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Relatório de estágio licenciatura em matemática

Por:   •  23/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.836 Palavras (20 Páginas)  •  2.544 Visualizações

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LEANDRO DA SILVA BEZERRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I

Licenciatura em Matemática

POÁ

2019

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LEANDRO DA SILVA BEZERRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I

Licenciatura em Matemática

Relatório        desenvolvido        como

requisito para aprovação na disciplina

de Estágio Curricular Obrigatório no

curso de Licenciatura em Matemática

na Universidade Virtual do Estado de

São Paulo.

POÁ

2019

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SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        4

2.        APRESENTAÇÃO DA ESCOLA        7

3.        ATIVIDADES DESENVOLVIDAS        9

4.        COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO        18

REFERÊNCIAS        20

4

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Matemática, na modalidade à distância, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo para cumprimento das disciplinas Estágio Supervisionado no ensino fundamental II, ministradas pela professora autora da disciplina Dra. Isabel Cristina de Castro Monteiro.

O estágio foi realizado na Escola Estadual Professora Nanci Cristina do Espírito Santo, no período de 03 de outubro a 22 de novembro de 2019. Estudei nessa escola no ciclo do fundamental II e foi onde tive minha primeira inspiração quanto à escolha da Matemática como curso, devido minha experiência na época com o professor Sérgio Mota, que inclusive foi meu grande motivador para dali ingressar na Etec de Poá no ensino médio, escola com os melhores indicadores de ensino na cidade. Considero esse fato como um divisor de águas em minha vida e, agregando minha experiência com o contato com outros profissionais incríveis que conheci, além de outras experiências de vida e a minha preferência por essa matéria desde os anos iniciais, que com o tempo se tornou uma paixão, culminou na minha opção por este presente curso de licenciatura e me sinto feliz de poder retornar ao local onde creio que tudo começou, agora observando a situação sobre outra perspectiva.

Refletindo sobre minhas memórias do tempo em que lá estudei, posso afirmar que a tradicional aula “lousa e giz” era o que mais me desmotivava em aulas, em especial na matemática, já que é uma matéria mais abstrata, que não se relaciona diretamente com o senso comum como em outras matérias e que tem um carácter cumulativo, ou seja, para prosseguir para a próxima unidade temática é importante que tenha se consolidado bem a anterior, como PIAZZI compara, a matemática é como um condomínio de apartamentos: “se o 6° andar, da álgebra, por exemplo, não for construído, jamais conseguiremos levar adiante o 7°, o 8°, etc...” (Piazzi, 2007). Sendo assim, o próprio 6° ano pareceu difícil para mim, principalmente por considerar a matéria chata, devido ao modo como a experienciava, totalmente fora da minha realidade, sem ter qualquer impacto aparente para mim, me deixando desmotivado e essa “falta de motivação para a aprendizagem Matemática se dá pela falta de aplicabilidade dos cálculos matemáticos na vida” (Oliveira & Laudares), além de não ter construído solidamente os alicerces que a matéria exigia, o que infelizmente é uma

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realidade comum também para os alunos da região que o Nanci Cristina atende. Foi no 7° ano que através do professor Sérgio Mota eu pude enxergar a matemática de maneira diferente. Uma situação de aprendizagem que me marcou foi quando ele nos trouxe uma atividade que hoje, com minha bagagem consigo identificar como um cenário para investigação numa situação entre a semirrealidade e a realidade, onde ele dividiu a turma em duplas e propôs que iríamos imaginar que estávamos fazendo nosso planejamento doméstico, como se morássemos juntos e tivéssemos nossos gastos com mercado, contas de serviços básicos, como água, luz, telefone e internet, além de outros custos que considerássemos necessários, sendo que nosso orçamento era de dois salários mínimos (um de cada integrante da dupla) para cobrir nossos custos, um salário que estava dentro da média de nossas famílias. O objetivo era que pesquisássemos o que era realmente necessário e o que era supérfluo, como poderíamos economizar e como usar a matemática para gerir nosso orçamento, assim, além das habilidades matemáticas adquiridas e reforçadas de maneira mais lúdica, também adquirimos habilidades importante sobre educação financeira, como veio a ser proposto pela BNCC, essas habilidades são cruciais no contexto nacional em que tivemos mais de 62 milhões de brasileiros inadimplentes segundo o SPC Brasil em 2018 (Trevizan, 2019), com grande fatia sendo de cidadãos de renda baixa e classe média, mesmos grupos da qual os alunos da escola fazem parte. A educação tem um papel muito importante para uma mudança dessa situação e é muito interessante notar como uma atividade relativamente simples foi capaz de trazer para sala uma situação contextualizada da vivência do aluno e capaz de mostrar como ele pode encontrar soluções para os problemas reais ao seu redor, essa abordagem com bagagem freiriana fez meus olhos brilharem naquela época, mesmo sem conhecer as teorias por trás dela e essa situação de ensino aprendizagem é hoje minha inspiração de aula ideal, pois seria a aula que eu gostaria de ter tido em cada uma das matérias que estudei. Preciso salientar que mesmo assim não desqualifico o uso da matemática pura, mas na minha visão creio que ela deve ser aplicada em sala somente após ter cativado o aluno para a matemática através de uma abordagem que o mostre que há aplicações práticas e que ela tem impacto em sua vida, que está presente no mundo ao seu redor e que é importante para uma série de atividades reais.

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