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Resenha do livro o que é método Paulo Freire

Por:   •  2/12/2016  •  Resenha  •  819 Palavras (4 Páginas)  •  5.062 Visualizações

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O QUE É METODO PAULO FREIRE

CARLOS RODRIGUES BRANDÃO

        O livro se inicia com o autor fazendo um diálogo com o leitor, contando de forma bem simples e intimista sobre o surgimento do livro e suas conversas com Paulo Freire. O autor destaca a sua ida a “Semana de Arte e Filosofia” na cidade de Mossoró, cidade próxima a Angicos que é o ponto de partida do surgimento do “método Paulo Freire”. O autor coloca também, a importância das obras de Paulo Freire para a formação de educadores de uma forma geral.

        No segundo capítulo “ Um dia, perto de Angicos”, o autor aborda o trabalho feito pelo grupo de professores do Serviço de Extensão Universitária da Universidade Federal de Pernambuco que, acreditavam que a educação poderia ser mais que domesticar o ser.

        Brandão mostra, a experiência que esses professores tiveram alfabetizando cinco adultos e como ela foi muito bem-sucedida, chamando a atenção de outros estados brasileiros. Estados como Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo aderiram ao método alfabetizador e em 45 dias, 300 pessoas estavam alfabetizadas. O fato impressionou a opinião pública e chamou a atenção do Governo Federal que, decidiu aplicar o método em todo território nacional. Porém, o projeto estava com menos de um ano de vigor quando se instaurou o Golpe de 1964, o novo governo considerou o método subversivo e perigoso. Paulo Freire foi exilado e suas cartilhas destruídas. Freire exilado no Chile e o país passa a ser referência em alfabetização e assim, o “Método Paulo Freire” se destaca pelo mundo. Freire retorna ao Brasil em 1980 e recomeça seu trabalho como alfabetizador.

        Em “ O ABC do Método”, o autor descreve como o “Método” foi pensado por Paulo Freire. E como ele propunha uma educação onde o ensinar e o aprender seriam uma troca entre o aluno e o professor. Uma alfabetização onde um aprende com o outro, sem imposições. Brandão ainda traz uma crítica as cartilhas que trazem aos alunos palavras sem sentido e muito fora da realidade dos alfabetizandos. O que pode os levar ao desinteresse e a falta de pertencimento.

        O autor expõe que, todas as vivencias da comunidade onde estão inseridos, os alunos, devem ser consideradas durante o processo de alfabetização. E que a primeira forma de contado do educador deveria ser uma pesquisa de campo, feita de forma bem informal, através da sua inserção na comunidade de onde ele colherá as primeiras palavras, frases, pensamentos e saberes populares que fazem parte do cotidiano daquela comunidade.

        No capítulo “ o Trabalho com a fala: o círculo de cultura”, Brandão explica como funciona e o que viria a ser o “ Círculo de Cultura”. Ele nos traz que nos círculos de cultura não há detentores de saber e sim um “animador” que coordena e leva os alfabetizando a participarem das conversas e assim construírem e passarem conhecimentos entre si.

        O autor demostra como deve ser feito o trabalho nos círculos através das “fichas de culturas” e imagens devem ser “postas” para os participantes para que a aprendizagem vá ocorrendo ao longo dos encontros. E que as palavras não são escolhidas aleatoriamente e sim dentro de um contexto social que leve a uma abordagem em vários âmbitos da vida da comunidade.

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