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Febre Amarela

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Por:   •  28/2/2014  •  2.224 Palavras (9 Páginas)  •  815 Visualizações

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A febre amarela , também conhecida como Barbarose (Babonis Amarelus), é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivírus e ocorre na América Central, na América do Sul e na África. No Brasil No período de 1980 a 2004, foram confirmados 662 casos de febre amarela silvestre, com ocorrência de 339 óbitos, representando uma taxa de letalidade de 51% no período.

Causa[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a febre amarela pode ser adquirida em áreas silvestres e rurais de regiões como Norte e Centro-Oeste, além de parte do Sudeste, Nordeste e Sul. Ou seja, o indivíduo entra em regiões onde exista o mosquito Haemagogus janthinomys e, consequentemente, sofre a possibilidade de ser picado por algum desses mosquitos já afetado pelo vírus, que possivelmente fora contraído pela picada em um ser já portador, como um bugio ou outros tipos de macacos, e, em seguida, o mosquito pica a pessoa que ainda não teve a doença nem foi vacinado e, portanto, não adquiriu defesas para combater o vírus. Nas cidades o vetor da febre amarela é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Desde 1942 a febre amarela é considerada erradicada em áreas urbanas do Brasil, para que a situação se mantenha assim é fundamental o controle deste mosquito e a vacinação das pessoas que vivem em áreas endêmicas.

O vírus da febre amarela pertence à família dos flavivírus, e o seu genoma é de RNA simples de sentido positivo (pode ser usado diretamente como um RNA para a síntese proteica). Produz cerca de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bilipídico. Multiplica-se no citoplasma e os virions descendentes invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são depois exorcistados. Tem cerca de 50 nanômetros de diâmetro.

Muitos danos são causados pelos complexos de anticorpos produzidos. O grande número de vírus pode produzir massas de anticorpos ligados a inúmeros vírus e uns aos outros que danificam o endotélio dos vasos, levando a hemorragias.

Os vírus infectam principalmente os macrófagos, que são células de defesa do nosso corpo.

Vetores[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Aedes aegypti

Aedes aegypti, Aedes albopictus e o Haemagogus janthinomys são os vetores intermediários do vírus da febre amarela.

O Aedes aegypti transmite o vírus da febre amarela de 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada. Em áreas de fronteiras agrícolas, existe a possibilidade de adaptação do transmissor silvestre para o novo habitat.

O Aedes albopictus proliferam-se nas casas, apartamentos, etc. A fêmea do mosquito põe seus ovos em qualquer recipiente que contenha água limpa, como caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas, etc. As bromélias, que acumulam água na parte central, chamada de aquário, são um dos principais criadouros nas áreas urbanas. Os ovos ficam aderidos e sobrevivem mesmo que o recipiente fique seco. A substituição da água, mesmo sendo feita com frequência, é ineficiente. Dos ovos surgem as larvas, que depois de algum tempo na água, vão formar novos mosquitos adultos.

O Aedes aegypti e o Aedes albopictus transmitem também a dengue. Ambos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que tem atividade noturna.

Um inseticida altamente eficiente contra esses mosquitos é o DaT. No entanto seu uso é controlado já que pode causar câncer.

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

Área de endêmica da febre amarela.

Existe endemicamente na África, Caraíbas (Caribe) e América do Sul.

A enfermidade não se transmite diretamente de uma pessoa para outra. Em área silvestre, a transmissão da febre amarela é feita por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus em geral. Por ser virótica, pode ser transmitida por outros tipos de insetos que se alimentam de sangue. A infecção pode ocorrer também através de mosquitos que picam macacos e em seguida humanos. Existe também transmissão transovariana no próprio mosquito.

A infecção humana ocorre no indivíduo que entra em áreas de cerrado ou de florestas e é picado pelo mosquito contaminado. A propagação para áreas urbanas ocorre porque a pessoa contaminada é fonte de infecção para o mosquito desde imediatamente picada, portanto antes de surgirem os sintomas, até o quinto dia da infecção (reforçando, sem sintomas), esta retorna para a cidade serve como fonte de infecção para o Aëdes aegypti, que então pode iniciar o ciclo de transmissão da febre amarela em área urbana.

Outro reservatório da infecção são os macacos.

Zonas endêmicas no Brasil[editar | editar código-fonte]

Área de endêmica da febre amarela na América do Sul (2005). Nessas áreas é importante que a vacina seja dada aos 6 meses e reforçada a cada 10 anos.

As localidades infestadas pelo Aëdes aegypti, cerca de 3600 municípios brasileiros, têm risco potencial da febre amarela. Em Boa Vista, no Estado de Roraima, e em Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, existem focos endêmicos nas áreas urbanas.

A maior quantidade de casos de transmissão da febre amarela no Brasil, ocorre em regiões de cerrado. Porém, em todas as regiões (zonas rurais, regiões de cerrado, florestas) existem áreas endêmicas de transmissão das infecções. Estas principalmente ocasionadas pelos mosquitos do gênero Haemagogus, e pela manutenção do ciclo dos vírus através da infecção de macacos e da transmissão transovariana no próprio mosquito.

Onde existe a possibilidade de febre amarela, existe para malária e também para a dengue e outros.

No Brasil, os casos vêm diminuindo desde 2003, contudo, em 2008, houve um aumento sensível de casos no início do ano. No fim de 2007 e início de 2008, O jornal Folha de S. Paulo publicou 118 matérias2 3 4 5 6 7 7 8 informando sobre o aumento progressivo do número de casos de febre amarela de grandes proporções, felizmente esse aumento de casos de febre amarela foi apenas estratégias discursivas sem fundamento do jornal. O jornal ignorou ou relativizou as informações das autoridades de saúde. Não se sabe os objetivos dessa abordagem escolhida jornal Folha de S. Paulo.9 A febre amarela apresenta dois ciclos distintos, um silvestre e outro urbano, que diferem, respectivamente,

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