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Resenha figuras da loucura

Por:   •  12/5/2015  •  Resenha  •  636 Palavras (3 Páginas)  •  365 Visualizações

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FIGURAS DA LOUCURA

Maria da Conceição Dantas de Lima[1]

FOUCAULT, Michel. Figuras da loucura In: História da loucura: na idade clássica. - São Paulo: Perspectiva, 2012. p. 251-295.

Michel Foucault (1926-1984), lecionou nas Universidades de Lille (1961) e Vincennes (1968 e 1969), graduado em psicologia e filosofia pela École Normale Superieure de Paris, diplomado em psicopatologia em 1952, Doutor pela Universidade Sorbonne com a defesa da tese que deu origem ao livro História da Loucura.

No capítulo intitulado “Figuras da loucura” Foucault relata sobre as grandes figuras da loucura, que se mantiveram e chegaram a manifestar de modo positivo a negatividade da loucura na era clássica. Mostra que a demência era reconhecida e facilmente isolada entre as outras espécies mórbidas, mas não era definida em seu conteúdo positivo e concreto pelos médicos dos séculos XVII e XVIII. Dentre todas as doenças do espirito a demência é a que permanece mais próxima da essência da loucura. A demência não tinha sintomas propriamente ditos, é antes a possibilidade aberta de todos os sintomas possíveis da loucura. Para Willis a demência era uma perturbação dos espíritos ou do cérebro ou ainda uma perturbação combinada. No entanto a noção de demência se vê limitada por dois grupos de conceitos: o frenesi que é de fácil distinção, pois era sempre acompanhada com febre, enquanto a demência é uma doença apirética e o segundo grupo diz respeito à “estupidez”, a “imbecilidade”, a “idiotia”, a “patetice”, que no final do século XVIII começou a se distinguir pela precocidade e pelas qualidades que comandam suas manifestações.

Foucault continua relatando que a noção de melancolia era considerada no século XVI, entre uma certa definição pelos sintomas e um princípio de explicações oculto no próprio termo que a designa. Do lado dos sintomas encontram-se todas as ideias delirantes de que um indiví]duo pode ter a respeito de si mesmo. Boerhaave  define a melancolia como um delírio longo, obstinado e sem febre ,durante o qual o doente esta sempre ocupado com um único e mesmo pensamento . Já Willis a melancolia é uma loucura sem febre nem furor, acompanhada pelo temor e pela tristeza. Quase nenhum dos médicos do século XVIII ignora a proximidade entre a mania e a melancolia, no entanto vários recusam-se a reconhecer numa e noutra duas manifestações de uma única doença.

O autor nos mostra que os médicos da era clássica bem que tentaram descobrir as qualidades próprias da histeria ou hipocondria, mas nunca chegaram a perceber essa coesão qualitativa. Todas as qualidades foram contraditoriamente invocadas anulando-as umas às outras e deixando inteiro o problema referente ao que são em sua natureza profunda essas duas doenças. Há, portanto duas linhas de evolução essenciais na era clássica para a histeria e a hipocondria uma que as aproxima até a formação de um conceito comum de doenças dos nervos outra que desloca sua significação e seu suporte patológico tradicional e que tende a integrá-las aos poucos no domínio das doenças do espírito. A histeria é indiferentemente móvel ou imóvel fluida e pesada entregue a vibrações instáveis ou carregadas de humores estagnados. Não se conseguiu descobrir o estilo próprios de seus movimentos.

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