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FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  9.454 Palavras (38 Páginas)  •  135 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente apresenta uma análise das características das Políticas Públicas e Postura do Serviço social é fundamental para a conscientização da classe, pois depois do neoliberalismo, do avanço do capitalismo, houve transformações importantes em todas as áreas. O Estado mínimo, as privatizações, repercutiram na diminuição dos movimentos sociais e de políticas públicas voltadas as classes minoritárias.

2 DESENVOLVIMENTO

As mudanças ocorridas tem influenciado nas ações do Estado, atingindo também as condições de vida da sociedade. O Estado mínimo imposto pelo neoliberalismo não vem atuando nas áreas sociais. Ao mesmo tempo, percebe-se crescimento das empresas multinacionais, capital externo, as custas da pobreza das classes menos favorecidas, agravando-se a exclusão social.

Neste sentido, o Estado de Direito perde importância ameaçando a igualdade de oportunidades e os direitos dos cidadãos. Com isso, as condições de vida da sociedade fica prejudicada, bem como a cidadania e participação dos usuários.

Com o neoliberalismo, o ganho máximo de lucros, a competitividade dos mercados, massacra as classes minoritárias e acentua a exclusão social. Neste sentido é preciso traçar metas para revestir o avanço desse novo modelo de sociedade pautado no neoliberalismo, para frear o avanço da desigualdade social.

A população não deve resignar-se a essa situação. Isso só pode ser conseguido com participação social. Não se pode temer à luta, fugir ao sonho. Pois lei do mercado tem pregado o individualismo, o interesse próprio, o ter em detrimento ao ser. As ciências sociais busca, entre outros fins, resgatar a importância da participação social e política.

No princípio, as atribuições do serviço social eram vistas apenas no sentido do assistencialismo, trabalho realizado aos necessitados, a serviço dos dominantes. No entanto, houve uma ruptura originando-se um novo projeto social. Esse novo projeto social é composto da participação e capacidade de organização dos indivíduos em prol dos seus direitos.

O Movimento de reconceituação buscou aproximar os assistentes sociais das classes populares a seus movimentos. Neste sentido, na década de 70 houve expressivo avanço dos movimentos populares e elevação das lutas de classe.

Pode-se dizer que o serviço social surgiu nos anos 30 e não pode ser visto como um fato à parte, mas como um acontecimento histórico vislumbrado em função da acumulação de acontecimentos ocorridos em nossa sociedade em vários segmentos como o político, o econômico, o social e o religioso. Os primeiros alunos do curso de serviço social se formaram em escolas localizadas em São Paulo e Rio de Janeiro.

Os primeiros profissionais do serviço social deveriam freqüentar curso obrigatório, ter entre 18 a 40 anos de idade, ter concluído o estudo secundário, ser portador de atestado de sanidade mental e ter referencia de três pessoas idôneas. Estudava-se no primeiro e segundo anos teoria e prática e no terceiro ano as matérias complementares. As primeiras escolas de serviço social se localizaram na Holanda, América Latina e Brasil. A princípio o serviço social era uma sub-profissão dependente da direção médica.

Somente em 1925 no Chile instaura-se uma nova fase da profissão que veio a ter formação acadêmica. O aumento da industrialização e da classe operária agravou o estado de miséria urbana muitas migrações, enfim toda a gama de problemas sociais, isso fez com que houvesse a necessidade de profissionais ligados ao social. O serviço social também esteve ligado nesta época ao modelo de acumulação de bens e exploração. O serviço social passou por quatro etapas: pré-técnica, técnica, pré-científica, científica, ao ingressar no científico passa a questionar as relações da sociedade e seus efeitos a fim de buscar as soluções para as causas dos problemas sociais.

Baseado numa tradição de relações interpessoais, o Serviço Social tomou o relacionamento como a forma privilegiada de atuação profissional. Este relacionamento se baseava nos processos de casos, grupos, e comunidades, em que o profissional pensava ou julgava atuar através de fatores psicossociais inerentes à própria personalidade para influir nas decisões pessoais de sua clientela.

Sem preparação para um trabalho psicológico mais profundo, a atitude de escuta tornou-se inconveniente. Em primeiro lugar, não trazia soluções concretas aos problemas apresentados. Em segundo lugar, não levava a uma avaliação mais crítica da situação e ficava baseado nos valores sociais do próprio profissional. O aconselhamento valorativo tornou-se característica da ação do assistente social. Este teria soluções para as questões matrimoniais, políticas, econômicas que atingissem os indivíduos que o procurassem.

Esta atitude foi mudando frente ao próprio questionamento do profissional pelas classes dominadas e pela exigência de produtividade do próprio capitalismo. Este necessitava ver a eficiência na atuação profissional já que o voluntariado fora descartado como forma de aconselhamento.

O assistente social tornou-se um solucionador dos problemas que se apresentarem diante dele. A questão do problema tornou-se crucial para a profissão. Contudo, eram tantos os problemas apresentados, que se alargou e se esvazioua própria atividade profissional. Os problemas eram apresentados pela própria instituição, pelos próprios objetivos do contexto em que atuava o assistente social, obrigando-se este à manipulação de certos recursos e a partir deles pensar os problemas apresentados.

A busca de um método comum a tantos problemas eliminou a questão central da discussão. A forma de repensar a prática profissional passou então para uma análise das condições concretas em que ela se realiza, condições essa que levam a situar a prática e o processo profissional num contexto que os determinam. O Serviço Social não é uma profissão liberal. O próprio desenvolvimento do capitalismo vem levando o assistente social a incorporar-se em diversas tarefas como um assalariado. A condição de trabalho do assistente social é de assalariado.

Iamamoto esclarece que

[...] o Serviço Social é um trabalho especializado, expresso sob a forma de serviços, que tem produtos; interfere na reprodução material da força de trabalho e no processo de reprodução sociopolítica ou ideo-política dos indivíduos sociais. O assistente social é, neste sentido, um intelectual que contribui, junto com inúmeros outros protagonistas, na criação de consensos na sociedade. Falar em consenso diz respeito não apenas à adesão ao instituído: é consenso em torno de interesses de classes fundamentais, sejam dominantes ou subalternas, contribuindo no reforço da hegemonia vigente ou criação de uma contra-hegemonia no cenário da vida social. (IAMAMOTO, 2001, p.69).

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