A Análise de Caso

ESTUDO DE CASO I

Maria das Flores é uma mulher, solteira, tem 26 anos, mora com os pais e trabalha na área de Recursos Humanos de uma empresa na cidade em que reside. A paciente é de classe média alta, os pais são aposentados na mesma empresa em que Maria trabalha. Todo ano a família de Maria faz viagens para lugares turísticos, com a família de seu ex noivo e a última viagem realizada pela família, maria se recusou a ir alegando não ter tempo, pois tinha muitos trabalhos da pós para realizar. Bem como ela tem uma irmã formada em medicina que trabalha nos EUA, e a mesma está grávida de 3 meses, e o seu marido é engenheiro. Sua irmã virá para o Brasil para ter a filha, e passará mais ou menos um ano na casa de seus pais.

A aproximadamente seis meses o noivo de Maria terminou com ela, alegando não existir mais sentimentos e que o relacionamento não tinha mais futuro. Após esse evento Maria começou a se isolar dos amigos, da própria família, passando a ficar somente em casa e nos finais de semana não saia do sofá ou até mesmo do quarto, passando a comer compulsoriamente, também parou de frequentar a ginástica e natação que eram dois esportes que desde nova ela praticava e demonstrava gostar muito. Consequentemente engordou 25kg. Seu rendimento nos estudos decaiu muito, refletindo a não conclusão da sua pós. E sua rotina de se arrumar e ir no salão de beleza toda semana, arrumar cabelos e pintar as unhas, não são mais realizadas.

No trabalho as colegas de Maria verbalizam para ela mesma que está muito deprimida e isolada, era sempre brincalhona e após o termino do relacionamento começaram a notar uma mudança nítida de seu comportamento. De fato, Maria não faz mais seus intervalos junto de seus colegas de setor, não comparece mais nas confraternizações realizadas uma vez por mês da empresa, a qual sempre comparecia e até ajudava nas organizações, esses eventos da empresa ela sempre frequentava com seu noivo, o qual é também amigo de infância de seu chefe o diretor da empresa.

Maria procurou atendimento psicológico juntamente com seus pais, os quais relataram que Maria estava muito isolada e seus comportamentos não eram comportamentos que ela tinha a mais ou menos 5 meses atrás. Os pais questionavam a paciente a respeito de suas atividades cotidianas que haviam mudado muito, demonstrando preocupação com a filha. Entretanto a família só procurou o auxílio de um Psicólogo após o encaminhamento do Hospital em que Maria ficou internada por cinco dias por ter tomado excessivas doses de remédio para dormir, a qual relatou não ter vontade de se matar e sim de somente dormir.

O atendimento da paciente descrita foi realizado por uma Psicóloga através do referencial Cognitivo- comportamental.