Resenha filme sociedade dos poetas mortos

Resenha do filme Sociedade dos Poetas Mortos

Tom Schulman, Sociedade dos Poetas Mortos, gravadora Walt Disney. 1989, EUA, duração 2h e 9m.

             Sociedade dos poetas mortos é um filme de 1989, que foi gravado nos Estados Unidos da América, escrito por Tom Schulman e dirigido por Peter Weir. Ele conta um drama vivido na Academia Welton, uma escola tradicional dos Estados Unidos no ano 1959, que tinha um rígido ensino, cujo único objetivo era preparar os jovens para uma faculdade, a qual seus pais já haviam escolhido.

            O filme inicia com uma solene abertura do ano letivo e apresentação da instituição aos pais e aos novos alunos, essa apresentação feita por alguns dos alunos mais renomados  e pelo diretor da escola, neste momento os alunos usam tarjes formais e alguns desfilam com o brasões. Já no discurso do diretor Nolan (Norman Lioyd), ele enfatiza os cem anos da instituição, garante a excelência do ensino e destaca os quatro pilares que são: Tradição; Honra; Disciplina; Excelência, isso deixa muitos pais empolgados com o futuro de seus filhos, nesse momento também apresenta o novo professor John Keating (Robin Willins), que também já foi um aluno da instituição.

             Em sua primeira aula Keating, faz algo inusitado cujos alunos não estão acostumados, os retirando da sala e levando-os para dar uma volta pelo mural de fotos dos antigos alunos, o professor Keating inicia recitando uma frase de um poema de Walt Whitman a respeito de Abraham Lincoln: “Meu Capitão, Meu Capitão”, o que se pode entender teria chamado assim também seu mestre que o inspirou. Pede ao aluno
Gerald Pitts (James Waterston), que leia o primeiro verso do poema “Às virgens para aproveitar o tempo” da página 542 do livro de hinos: “Pegue seus botões de rosas enquanto podem…”. O professor explica que o termo em latim para esse termo é Carpe Diem – Aproveite o dia. Viver cada dia intensamente como se fosse o último.

            Já em sua segunda aula ele pediu para Neil Perry (Robert Sean Leonard), faça a leitura da introdução do livro “Entendendo a Poesia”, o qual expressa a poesia como um gráfico matemático, então o professor Keating manda os alunos arrancarem toda a introdução do livro, pois a poesia é para ser vivida e não um gráfico, nesse momento os alunos começam a arrancar pagina por pagina da introdução, em seguida sobe a mesa, e pede que os alunos façam o mesmo, para verem a vida de outro ângulo, esse momento do filme representa bem a maiëutica socrática que é trazer à luz idéias, conhecimentos, fazendo assim os alunos começarem a pensar por si mesmo e saírem da caverna em que viviam. O professor Keating incentiva os seus alunos a fazerem poesias, despertando neles o prazer de ler, o prazer pela literatura e de viver cada momento como se fosse o ultimo, pois ele seguia a pedagogia socrática, que diz que uma sala de aula não precisa de um professor, e sim de um mediador mostrando que o aluno é capaz.

            Um dos alunos Neil Perry (Robert Sean Leonard), descobriu no anuário do professor Keating, um grupo Sociedade dos Poetas Mortos, no qual ele fazia parte na época em que estudou na instituição. O professor questionado pelos alunos o que seria essa tal sociedade, hesita, mas fala dos hábitos e do local secreto onde costumavam se reunir para ler poesia. Isso foi o bastante para aguçar a curiosidade no grupo, que nas horas de folga conseguiam chegar até a caverna onde principiaram suas primeiras leituras ainda tímidas.Tomaram gosto e as idas até lá viraram o hobby preferido deles, às vezes até as garotas também participavam.