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“Gravidez na Adolescência, por si só não é um risco de vida, é um desafio social.”

Por:   •  12/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.412 Palavras (14 Páginas)  •  444 Visualizações

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1. APRESENTAÇÃO

FRM – Faculdade Raimundo Marinho

Projeto: “Gravidez na Adolescência, por si só não é um risco de vida, é um desafio social”.

Local de realização: Escola Estadual Professor Arthur Ramos

Endereço: Rua Antônio Serafim Costa nº 37

Bairro: Chã do Pilar, Pilar - AL.

Estagiária: Iakiara Karina Costa Barros Coutinho

Supervisora de Campo: Assistente Social-Alina Maria Rocha Silva de Almeida/ CRESS: 1530

Supervisora acadêmica: Professora MST. Franqueline Terto dos Santos

2. INTRODUÇÃO

A gravidez na adolescência figura como grave problema que atinge parcelas crescentes da população brasileira. A relação entre esta e o abandono da escola, com as óbvias consequências para o futuro destas adolescentes e de seus filhos, é verificada cada vez mais em nosso país.

A ocorrência da gravidez precoce entre adolescentes da cidade de Pilar tem se mostrado crescente, gerando grande preocupação por parte do poder público da cidade. Por isso, o presente Projeto tem como objetivo programar práticas educativas que possibilitem o enfrentamento do problema. A questão apresenta-se como possibilidade de assumir compromissos com a responsabilidade social, concomitantemente com a formação integral de seus alunos (ética e técnica) de maneira interdisciplinar.

A adolescência é um período do desenvolvimento humano que se estende aproximadamente, dos 10 aos 19 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos 12 aos 18 anos conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Durante este período de transição do estado infantil para o estado adulto, o adolescente, geralmente, apresenta comportamento instável, variando suas ações e opiniões, num “experimentar” que o levará a definição de sua identidade, tarefa básica desta fase. Durante o processo, o adolescente poderá adotar diversos tipos de identidades, de acordo com novas aquisições, diante de situações novas ou em função do grupo circunstancial ao qual está ligado. Estas várias identidades se alternam ou coexistem num mesmo período, refletindo a luta do adolescente pela aquisição do eu e definição da identidade adulta. Além disso, o crescimento físico traz consigo novidades (dúvidas, ansiedades, vontades), desencadeando, também, uma desestabilização da autoestima que gera medo, angústia, conflito e vergonha (por falta de informação sobre estas transformações). Contudo, este processo de crescimento corporal não traz só perda. Os adolescentes ganham força, possibilidade reprodutiva e sexual, e uma imagem corporal mais próxima a do adulto.

A adolescência é a fase da vida em que o individuo é criança em seus jogos e brincadeiras, e é adulto com seu corpo, com seus novos sentimentos e suas expectativas de futuro. E é nesse turbilhão de emoções que normalmente os adolescentes começam a entrar em contato com sua sexualidade adolescente. Acompanhando as alterações hormonais, o comportamento sexual do adolescente é um produto de fatores culturais no ambiente social, que cada vez mais tornam eróticas as relações sociais.

Diante da realidade, este projeto vem contribuir com a construção do conhecimento do próprio corpo enquanto função reprodutora, vinda da falta de uma educação esclarecedora, tanto no ambiente familiar como no escolar e social.

Portanto, é fundamental que tanto a família quanto a escola, assumam a responsabilidade de formar e informar os jovens para que consolidem uma visão critica da própria sexualidade, ou seja, tornem-se capazes para tomadas de decisões maduras e responsáveis.

Acreditamos que um dos caminhos para melhorar as condições de vida dos adolescentes é a educação. Por isso, escolhemos a escola como espaço social para execução do projeto, por meio de ações de educação preventiva, pois a escola possui uma estrutura adequada para proporcionar o aprendizado, é um lugar frequentado por um grande número de adolescentes, além de ser um espaço que favorece as relações sociais e trocas intensas de informações e de normas de conduta, que influenciam direta ou indiretamente o indivíduo.

3. JUSTIFICATIVA

Cerca de 20% das crianças que nascem a cada ano no Brasil são filhas de adolescentes. Comparado à década de 70, três vezes mais garotas com menos de 15 anos engravidam hoje em dia. A maioria não tem condições financeiras nem emocionais para assumir essa maternidade. Acontece em todas as classes sociais, mas a incidência é maior e mais grave em populações mais carentes. O rigor religioso e os tabus morais internos das famílias, a ausência de alternativas de lazer e de orientação sexual especifica e contribui para aumentar o problema. Por causa da repressão familiar, algumas adolescentes grávidas fogem de casa, abandonam os estudos e com isso, interrompem seu processo de socialização e abrem mão de sua cidadania.

Um problema que também começa a ser visto como questão de saúde pública é a reincidência da gravidez na adolescência. São comuns os casos de meninas que têm o segundo ou terceiro filho ainda durante a adolescência. Isso reafirma que, a primeira gravidez, não vem acompanhada de um aprendizado, nem implica uma mudança de comportamento. Por isso a menina volta a engravidar, inclusive num curto espaço de tempo. O índice praticamente dobrou nos últimos 10 anos. Se a ideia de que "isso não vai acontecer comigo", própria da adolescência, leva garotas a uma gravidez indesejada, o pensamento do tipo "não é possível que isso vá acontecer de novo" leva essas mesmas meninas à segunda gestação.

Falar sobre gravidez na adolescência é também falar sobre violência contra a mulher, mortalidade materna infantil, problemas na saúde de adolescentes e crianças, mas, principalmente, de exclusão social, aumento da pobreza e evasão escolar. Hoje, a mulher tem um papel significativo na geração da renda familiar, e quando há uma separação do casal ou omissão de paternidade, é ela, em geral, quem assume a família. De modo geral, o pai costuma ser dois a três anos mais velhos que a mãe adolescente. A paternidade precoce se associa com maior frequência ao abandono dos estudos, à sujeição a trabalhos aquém da sua qualificação, a prole mais numerosa e a maior incidência de divórcios.

Há ainda as garotas que acreditam que uma gravidez pode tirá-la da sua condição de pobreza

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