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A Torre de Hanoi

Por:   •  12/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  518 Palavras (3 Páginas)  •  425 Visualizações

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TORRE DE HANÓI

Josimar Barbosa Grippa

Segundo Oliveira, Brim e Pinheiro (2019), a Torre de Hanói é um jogo do tipo quebra-cabeça que consiste em uma base contendo três pinos (A, B e C), em um dos quais são dispostos alguns discos uns sobre os outros (n), em ordem crescente de diâmetro, de cima para baixo. As autoras ainda sinalizam que o problema versa em passar todas as chapas de um pino para outro qualquer, usando um dos pinos como elemento secundário, de maneira que um disco maior nunca fique em cima de outro menor em nenhuma situação.

Para Eysenck e Keane (2017) a Torre de Hanói tem sido tradicionalmente acatada como um procedimento para avaliação da capacidade de memória de trabalho, e principalmente de planejamento e solução de problemas, através dos usos das heurísticas que direcionam a execução de modo prático e simples a nossa capacidade cognitiva. Assim, os autores assinalam que essa tarefa requer “planejamento da sequência de movimentos a serem feitos” (p.519) e finalizam dizendo que “o planejamento é apenas parte de uma sequência de estágios do processamento” (p.519).

Sobre os usos de estratégias para a solução de problemas, Newell e Simon (1972) identificaram um espaço do problema para cada situação encontrada. Dessa forma, os autores identificaram que “o espaço do problema é formado por sua situação inicial, a situação na qual se quer chegar, os possíveis operadores mentais e todas as questões intermediárias do problema” (apud EYSENCK e KEAN, 2017, p.516).

Na mesma direção, Quintiliano (2011) destaca que “o domínio das estratégias permite ao indivíduo planejar e organizar suas próprias atividades de solução de problemas” (p.76). Aqui, vemos consideravelmente a importância de se verificar o espaço do problema, as atividades ou os procedimentos cognitivos a serem executados, o que, em seu conjunto, serão denominadas como técnicas, habilidades ou algoritmos.

Dessa forma, afirmamos com Eysenck e Keane (2017) que ao cumprir a tarefa é preciso conhecer algumas técnicas básicas contidas nas regras do jogo para realizar cada um dos passos solicitados para resolver o problema. Portanto, quanto mais estas técnicas forem automatizadas, mais facilmente serão utilizadas de modo deliberado numa estratégia. Porém, isso não significa que o problema será solucionado [de forma correta].

Conclui-se que, apesar do uso das estratégias requererem um domínio das técnicas que a compõem, a solução de problemas não pode limitar-se simplesmente a uma série de técnicas.

Referência:

EYSENCK, Michael W.; KEANE, Mark T. Manual de psicologia cognitiva [recurso eletrônico]. tradução: Luís Fernando Marques Dorvillé, Sandra Maria Mallmann da Rosa. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p.516-522.

OLIVEIRA, B. A. H.; BRIM, J. F. H.; PINHEIRO, N. A. M. O jogo Torre de Hanói como ferramenta mediadora no ensino de potências: um estudo com os alunos do 6º ano do ensino fundamental. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 12, n. 1, 2019. Disponível em: . Acesso em: 06 abr. 2021.

QUINTILIANO, Luciane de Castro. Relações entre os estilos cognitivos, as estratégias de solução e o desempenho dos estudantes na solução de problemas aritméticos e algébricos.

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