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Infância e Sofrimento Psíquico e Infância e Violência Familiar

Por:   •  9/5/2018  •  Ensaio  •  890 Palavras (4 Páginas)  •  157 Visualizações

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Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

Campus Baixada Santista

Residência em Redes de Atenção Psicossocial – RAPS

Geovana Maria da Silva Ortiz

Saúde Mental e Infância

Santos

2017


Ensaio: Infância e Sofrimento Psíquico e Infância e Violência Familiar  

O presente ensaio abordará alguns dos temas apresentados no módulo Saúde Mental e Infância. Os temas tratados aqui serão sobre a Infância e Sofrimento Psíquico e a Infância e Violência Familiar, discutindo com alguns dos casos que são atendidos no CAPS III AD – IJ, serviço de saúde mental de Santos/SP que atende adolescentes dos 13 aos 25 anos, em sofrimento psíquico.

Crus, L.; Hillesheim, B; Guareschi, N. M. (2005) certificam que, ao falar em infância, não destacamos a uma abstração, mas a uma construção argumentada que estabelece posições, sendo elas não só das crianças, mas também de todos os membros da família, das diversas instituições, constituindo modos precisos de ser e viver a infância e não outros.

Grande parte dos atendimentos realizados com adolescentes em sofrimento psíquico que são acompanhados no CAPS III AD – IJ chegam encaminhados por instituições tais como o Conselho Tutelar, Vara da infância e Juventude, CREAS, escolas e etc.  Apenas alguns casos acompanhados foram de famílias que procuraram o serviço de forma voluntária, talvez pela falta de informação a respeito de um serviço de saúde mental que acompanhe adolescentes. Por isso, se faz necessário entender os vínculos familiares destes adolescentes, bem como conhecer os territórios onde tais adolescentes estão inseridos.

Os sofrimentos psíquicos dos usuários CAPS III AD – IJ tiveram início, em sua grande maioria, na infância. São casos de abusos e violência sexuais, físicas, psicológicas, negligência, vulnerabilidade social, dependência química, entre outros. A maior parte desses casos sofreram algum tipo de violência dentro da família que convivem ou foram expostos à violência nos ambientes onde frequentam (escolas, por exemplo).

Monteiro, A. R. M. et al (2012) asseguram que, quando se trabalha com o sofrimento psíquico em crianças e adolescentes, o contexto familiar deve ser o enfoque primordial dessa procura por ocorrências, sentimentos e progressos e retrocessos, pois esse sofrimento psíquico está conectado intimamente com a família destas crianças e adolescentes.

Ainda segundo as autoras, a família é um sistema fundamental e de grande influência para a criança, como também o adolescente em sofrimento psíquico. Ela focaliza a construção, a transformação, a mudança, compondo uma considerável instituição formadora dessas crianças e adolescentes. A conjuntura em que esse contexto familiar se coloca, inspira as relações, sendo importante visualizar o choque causado por condições culturais e socioeconômicas.

Em contrapartida, a família também pode ser a causadora do sofrimento psíquico. São muito comuns os casos no CAPS III AD – IJ em que o contexto familiar é o promotor do sofrimento psíquico do adolescente, sendo necessária a intervenção do Estado (Conselho Tutelar e Vara da Infância) para sanar a exposição deste adolescente à violência. Então chegamos ao segundo tema abordado neste ensaio: Infância e Violência Familiar.

Ramos, M. L. C. O. e Silva, A. L. (2011) afirmam que a violência familiar é a ação ou a omissão praticada por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e adolescentes, que envolve em descumprimento do dever de proteção do adulto, ou seja, a privação de direitos que os garantam como sujeitos em condição peculiar de desenvolvimento.

As autoras declaram ainda que os principais tipos de violência sofridos por crianças e adolescentes são: maltrato físico (agressão não acidental que provoque ou não lesões), maltrato psicológico (agressão verbal ou rejeição psicológica), negligência (abandono ou descuido das necessidades básicas) e abuso sexual (atividade sexual não desejada, onde o agressor usa a força, faz ameaças ou exclui vantagens da vítima que se torna incapaz de negar).

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