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Resenha do filme : Estrelas Além do Tempo

Por:   •  5/4/2018  •  Resenha  •  1.238 Palavras (5 Páginas)  •  780 Visualizações

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Resenha do filme: Estrelas Além do Tempo

A história retrata três mulheres afro-estadunidenses: Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson. Entre a década de 50 e 60, mesma época em que ocorria a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, as mulheres negras eram contratadas na NASA para realizarem cálculos e trajetórias espaciais – apesar da exacerbada inteligência e esforço das mesmas, que o filme deixa muito claro, não conseguem se destacar por serem negras. Preocupado que a União Soviética pudesse enviar um homem ao espaço antes dos EUA, o chefe (Al Harrison) solicita os serviços de alguém que seja “um computador humano” e Dorothy indica Katherine, que desde criança, se mostrou uma mente privilegiada para os números. A função de Katherine é revisar os cálculos do restante dos funcionários do setor, mas não é bem recebida ou bem  tratada, especialmente pelo engenheiro Paul Stafford, que diz a ela: “meus cálculos estão sempre corretos”. Apesar da promoção, Katherine enfrenta um problema: o banheiro para negros fica a 800 metros de sua mesa, então todos os dias ela percorre este trajeto e acaba aproveitando para realizar a maior parte de seu trabalho lá.

Mary Jackson é bacharel em física e matemática e sonha em ser engenheira, mas por ser uma mulher negra, torna este fato incabível, porém é a mesma que ajuda os engenheiros da NASA com a projeção das cápsulas dos foguetes. Dorothy é esforçada e deseja muito ser a supervisora dos “computadores humanos”, mas sua superior (Vivian Mitchell) deixa claro que essa promoção não acontecerá, apesar de Dorothy já exercer o cargo de supervisora e não obter o salário de uma, já que o mesmo está vago e não há ninguém designado para cumprir as tarefas.

Quando Dorothy descobre que um novo computador está sendo construído, ela vai até á biblioteca à procura de um livro que fala a respeito de programação de computadores, lugar este onde é expulsa por ser negra, mas não antes de pegar o livro escondido. Assim que o lê, ela ensina as suas funcionárias o que aprendeu, para que elas não perdessem os empregos quando o IBM 7090 estivesse pronto.

Mary decide ir atrás de seu sonho de ser engenheira, então se candidata a uma vaga que é disponibilizada. Quando está almoçando na companhia de Katherine e Dorothy, Vivian diz que ela não é apta para o cargo, pois é necessário um curso em uma escola renomada que só aceita pessoas brancas. Mary fica frustrada, mas mesmo assim recorre á um juiz para que ele permita o ingresso dela nessa escola, faz um discurso incrível para convencê-lo e acaba conseguindo a permissão do mesmo.

Enquanto isso, Katherine vai aos poucos conquistando seu espaço e ganhando a confiança de seu chefe. Em determinado momento, Harrison vai atrás de Katherine e ela não está em sua mesa, até que ela chega toda molhada (pois teve que fazer o trajeto até o banheiro na chuva) e ele lhe pergunta o porquê de nunca estar presente quando ele mais precisa dela, até que explode e expõe todas as dificuldades que enfrenta diariamente, tais como: a sua trajetória diária de 800 metros até o banheiro de negros pois não pode usar o banheiro de “brancos” que é bem ao lado de sua sala; a cafeteira minúscula que está sempre vazia que fora designada a ela com a etiqueta “negros” e o salário baixo que não permite que ela compre um colar de pérolas que é exigido em sua vestimenta. Essa cena é de grande impacto pois Katherine representa não apenas a si, mas todo o sofrimento e preconceito diários sofrido pelos negros, ela é a voz de suas amigas, sua família, amigos e raça.

Espantado com o desabafo de Katherine, Al quebra a placa que designa o banheiro para os negros e diz “chega de banheiros para negros e banheiros para brancos, agora são só banheiros”. A ação do quebrar é tão forte, pois está literalmente quebrando as barreiras que foram impostas entre brancos e negros, está quebrando também o preconceito, quebrando os rótulos e unificando ambas as raças, sugerindo que não há diferenças.

Apesar de ter conquistado a todos em seu setor e surpreendido a todos com sua inteligência, sendo de extrema importância para o lançamento de John Glenn ao espaço, Katherine volta á sua antiga função, pois o novo computador faz os cálculos com mais rapidez e praticidade do que um ser humano. Ao mostrar eficiência em operar o IBM, Dorothy e suas funcionárias são chamadas temporariamente para fazerem parte da equipe de programação do mesmo.

No dia da decolagem, houve um erro de cálculo e o piloto John Glenn pede á Al que chame Katherine para a verificação dos números e apenas com a confirmação dela ele prosseguiria. A cena mostra o desespero de todos para a decolagem, a corrida do funcionário atrás de Katherine, a rapidez dela em calcular os números, a corrida dela de volta á sala de operação, tudo engrandecendo-a e mostrando sua importância para esse marco histórico.

As três conseguem o que mais almejavam e conquistam o respeito de todos, quebram o machismo e o preconceito, provam que a cor da pele não define inteligência, caráter e muito menos competência.

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