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Relações sociais do idoso

Por:   •  7/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.962 Palavras (8 Páginas)  •  98 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

CIDADANIA E INCLUSÃO

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Alunas: Caroline Mendes Barbosa                                      
              Karen Cristina Rosa da Silva                    
              Luana Cristina Moura Santos                    
              Luciana Pereira de Almeida                      
              Paula Prates Rocha                                            
              Raíssa Ester de Souza Correia
              Vanice Helena Macedo


A CONDIÇÃO DOS IDOSOS NAS RELAÇÕES SOCIAIS

BELO HORIZONTE

2018[pic 3]

A CONDIÇÃO DO IDOSO NAS RELAÇÕES SOCIAIS

De acordo com Barreira (2017), com o aumento da expectativa de vida nos deparamos com um crescimento considerável do número de idosos. As razões para o aumento da longevidade nos dias de hoje se apresenta pelas evoluções da medicina, pela melhora das condições de vida e pela assistência à saúde que é prestada à população idosa. Ainda segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realizada em 2013, a população com 60 anos ou mais, no ano de 2020 passará de 13,8% para 33,7% em 2060. A participação de idosos será maior que o grupo de crianças com até 14 anos de idade após 2030 e maior que a população de crianças e jovens com até 29 anos de idade em 2055.

Envelhecer é um processo natural, contudo, a população idosa no Brasil, ainda representa um problema social não solucionado, visto que nem sempre são proporcionadas as condições mínimas de sobrevivência à realidade em que essa classe se encontra, devido à carência no âmbito político e social que contribua para um envelhecimento ativo e saudável (OLIVEIRA, SCORTEGAGNA, 2012).

Muitos indivíduos têm um olhar de negação quanto ao envelhecer, pois, apesar da sociedade estimular a longevidade, nega ao idoso o seu papel social, o que instiga a percepção de estar em um período da vida que só há malefícios: de não ser mais jovem, da mudança da aparência, da capacidade física e do seu papel social (SANTOS 2014).

Além de todas as questões que o idoso enfrenta na terceira idade (doenças, dependência familiar, baixa condição financeira, etc.), ele ainda tem que lidar com o preconceito, visto que na perspectiva social atual, muita das vezes, o idoso é considerado como um ser inútil e incapaz, sem lugar social, sendo um peso para a sociedade (OLIVEIRA, SCORTEGAGNA, 2012). Desse modo, o envelhecimento se torna um incômodo para a ideologia cultural nos dias atuais.

O sistema capitalista fez com que o envelhecer ocupasse um lugar de exclusão na existência humana. Por não estar inserido nesse sistema de produção de riqueza, o idoso perde o seu valor simbólico. O fato de o indivíduo aposentar-se acarreta um sentimento de depreciação pela falta de atividades sociais e laborais, visto que estar inserido em um ambiente de trabalho possibilita um significativo convívio e valor social. Quando o idoso se depara com essa realidade e se aposenta isso ocasiona a ele um enorme vazio e desamparo (ALVES, 2014).

A identidade do brasileiro é constituída do trabalho e de sua produção. Desse modo, a aposentadoria configura uma trajetória que vai contra esse conceito social de prática produtiva, que determina seu existir no sistema capitalista (VICENTE, 1992 apud SANTOS, VAZ, 2008). Segundo Wagner (1984) apud Santos e Vaz (2008), a aposentadoria:

Possui um componente social de reconhecimento aos serviços prestados pelo indivíduo idoso, mas ao mesmo tempo lhe retira sua base de relacionamento social e psicológico, além de lhe conferir um status de desempregado.


Para Oliveira, Scortegagna (2012)
apud Beauvoir (1990), a aposentadoria proporciona uma ruptura com o passado, na qual o idoso deve adaptar-se a uma nova condição que lhe acarreta certos benefícios, como descanso, mas, por outro lado, algumas desvantagens, tais como o empobrecimento, desqualificação e desvalorização.

Segundo Santos, Vaz (2008), a terceira idade ainda é marcada por outros estereótipos como a passividade, a improdutividade, a assexualidade, a degeneração orgânica e psíquica, além da alienação.

O isolamento social é considerado um dos fatores que mais afeta o bem estar do idoso e que contradiz a necessidade de socialização e convivência na terceira idade. Os idosos são levados a situações de isolamento por diversas situações, tais como, o afastamento do ambiente de trabalho, do local de residência, pela morte de parentes e amigos e também pela sua situação social de inutilidade. O isolamento social do sujeito na terceira idade contribui com o surgimento de estados depressivos e regressivos e de doenças somáticas, podendo inclusive ocasionar a morte quando este distanciamento é muito acentuado (SANTOS, VAZ, 2008).  

No ambiente familiar, o idoso sai da posição de autoridade e decisão que costumava exercer e as relações entre pais e filhos modificam-se. Logo, os sujeitos de terceira idade tornam-se cada vez mais dependentes e ocorre uma reversão de papeis. Os filhos, na maioria das vezes, exerce responsabilidade pelos pais, porém, esquecem de que os idosos têm a necessidade de serem ouvidos. Quando os pais idosos demonstram interesse em estabelecer um diálogo, estes percebem que os filhos não tem o mesmo interesse em escutar suas apreensões. Por outro lado, quando o idoso é acolhido com certo excesso de zelo, ele torna-se cada vez mais dependente, gerando uma sobrecarga na própria família, a qual realiza atividades que o próprio idoso poderia estar realizando. Esse processo gera um ciclo vicioso e o idoso torna-se mais dependente (MENDES et. al, 2005).

Com o propósito de amenizar esses fatores desfavoráveis do envelhecimento, torna-se necessário distinguir qual é o papel social do idoso na sociedade. A função social que é atribuída ao idoso, foi culturalmente construída, visto que o seu papel na sociedade foi determinado por costumes e ações derivadas da cultura e do contexto histórico no qual está inserido. De acordo com Silva (2003) apud Oliveira, Scortegagna (2012), “o estatuto da velhice é imposto ao ser humano pela sociedade à qual pertence, sendo influenciado pelos valores culturais, sociais, econômicos e psicológicos de uma sociedade que determina o papel e o status que o velho terá”.

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