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Edital do estágio não obrigatório

Por:   •  25/4/2024  •  Resenha  •  716 Palavras (3 Páginas)  •  14 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (CCBS)

 UNIDADE ACADÊMICA DE PSICOLOGIA (UAPSI)
DR. EDUARDO HENRIQUE ARAUJO DE GUSMÃO

THAIS NAYARA ANDRADE DE SOUSA

ATIVIDADE DE TESTEMUNHO, VIOLÊNCIA E MODERNIDADE

RIACHÃO - PB

2022

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A imagem tirada por Adriano Machado mostra o presidente Jair Messias Bolsonaro com uma caixa de Cloroquina na mão enquanto faz um discurso a favor do uso da substância para uma suposta prevenção a COVID-19. De acordo com a matéria do Jornal Nacional do dia 12/06/2021 o presidente fez falas como: "A cloroquina pode e deve ser usada desde o início apesar de saberem que não tem uma confirmação científica da sua eficácia, mas como estamos numa emergência enquanto não tivermos algo comprovado no mundo temos esse aqui esse pode dar certo e pode não dar certo”. O presidente ainda fez discursos que incentivaram o consumo do denominado “Kit Covid” que continha, além da cloroquina, substancias como a ivermequitina, azitromicina e outras. Depois de ser muito incentivado por Bolsonaro e seus apoiadores o “Kit Covid” passou a ser visualizado de outra maneira a partir do momento que o próprio presidente foi contaminado com a COVID-19.

De acordo com Michel Foucault, em sua obra “A Hermenêutica do sujeito” escrita em 1981, “a verdade é o que ilumina o sujeito; a verdade é o que lhe dá beatitude; a verdade é o que lhe dá tranquilidade de alma” (FOUCAULT, 1981 p. 21). Pra Foucault o dizer verdadeiro sobre si é uma condição de salvação. Quanto a isso, os testemunhos e registros se fazem de grande importância para a humanidade como um todo, pois tendo acesso a registros de que algo anteriormente ocorreu e a forma do ocorrido é uma maneira para que quando algo semelhante ocorra, saibamos como proceder, ou passar a interpretar o que foi registrado de forma diferente. Porém, vemos que na prática isso é totalmente ignorado por algumas nações e/ou pessoas, por exemplo o Brasil com a pandemia da COVID-19, anteriormente já havíamos sofrido e acabado com epidemias de febre amarela, varíola e outras pestes no início dos anos 1900. Sabemos, por conta de registros históricos que desde esse tempo as vacinas são eficazes, houve a “Revolta da vacina”, mas a partir do momento que a vacinação era exigida para que trabalhadores tivessem acesso aos seus direitos grande massa dessas pessoas que não queriam se vacinar se sentiram motivadas. No Brasil, por mais que tenha se perdido valor no “Kit Covid” muitas pessoas ainda acreditam no discurso do presidente contra a vacinação e continuam não se vacinando mesmo havendo os testemunhos anteriormente mencionados de que a vacinação faz efeito, e até mesmo havendo os milhares de registros de mortes que vemos nos jornais.

Bolsonaro costuma, não somente ignorar totalmente a ciência, como o caso da cloroquina, mas também usar frequentemente o nome de Deus em seus discursos, como no exemplo frequente e lema de sua campanha presidencial: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, muito utilizada por ele e seus eleitores e até hoje relembrada pelo político. No entanto, é evidente que o presidente não usa essa frase como uma verdade (apesar da inconstitucionalidade de se beneficiar determinada crença em detrimento das demais na execução de políticas de Estado). A verdade está relacionada ao poder e ao sujeito, portanto é importante entender o que impede e o que é capaz de proporcionar a nós conhecer a verdade. Muitas vezes a forma que temos acesso à verdade é a forma cristã, uma maneira pastoral que impõe uma renúncia de nós mesmos para que possamos ter acesso a verdade.De acordo com Foucault, “postula a necessidade de que o sujeito, se modifique, se transforme, se desloque, torne-se, em certa medida e até certo ponto, outro que não ele mesmo para ter direito a [o] acesso à verdade" (FOUCAULT, 1981 p. 19-20). Sendo assim, quando o presidente abusa de um discurso onde usa o nome de Deus ele consegue manipular com mais facilidade seus eleitores, pois atinge exatamente aqueles que se identificam com a “fé cristão” e se enquadram nas modificações estabelecidas pela igreja.

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