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Trabalho de Psicologia

Por:   •  21/9/2020  •  Artigo  •  1.505 Palavras (7 Páginas)  •  131 Visualizações

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Grupo: Camila Nazaro, Charles Mikael, Cinthya Vitória, Gilmara Xavier, Júlia Verônica, Tathía Leticia, Yasmin Rodrigues

Turma: P1 – Manhã

Consciência

        Esse trabalho foi pautado em pesquisas bibliográficas, conceituando e relacionando a temática “Consciência” a atividades da vida cotidiana. O primeiro passo foi realizar um estudo sobre o conceito de Consciência nas mais variadas abordagens ao longo da história da Filosofia. Para só então, discuti-la nas abordagens atuais.

       Na antiguidade, o que existia era uma “consciência metafísica”, desligada do mundo material, que buscava apreender a essência das coisas por meio da razão. Este encontra-se dividido em corpo e mente, sendo o corpo parte irracional e enganosa do ser humano.

       Com o cristianismo na Idade Média, a consciência adquire um caráter religioso e, ainda sob a perspectiva metafísica, ela pretende chegar à realidade íntima das coisas. Permanece, portanto, a distinção e oposição entre consciência e corpo, sendo atribuído à primeira um papel primordial no processo de conhecimento.

       É importante ressaltar que até a Idade Moderna, os filósofos compartilhavam o mesmo modo de pensar: o modo metafísico. O modo metafísico consiste na crença de uma realidade autônoma e objetiva, independente do sujeito.

      O modo metafísico de apreensão da realidade foi analisado e criticado pelos filósofos modernos pois, para eles, o homem não pode chegar à essência das coisas através da razão natural. O que o homem pode efetivamente conhecer por meio da razão natural é seu próprio pensamento ou atividade de consciência e o mundo fenomenal, isto é, as coisas tais se apresentam à nossa percepção. Desse modo, desenvolveu-se uma nova forma de representação do mundo, a saber, a ciência.

      Nessa linha de pensamento, Renes Descartes com sua consideração de “cogito ergo sum” (“penso, logo existo”) constitui a auto evidencia existencial do pensamento, ou seja, a garantia de que o pensamento, como consciência, tem da sua própria existência. Todas as coisas acontecem nas pessoas, enquanto cada um ter consciência delas.

      A diferença entre Descartes e outros filósofos predecessores a ele, é o fato de considerar todo conhecimento existente no próprio homem, um sujeito pensante, e não em algo exterior como Deus ou a natureza. Então, ao dividir a realidade entre material e espiritual, Descartes é considerado um dualista e sua concepção de corpo caracteriza-se pelo mecanicismo.

     Essa visão dualista do homem, presente no sistema cartesiano, influenciou consideravelmente o pensamento ocidental em áreas diversas como a filosofia, a ciência e a educação.

     Na Idade Contemporânea, surge um modo de pensar dialético, privilegiando a dimensão histórica da existência humana e atribuindo maior dinamicidade à consciência. Porém, embora seja dada maior ênfase ao conhecimento sensível, ainda é dada maior ênfase ao conhecimento racional.

      Com as pesquisas realizadas ao decorrer da história, e por haver uma liberdade para novas análises, o século XX foi repleto de pesquisadores querendo entender como a mente funciona. Desde psicólogos com novos tratamentos introspectivos a matemáticos e biólogos. Tais estudos e pesquisas contribuíram para abordagens atuais que descreveremos agora.

      A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. Não se pode conceber a consciência em termossubstantivos, mas sim em termos relativos. A palavra 'consciência' está relacionada a vários conceitos e campos do saber, algumas definições são:

“Consciência, o significado múltiplo é: " Total estado de consciência de uma pessoa e/ou seu estado de normal de vigília" (Davidoff, 1983, p 256)

“Consciência " A marca registrada da consciência desperta normal é a natureza altamente seletiva da atenção" ( Morris e Maisto, 2004)

      Além disso, existem os tipos de consciência, que são definições teóricas desenvolvidas por neurocientistas, psicólogos e filósofos, sendo essas:

- Neuropsicológica: Estado de vigilância, igualando ao grau de clareza do sensório nível de consciência.

- Psicológica: Soma total das experiências conscientes de uma pessoa em determinado momento. Dimensão subjetiva.

- Ética Filosófica: Capacidade de tomar consciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, os direitos e os deveres conscientes a essa ética. Consciência moral ou ética.

       Um exemplo se tratando de consciência, é a consciência que está ligada ao individual.  Então, eu posso gostar de sertanejo, de comer salada, tomar vodka e açaí ou o contrário. Isso está relacionado, basicamente, à consciência particular da pessoa, ainda que possa refletir influências de outras pessoas ou de outros grupos sociais. De mesma forma, estar consciente ao ajudar um morador de rua faz parte da sua consciência individual ligada aos seus princípios morais.  

      Outro exemplo, agora, tratando-se de uma consciência coletiva que está atrelada àquilo que nos permite viver em sociedade. Sendo assim, um jovem estudante saber que há uma série de normas dentro da escola decorre da consciência coletiva. Saber que eu, ao chegar ao banco, aos correios ou à lotérica, preciso ficar em fila para ser atendido também se enquadra no conceito. Ou seja, respeitar as leis, a integridade das pessoas, não cometer crimes, não matar estão entre algumas das ideias ligadas à consciência coletiva. Assim como também, preocupar-se com a realidade frente à uma pandemia mundial, cautelar-se e tomar medidas, não diferentemente é um exemplo de consciência.

       A consciência, provavelmente, é a estrutura mais complexa que se pode imaginar atualmente.

       António Damásio, em O Mistério da consciência, divide a consciência em dois tipos: consciência central e consciência ampliada. Inspirados na tese damasiana, entende-se que a faculdade em pauta é constituída com uma espécie de anatomia, que pode ser dividida, didaticamente, em três partes:

  1. Dimensão fonte - onde as coisas acontecem de fato, o aqui agora: o meu ato de escrever e dominar o ambiente e os equipamentos dos quais faço uso, o ato do internauta de ler, compreender a leitura e o ambiente que o envolve a todo os instantes etc. Essa dimensão da consciência não retrocede muito ao passado e, da mesma forma, não avança para o futuro; ela se limita a registrar os atos presentes, com um espaço-tempo (passado/futuro) suficiente para que os momentos (presentes) tenham continuidade.
  2. Dimensão processual - amplitude de sistema que abriga expectativas, perspectivas, planos e qualquer registros mental em aberto; aquelas questões que causam ruídos e impulsionam o ser humano à busca de soluções. Essa amplitude de consciência permite observar questões do passado e investigar também um pouco do futuro.
  3. Dimensão ampla - região de sistema que, sem ser um dispositivo de memória, alberga os conhecimentos e experiências que uma pessoa incorpora na existência. Todo os conhecimentos do passado e experimentações pela qual o ser atravessou na vida: uma antiga profissão que não se tem mais qualquer habilidade para exercer, guarda registros importantes que servirão como experiência em outras práticas. Qual dimensão processual, essa amplitude da consciência permite examinar o passado e avançar no futuro - tudo dentro de limites impostos pelo próprio desenvolvimento mental do indivíduo.

      Além da anatomia de constituição, listada acima, a consciência humana também guarda alguns estados:

      Condições de consciência (vigília normal, vigília alterada e sono com sonhos), modos de consciência (passivo, ativo e ausente) e focos de consciência (central, periférico e distante).

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