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Resumo parte 1 - Depreciação na vida amorosa (FREUD 1912)

Por:   •  2/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  599 Palavras (3 Páginas)  •  1.294 Visualizações

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Introdução

De acordo com os estudos de Freud, em 1912, um dos motivos que levam as pessoas com maior frequência a procurar um auxílio do psicanalista, é a impotência psíquica.

Para ele, esse sentimento de impotência é um transtorno que “atinge homens de natureza intensamente libidinosa e se manifesta no fato de que os órgãos executivos da sexualidade se recusam a perfazer o ato sexual, embora antes e depois se revelem intactos e capazes, e embora exista uma forte inclinação psíquica à realização do ato”. (FREUD, 1912 p.348)

Há um obstáculo dentro do sujeito, que dá origem à inibição da impotência viril, o doente mesmo compreende seu estado, e sabe que essa inibição vem de uma característica do objeto sexual, porém não pode descobrir que obstáculo é, e qual característica do objeto o torna operante.

Estudos psicanalíticos sobre essa impotência psíquica foi discutido por diversos autores, podendo confirmar que se trata realmente do efeito inibidor de certos complexos psíquicos, que se escapam do conhecimento do individuo.

Grande parte desse material patogênico resulta das fixações infantis incestuosas, nunca superadas. Devemos também levar em consideração a influência de impressões penosas acidentais, ligadas a atividade sexual infantil, e a fatores que diminuem a libido a ser dirigida ao objeto sexual feminino.

Freud diz que, para assegurar um comportamento amoroso normal existem duas correntes que devem ser combinadas: a corrente terna e a sensual.

A corrente terna é a mais antiga e se forma nos primeiros anos de vida. Ela se dirige aos familiares da criança, àqueles que dela cuidam. Desde o início, essa corrente possui componentes da pulsão sexual, embora sua base sejam as pulsões de autopreservação e corresponde à escolha de objeto primária da criança, então assim, os instintos sexuais encontram seus primeiros objetos ao se apegarem às apreciações feitas pelos instintos do ego, precisamente no momento em que as primeiras satisfações sexuais são experimentadas em ligação com as funções necessárias à preservação da vida. Os objetos primitivos serão fixados e persistem por toda a vida infantil e continuamente conduzem consigo o erotismo, que, em consequência, se desvia de seus objetivos sexuais.

Na puberdade, um novo destino poderá ser dado à corrente sensual, pois ela não deverá permanecer como um componente da corrente afetiva. Ao contrário, a partir da puberdade, a corrente sensual deverá encontrar um objeto próprio. Devido à barreira do incesto, os objetos familiares terão que ser abandonados e, desta forma, a criança deverá encontrar um caminho para novos objetos.  

Freud relembra o preceito bíblico que profere que o homem deixará pai e mãe para se unir a uma mulher. Com isso, afeição e sensualidade deverão se associar.

A dificuldade de estabelecer o laço decorre do fato de que a corrente afetiva, até então, era satisfeita pelos objetos familiares. Assim, entra em ação a estratégia da depreciação psíquica do objeto sexual, enquanto é reservada para o objeto incestuoso e seus representantes a superestimação que normalmente cabe ao objeto sexual. A tendência à depreciação, levada às últimas consequências, acarretaria em impotência psíquica, em decorrência da separação das correntes afetiva e sensual, nessas pessoas se conservaram metas sexuais pervertidas, cujo não cumprimento é tido como sensível perda de prazer, mas cujo cumprimento parece possível apenas com um objeto sexual depreciado. Os homens dominados por essa clivagem quando amam não desejam e, quando desejam, não podem amar, é o que conclui Freud.

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