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Desenvolvimento Da Criança/adolescente

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Por:   •  11/6/2013  •  2.614 Palavras (11 Páginas)  •  847 Visualizações

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De acordo com Helen Bee, o processo de desenvolvimento é constituído por uma série de períodos alternados de rápido crescimento e períodos de clama ou consolidação. Quando ocorre uma mudança significativa no processo de desenvolvimento, existem dois efeitos relacionados: primeiramente, nos termos da teoria dos sistemas, qualquer mudança que houver afeta todo o sistema, como exemplo é a criança quando aprende a falar, que não só a linguagem está envolvida como também suas interações sociais, pensamentos e até o sistema nervoso. Em segundo lugar, quando o sistema se modifica significativamente, a criança às vezes parece “descolar-se” por um tempo, em que os antigos padrões de relacionamento já não funcionam como antes e é preciso de um tempo para criar novos padrões.

No aspecto sobre idade, a impressão que se tem sobre o recém-nascido é que ele parece dirigido por um piloto automático, em que regras e esquemas que o fazem se relacionar são inatos. Uma das coisas mais notáveis sobre essas regras é que elas são bem planejadas para conduzir a criança e seus cuidadores à “dança” da interação e do apego, portanto, adulto e bebê estão aparelhados para interagir um com o outro. Por volta de 6 ou 8 semanas de vida, devido as primeiras explorações e da simples maturação física, as ações e exames que o bebê faz do mundo parecem mudar, sendo mais controlada pelo córtex e menos pelas porções mais primitivas do cérebro. Nesse momento também ocorrem grandes mudanças na relação de interação entre a mãe e o bebê, tornando mais divertida e tranqüila a troca entre criança e progenitor. Depois dessa transição, ocorre um breve período de consolidação, no qual há mudanças neurológicas, motoras e perceptuais. Entre os 7 e 9 meses cria-se uma nova transição, em que o bebê estabelece um forte apego central e meses mais tarde sentirá ansiedade de separação e medo de desconhecidos; começa a movimentar-se de maneira independente; começa a usar gestos e a entender palavras distintas, modificando assim a comunicação entre ele e os pais e compreende a permanência de um objeto, assimilando sua existência mesmo quando fora de vista.

Para a transição aos 2 meses, o evento causal indispensável parece ser uma série de mudanças fisiológicas no sistema nervoso. Já na transição por volta dos 8 meses, as mudanças dessa transição são explicadas pelo desenvolvimentos dentrítico e sináptico e a mielinização dos nervos estão ocorrendo de forma rápida nesta idade.

Nos anos Pré-escolares, o mais notável é o início do uso de símbolos pela criança na linguagem e no pensamento, modificando os comportamentos de apego da criança e surgindo a autoconsciência. Nessa mesma idade, também surgem novas habilidades combinatórias, de forma rápida e ampla,como juntar duas palavras para formar uma frase, ocorrendo na mesma fase em que a criança começa a se revezar e a cooperar em suas interações com outras crianças.

No início, essas novas habilidades e independência não são acompanhadas pelo controle dos impulsos, sendo assim, a criança de 2 anos é ótima quando se trata em fazer e péssima quando se trata em não fazer.

Os anos pré-escolares também se sobressaem como o período no qual começam a surgir novas habilidades sociais, em que a criança de 2 a 6 anos começa a revisar, consolidar e estabelecer mais firmemente o processo de apego.

Uma outra mudança formativa, que tem amplos efeitos, especialmente na área social, é o surgimento da teoria da mente, no qual ocorre uma nítida redução no egocentrismo, tornando a criança capa de ler e compreender os comportamentos dos outros, constituindo uma base para novos níveis de interação com os pais e companheiros.

Certamente as experiências sociais provocam mudanças cognitivas. Quando as crianças brincam juntas, descobrem novas maneiras de brincar com os objetos, ampliando suas experiências, e quando duas crianças discordam em algum ponto sobre como explicar alguma coisa, ou insistem sem seus diferentes pontos de vista, esta experiência intensifica a consciência de que existem outras perspectivas e maneiras de pensar ou brincar, sendo essas experiências parte do que conduz a criança para uma nova teoria da mente. Brincar com outra crianças também desenvolve nela o senso de papel sexual, percebendo que os outros são meninos ou meninas, e o que brincam cada um, constituindo o primeiro elo na longa corrente de aprendizagem do papel sexual. Essa transformação da criança é possibilitada pela mudança física, pela linguagem, por muitos e variados encontros com outras crianças e pela nova capacidade de controlar seus impulsos.

O período em que parece haver uma mudança mais rápida é no início da infância média, no momento da idade pré-escolar para a escolar, em que a criança se torna mais responsável e capaz de entender ideias complexas. Os psicólogos que estudaram o desenvolvimento através dessa transição indicaram uma série completa de mudanças: cognitivamente, em que a criança parece prestar menos atenção às propriedades superficiais dos objetos e mais atenção a continuidades e padrões subjacentes; no autoconceito, surgindo um julgamento global do autovalor por volta dos 7 ou 8 anos de idade; e nos relacionamentos com os companheiros, em que a segregação de gênero passa a ser quase completa por volta dos 6 ou 7 anos, especialmente nas amizades individuais.

Grande parte da experiência em que está baseado o progresso cognitivo ocorre nas interações sociais, principalmente nas brincadeiras com outras crianças. Percebe-se também que nas relações sociais há uma série de demandas cognitivas e interativas, pois os relacionamentos com as pessoas são mútuos e recíprocos.

Já na adolescência, seu início é uma época de transição que existem mudanças significativas em quase todos os aspectos do funcionamento da pessoa, e o final dela é mais uma época de consolidação, no qual o jovem estabelece uma nova identidade, com objetivos e papeis claros. Norma Haan (1981) sugere que o início da adolescência é dominada pela assimilação e o seu final é um momento de acomodação. O adolescente de 12 ou 13 anos está assimilando novas experiências físicas, sociais e intelectuais, ao mesmo tempo em que os antigos padrões já não funcionam muito bem, e os novos ainda não estão estabelecidos, e o adolescente de 16, 17 ou 18 anos começa a fazer as acomodações necessárias, estabelecendo uma nova identidade, padrões de relacionamento sociais, objetivos e papeis.

Os primeiros anos da adolescência tem muito em comum com os primeiros anos da infância, pois ambas as fases passam por um período de negativismo, impulso para independência e aprendizagem de uma vasta quantidade de habilidades, embora no adolescente

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