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Texto argumentativo

Por:   •  9/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.075 Palavras (13 Páginas)  •  453 Visualizações

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Disciplina: LIBRAS
Aula-Tema 05:
Contextualização da condição das pessoas surdas na sociedade atual

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

NOME: Valquiria Costa Duarte

RA: 7475684034

CAMPO GRANDE MS, 23 de novembro de 2013.

Apresentação

   Este trabalho me ajudou na compreensão de sinais e a sua necessidade em expressá-los. Consultei alguns sites e PLT da entidade. A surdez é uma patologia que afeta o órgão responsável pela audição e caracteriza o indivíduo como surdo. O surdo é o indivíduo cuja audição não é funcional para a vida comum, apresentando redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons.

   Este trabalho aborda as reais dificuldades do surdo no processo de aprendizado da língua portuguesa escrita, uma vez que o surdo possui privação linguística, podendo acarretar dificuldades cognitivas, educacionais, sociais e culturais. A partir das dificuldades apresentadas pelo surdo, enfatizar-se-á o bilinguismo como abordagem educacional mais eficaz para ele poder constituir-se como sujeito sócio Histórico.

   Assim, é de suma importância entender as dificuldades do surdo frente ao aprendizado da comunicação com os ouvintes em todos os lugares sem restrições, para posteriormente possibilitar a ele o acesso à língua portuguesa, que mediará suas interações e ampliará os seus conhecimentos na comunidade ouvinte onde vive, uma vez que é a comunidade majoritária.

  Por fim eu que sou ouvinte após obter alguns estudos neste curto tempo me sensibilizou para fazer um curso melhor de língua de sinais. E às vezes me sinto exclusa quando tenho presenciado alguns surdos se comunicando.

Contextualização da condição das pessoas surdas na sociedade atual

     Ao analisarmos o passado e presente, sobre as pessoas surdas, já foram supridas vagarosamente as suas necessidades. Para conhecer mais sobre o assunto estive realizando pesquisas e leituras sobre esse debate. Ao averiguar pude notar as diversas conquistas, e também os anseios que ainda precisa melhorar e se adequar.

    A pessoa surda surgiu muitos tempos atrás, desenvolveram conhecimento e realizaram transformações que criaram a comunidade surda. No entanto há muito mais a ser aprimorado e discutido. Só ressaltando e relembrando que comunidade surda não é constituída só de pessoas surdas, mas também de ouvintes. Sabemos que os povos surdos deixaram vestígios e costumes que são suas fontes históricas.

    O fato mais marcante na história dos surdos foi o Congresso de Milão, no ano de 1880, em que se decidiu que os surdos seriam educados através da oralização, pois acreditavam que o método oral era superior ao gestual e como forma de comprovarem essa teoria, apresentaram vários surdos que falavam bem, como forma de mostrar a eficiência do método oral, e os que não falavam eram chamados de preguiçosos. Dessa forma os surdos tiveram que abandonar sua cultura, sua identidade surda e se submeteram as práticas de pessoas ouvintistas que acreditavam que a aprendizagem da língua oral era de suma importância para a vida social do surdo, e que os gestos e sinais os desviavam desse caminho.

    A proibição da língua de sinais por mais de 100 anos, permanece viva nas mentes dos povos surdos. Em 1971, no Congresso Mundial de surdos em Paris, que a Língua de Sinais passou a ser valorizada.

    Pode-se dizer que hoje eles são integrantes de uma sociedade, já tem a oficialização da Libra (Língua Brasileira de Sinais), bem como possuem alguns recursos, tais como: telefone, despertador para surdos, legenda em alguns programas de TV. Um detalhe relevante que muitos desconhecem é que indivíduos surdos têm o direito de obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A deficiência não o impede da função de conduzir.

 O surdo luta por seus direitos como cidadão e um espaço maior dentro da sociedade. Estudar sobre as pessoas com surdez nos reporta não só a questões referentes aos seus limites e possibilidades, como também aos preconceitos existentes nas atitudes da sociedade para com elas.

    A comunidade surda precisa ser respeitada e vista como uma sociedade com uma cultura diferenciada, com saberes próprio. Assim como se luta pelos povos quilombolas e povos indígenas, devemos saber que a comunidade surda também tem sua própria linguagem, linguagem que as caracteriza  que as torna singulares.

“Existe uma lacuna muito grande no que diz respeito à educação inclusiva no estado. Somente em 1998 que começaram a serem formados os primeiros intérpretes e isso fez com que muitos deixassem de ter acesso ao mercado de trabalho formal. Mesmo com o avanço que tem sido registrado ao longo dos anos, ainda falta muito a ser feito para que os surdos possam ter as mesmas condições de buscar uma melhora profissional”, observou a reportagem do G1.

  A maioria das organizações se preocupa apenas em cumprir a cota, sem focar na qualificação dessa mão de obra ou em intervenções que poderiam melhorar seu desempenho no trabalho. Muitas pessoas, por desconhecimento, acham que o deficiente auditivo, por ter um auxílio do INSS, não quer trabalhar. Mas isso não é a realidade. O problema é que, muitas vezes, as vagas ofertadas são somente em balcões de supermercados ou outros cargos que não valorizam a capacidade profissional.

   É muito interessante criação da escola bilíngue, onde a principal língua seria a dos sinais e os ouvintes pudessem se interagir. E se todas as escolas tivessem uma disciplina de língua de sinais para os estudantes, eu entendo que se eu tivesse a disciplina de libras para mim o currículo seria mais rico. Temos que avançar para de fato termos a palavra inclusão funcionando da maneira correta.

   Ainda há muitas metas a serem atingidas em escolas e universidades públicas para que se tenham professores Surdos Mestres ou Doutores, também para que se tenham Intérpretes de LIBRAS, assim como professores bilíngues, para atuarem em salas de aula em todas as áreas, para que o surdo sinta tranquilidade em seus estudos.

  Se a língua de sinais virarem moda as pessoas iriam fazer o curso, e se todas as melhores empresas exigissem LIBRAS para subir de cargo (programa de cargo e carreira). Nossa só assim as pessoas se sensibilizam com alguma coisa, sendo em troca não pensando no próximo. No momento são poucos os Surdos que sabem as duas línguas, por isso, somente 1% de Surdos consegue entrar nas Universidades Públicas. Desta maneira, pouco adiantou a presença dos Intérpretes de LIBRAS nos vestibulares. Porque ainda os surdos têm dificuldades sobre a língua portuguesa, e os interpretes ainda tem pouco conhecimento das Libras.

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