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A Vocação Profissional

Por:   •  19/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  128 Visualizações

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A psicanálise comemorou  um século de existência acompanhanda de modificações a ponto de quase não ser reconhecida comparadas aos tempos de Freud, assim como todas as áreas da ciência e do pensamento humanístico. Os próprios autores kleinianos, como Rosenfeld (1986), modificaram essa tese relativa à inveja primária e na atualidade,  seguidores de M. Klein conservam o que é importante e útil está contido nos postulados dela, mas não levando ao pé da letra o “caçador dos indícios da agressão e da inveja do paciente”.

Bion fez uma importante contribuição fazendo uma abertura para trabalhar com inúmeros outros aspectos da personalidade do analisando, essas transformações  na metapsicologia e na teoria, na técnica e prática clínica. Mas, nem toda mudança teve o mesmo ritmo no seu desenvolvimento prático, uns foram mais tímidos outros mais lentos, mas sempre passaram pelo olhar institucional ou de um superego rígido presos ao peso de uma tradição. Podemos classificar a psicanalise em três períodos, com respectivos paradigmas mais característicos:

 O Ortodoxo, praticado por Freud que investigava os processos psíquicos, os dos sonhos que constituía conteúdos preciosos para o analista, sendo  a analise centrada  nos desejos proibidos, reprimidos no inconsciente e os edípico e o objetivo terapêutico era a remoção dos sintomas  e na decodificação das manifestações simbólicas como a do “trauma psíquico”, tornando consciente o que era inconsciente, identificando a teoria estrutural. Sendo a duração das análises mais curta, com técnicas mais rígidas, praticada com seis sessões semanais.

O período Clássico que coincide com a abertura de novas correntes valorizando os aspectos do desenvolvimento emocional primitivo ficando o foco do interesse do analista a interpretação das emoções arcaicas, relações objetais parciais e fantasias inconscientes, com as respectivas ansiedades e defesas primitivas com ênfase interpretativa nos sentimentos agressivos do paciente, ligados ao “instinto de morte”. A duração  da análise bem mais longa, com menor rigidez nas regras técnicas, menor número de sessões para  quatro ou cinco semanais e as terpretações dirigidas à “neurose de transferência”. A contratransferência passou a ganhar um merecido espaço de valorização. Mas, mantinha algumas restrições como mudança de horário e possibilidade de um uso concomitante de algum psicofármaco.

A psicanálise contemporânea priorizava os vínculos emocionais e relacionais, de amor, ódio e conhecimento, e na inter-relação analítica guardava semelhança à influência da mãe real, no psiquismo da criança. E na “pessoa real” do analista a marcante influência na evolução da análise que começa a ceder lugar aos critérios de “acessibilidade” no diagnóstico clínico, à motivação e à capacidade de o paciente permitir, ou não, um acesso ao seu inconsciente. Começa um menor rigor nos limites entre psicanálise e psicoterapia psicanalítica, o estilo interpretativo do analista com uma forma mais coloquial e técnica com mais naturalidade em relação ao aspecto que se refere ao uso simultâneo de psicotrópicos. A análise das funções do ego, incluídas aquelas que pertencem ao consciente, ocupam um interesse bem maior por parte dos psicanalistas. Cresce de forma significativa o enfoque nos transtornos narcisistas da personalidade e da mesma forma, começa a ganhar corpo a análise com psicodiagnóstico neurológico. A psicanálise começa a abrir as portas para outras ciências, como a lingüística, a teoria sistêmica, as neurociências, a psicofarmacologia, etologia, etc.

Em relação a formação de psicanalistas, a recomendação de que o psicanalista conheça as diversas escolas de psicanálise e, com a sua experiência de análise pessoal e de supervisões, construa a sua formação, de forma livre e coerente com o seu jeito autêntico de ser.

 Os “paradigma”, em psicanálise seriam o conjunto de postulados teóricos, com regras técnicas e normas de conduta dos psicanalistas e de como a psicanálise deve ser entendida e praticada, que por muito tempo o paradigma freudiano foi defendido, com uma absoluta ênfase entre os desejos pulsionais e as respectivas defesas do ego e as ameaças do superego contra eles. No entanto, M. Klein inclinou-se para a importância das relações objetais, internalizadas, resultantes das pulsões, especialmente as sádico-destrutivas, ligadas a objetos parciais, acompanhadas por ansiedade de aniquilamento e defesas do ego extremamente primitivas.

Pulsão de morte.

 Freud descreveu o “instinto de morte”, pela primeira vez, em Além do princípio do prazer (1920) que aludia a uma noção metapsicológica de uma “compulsão à repetição de uma energia psíquica.

 M. Klein conservou esse mesmo termo r (1957) postulação de “inveja primária”, alude aos impulsos sádico-destrutivos.

Angústia.

Freud enfatizou a importância soberana da angústia de castração, ligada ao conflito edípico.

 M. Klein parte da noção de que “a parte do instinto de morte que age dentro do psiquismo precoce do bebê provoca uma terrível sensação de morte iminente”, à qual ela denomina de angústia de aniquilamento.

Mecanismos de defesa. 

Freud compreendia como um  mecanismo defensivo da repressão ( defesa mais evidente nas pacientes histéricas, assim como nos quadros paranóides, como a projeção, na psicopatologia das fobias e neuroses obsessivas, como deslocamento, anulação, isolamento e formação reativa.

M. Klein, descreveu as defesas primitivas como a angústia de aniquilamento, de negação onipotente, dissociação (splitting), projeção e identificação projetiva, introjeção e identificação introjetiva, idealização e denegrimento.

Formação do ego. 

Freud postulou que o ego formava-se a partir do id, quando confrontado com o princípio da realidade.

 M. Klein, entendia que o psiquismo do recém-nato lança mão de defesas primitivas contra a angústia de aniquilamento, descreveu a existência de um ego inato (rudimentar), porquanto quem processa os mecanismos defensivos no psiquismo é o ego.

Fases e Posições. 

Freud (juntamente com Abraham) descreveu as fases (ou etapas, estágios, períodos) do desenvolvimento libidinal, as quais seguem um desenvolvimento biológico oral, anal, fálico..

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