crianças dos adultos e ricos de pobres. Somente no século XX, começa a surgir um novo sentimento em relação à infância, havendo um crescimento significativo quanto ao conhecimento da criança.

Atualmente, a Educação Infantil tem como finalidade principal o desenvolvimento absoluto da criança até os cinco anos de idade, e é nela que as crianças descobrem novos valores, sentimentos, costumes e desenvolvem a autonomia, identidade e a interação com outras pessoas.

A criança ao brincar desenvolve naturalmente comunicações e expressões corporais e linguísticas num ambiente incrivelmente lúdico. Na educação infantil, o trabalho com o controle motor, ritmo, localização espacial, conhecimento corporal e relacionamento interpessoal prepara as crianças/alunos para o processo de alfabetização e para a aprendizagem mais formal. “É fundamental que a criança se movimente e participe, mas que entenda o que fez e amplie seu olhar sobre as práticas da cultura corporal” (FONSECA, 2009, p.42).

“Experimentando, vendo, manipulando as coisas, a criança descobre a possibilidade de dar a forma ao mundo de acordo com suas impressões, passando não só a evocar e registrar fatos na memória, mas a recriá-los” (ALMEIDA, 2000). A brincadeira desenvolve todos os sentidos da criança, onde através dela cria-se um espaço de socialização e construção. O ato de estar brincando não seria somente para desenvolver a criança pedagogicamente, mas também conseguir experiência de elaboração das vivencias da realidade na construção do cidadão, sendo que através da brincadeira ela poderá estar se comunicando com o mundo e também se expressando (ALVES e INES s/d).