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O texto em sala de aula

Por:   •  22/2/2017  •  Resenha  •  1.506 Palavras (7 Páginas)  •  2.826 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS  

CURSO: PEDAGOGIA – NOTURNO – 7ª FASE  

DISCIPLINA: ALFABETIZAÇÃO II  

PROFESSORA: MARIA LUCIA  

ACADÊMICA: TATIANI KATH 

RESENHA DO LIVRO O TEXTO NA SALA DE AULA MARIA JOSÉ RODRIGUES KELLERMANN

Esse livro foi organizado por João Wanderley Geraldi, contem dois artigos que foram escritos por ele e mais sete autores. Esses outros autores são professores especialistas de atividades com texto e trabalham na USP, Unicamp e Universidade Federal de Sergipe.  A obra é organizada em quatro capítulos: Fundamentos, Práticas de sala de aula, Sobre a leitura na escola e Sobre a produção de textos na escola.

 O primeiro, “Fundamentos” foi escrito pelos autores Milton José de Almeida, Lígia Chiapipini de Moraes Leite, Haquira Ozakabe, Sírio Possenti e João Wanderley Geraldi. Começa descrevendo sobre a dificuldade de ser um cidadão falante, mas não apenas que fala o que os outros querem ouvir, mas sim o que fala o que quer falar. Coloca também sobre o preconceito das escolas, em ensinar pouco para os ‘’pobres’’ e muito para os ‘’ricos’’.  ‘’a linguagem não é só pensamento. A linguagem, assim entendida, não é automática, mas intencional, não mero estoque de palavras, (ou regras), mas um modo de usá-las, um trabalho’’. (pag. 23) De acordo com os autores, o ensino da literatura não deveria estar relacionado ao ensino de gramática ou das normas para serem decoradas, mas sim se integrar numa prática de alunos sujeitos do dizer e do pensar, ou seja, o papel da literatura é incentivar os alunos ao ato de pensar, e não apenas reproduzir. ‘’Mas essa intuição e esse desejo de mudar freqüentemente esbarram com o peso da tradição, com a imposição dos programas a cumprir, ou mesmo com as justificativas teóricas do ensino tradicional da gramática. ’’ (pag. 19)

 Outra idéia dos autores e que a literatura deveria estar no centro de nossas preocupações pedagógicas, entendido como uma pratica em que o sujeito age sobre o mundo para transformá-lo através de suas ações. Esses autores defendem o ensino do português padrão nas escolas e a criação de condições para que ele seja aprendido, todos têm o direito e conseguem aprender tudo, porem nem o professor nem a escola devem ser preconceituosos, devem ter a consciência de que não importa a condição financeira do estudante, todos devem ter acesso aos mesmo aprendizados, é necessário também que os profissionais da língua conheçam as teorias da aquisição da fala, da concepção de aprendizagem, das estruturas lingüísticas, das variações lingüísticas para terem suportes teóricos em seus procedimentos pedagógicos. É de estrema importância o professor levar em consideração aquilo que o aluno já conhece da língua portuguesa, de como, por exemplo, se já sabe usar o gênero nas palavras, ou sabe usar o diminutivo, e também é necessário que o professor investigue como o aluno aprendeu a utilizar estas formas, mesmo sem ter frequentado uma escola.

O segundo capitulo ‘’Práticas de sala de aula’’ escrito apenas por Geraldi, traz sugestões de atividades práticas para o professor utilizar, que tem como objetivo principal mostrar as formas de incentivar os alunos a adquirirem o gosto pela leitura e escrita.  Suas sugestões partem de quais tipos de texto utilizar; textos curtos, como crônicas, contos, textos de jornais, a textos maiores como romances e novelas. Como utilizar-se de livros, com relação até mesmo de quantidade de livros a ser lido por bimestre e como utilizar este aprendizado em sala de aula. Neste capitulo o autor também da dica de como conseguir os livros caso a escola e os alunos sejam carentes, podem ser visitadas as bibliotecas publicas, ou pedir ajuda para as editoras ou a comunidade, tudo é valido.

Geraldi defende a leitura prazerosa, desvinculada da ficha de leitura, do fardo de ler com o objetivo de interpretar para o professor, o gosto pela leitura deve iniciar na escola, mas sem ser obrigatório, é necessário que o aluno sinta liberdade nessa leitura, o autor descreve que alguns alunos não iram fazer essa leitura, se ela não for obrigatória, se ele não tiver que provar para o professor o quanto leu, porém é necessário que o professor converse e confie nos alunos, logo eles iram ler, pois verão que a maioria dos colegas estão lendo. No plano de ensino proposto, chegará a quarenta o número de livros que poderão ser lidos da quinta até a oitava série, capacitando assim o aluno a “encarar” o ensino médio com uma grande carga de conhecimento literário e gramatical.

Outro ponto importante é a produção de texto em sala de aula que não deve ser apenas para o professor corrigir e depois jogar no lixo.

 No livro, o autor propõe uma série de atividades relativas à leitura e á produção textual, envolvendo desde as quintas até as oitavas séries, todas elas voltadas para o processo de formação de leitores e autores. As propostas do autor é modificar as praticas das escolas, que na produção de texto, por exemplo, sempre utiliza os mesmos temas todos os anos, outra idéia seria que os alunos não fizessem o texto apenas para o professor ler, mas para que outras pessoas vissem assim o aluno se empenharia mais em fazer, prestaria atenção nos detalhes e erros cometidos, bem diferente de quando faz só para o professor que lê, corrige e devolve para o aluno.

O capitulo 3 “leitura na escola” que foi escrito pelos autores: Lílian Lopes Martin da Silva, João Wanderley Geraldi e Maria Nilma Góes da Fonseca, coloca que a leitura é um processo de interlocução entre leitor/autor, mediada pelo texto, por este motivo é necessário que o professor conheça bem a turma, para que depois indique os livros para a leitura, seria legal também que os alunos pudessem escolher pelo menos um livro de gosto próprio para ler, pois muitas vezes a indicação do professor não agrada o aluno, Neste mesmo capitulo é citado outros tipos de leitura que são possíveis em um texto: a leitura-busca de informações; a leitura-estudo do texto; a leitura do texto pretexto e a leitura fruição de texto.

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