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IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO

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Por:   •  4/9/2013  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  1.357 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O meio ambiente é constantemente modificado para suprir as necessidades do ser humano. Mas muitas vezes, o que parece ser sinônimo de desenvolvimento, pode provocar situações indesejáveis. Este é o caso da impermeabilização do solo através do asfalto ou concreto. Retida na superfície, a água acumula onde não deve, provocando enchentes, desabamentos, e infiltrações que comprometem o espaço urbano. As cidades apresentam um alto índice de impermeabilização do solo, ou seja, a água das chuvas não penetra no solo devido ao asfalto e ao concreto das ruas, o processo de urbanização é natural e inevitável, mas o problema é quando isso ocorre sem estratégias de ordenamento do território, que não levam em consideração os efeitos da perda de solos insubstituíveis, quer ao nível da produção alimentar, quer ao nível da conservação da natureza e controle de cheias. “Abrem avenidas, ruas e estradas sem qualquer preocupação com a arborização. Muitas obras estão sendo feitas, mas não vemos um canteiro central, passeios ou bloquetes que são blocos pré-moldados utilizados na pavimentação e permitem algum escoamento de água para o solo. Com as chuvas abundantes, o solo não consegue absorver tanta quantidade de água num espaço de tempo tão curto, o que vai fazer com que a água escorra pelos solos lavando-os das suas partículas superficiais e provocando a lixiviação dos solos, tornando-os mais estéreis Um exemplo objetivo deste fenômeno é o fato dos solos que foram sujeitos a incêndios e depois submetidos a intensa pluviosidade, apresentarem uma vegetação escassa ou mesmo ausência dela. Este aspecto deve-se ao fato de depois do incêndio o solo ficar exposto e como tal ficar muito vulnerável. As cinzas que o cobrem e o fato de a manta morta e a cobertura vegetal terem sido destruídas contribui de forma decisiva para o efeito demolidor que a pluviosidade tem nestes espaços. Obviamente que se a pluviosidade for abundante pode arrastar uma grande camada superficial que contem as sementes, reduzindo-lhe assim a oportunidade de se refazer. Tanto os incêndios como a desflorestação provocam ausência de vegetação no solo, ficando assim a sua capacidade de estabilização reduzida, pois é com a ajuda destas raízes que se cria um efeito de reforço do solo, principalmente nas zonas de vertente. Nestas zonas a ausência de vegetação é muito grave pois pode provocar movimentos em massa tão violentos, que arrastam tudo o que encontram à sua frente.

2 DESENVOLVIMENTO

Nas últimas décadas, a ocupação dos solos para urbanização e construção de infraestruturas tem aumentado a um ritmo mais de duas vezes superior ao aumento da população, uma tendência que é claramente insustentável a longo prazo. A impermeabilização dos solos quando são cobertos de material impermeável, como o Betão ou o asfalto – é uma das principais causas da sua degradação da camada superficial do solo. A impermeabilização dos solos aumenta o risco de inundações e de escassez de água, contribui para o aquecimento global, coloca em risco a biodiversidade e é motivo de especial preocupação quando afeta terrenos agrícolas férteis. A impermeabilização exerce, pela sua própria natureza, um forte impacto no solo, eliminando grande parte da sua utilidade, o que constitui motivo de grande preocupação, já que a formação do solo é um processo muito lento, sendo necessários séculos para a formação de um só centímetro. A impermeabilização dos solos pode exercer grandes pressões nos recursos hídricos e conduzir a alterações no estado ambiental das bacias hidrográficas, que podem afetar os ecossistemas e os serviços que fornecem relacionados com a água. Um solo plenamente funcional pode armazenar cerca de 3750 toneladas de água por hectare ou quase 400 mm de precipitação. A impermeabilização reduz a quantidade de água da chuva que pode ser absorvida pelo solo e, em casos extremos, pode impedir totalmente a absorção. A infiltração da água da chuva nos solos pode aumentar significativamente o tempo que a água demora a chegar a rios, reduzindo o volume do caudal máximo e, por conseguinte, o risco de inundações. Grande parte da água contida no solo está disponível para as plantas, reduzindo a incidência de secas, evitando assim a necessidade de irrigar e diminuindo os problemas da salinização na agricultura. Além disso, uma maior infiltração de água pode reduzir a dependência de instalações de armazenamento artificial (por exemplo bacias) para recolha nos picos de precipitação. Desta forma, a capacidade do solo (e da vegetação que nele cresce) para conservar a água é aproveitada para armazenar temporariamente água em vez de recolher, canalizar e tratar águas de escoamento. Pelo contrário, nas cidades com um elevado grau de impermeabilização dos solos, o sistema de esgotos pode perder a capacidade de suportar o elevado fluxo de escoamento da água, podendo causar inundações à superfície. As melhores práticas existentes para limitar, atenuar e compensar a impermeabilização dos solos mostram que um correto ordenamento do território é o resultado de uma abordagem integrada, que requer o total empenho de todas as autoridades públicas competentes, em especial a nível da administração (como os municípios, províncias e regiões), que são normalmente responsáveis pela gestão dos terrenos. Um segundo elemento comum é o desenvolvimento de abordagens regionais específicas que tenham em conta os recursos não utilizados a nível local, por exemplo a existência de um número particularmente elevado de edifícios vazios ou antigos terrenos industriais. Por último, foram cuidadosamente analisadas as políticas de financiamento da construção de infraestruturas, conduzindo à redução dos subsídios que possam incentivar a ocupação dos solos e a sua impermeabilização de uma forma não sustentável; por vezes, é também considerada a possibilidade de reduzir o peso das taxas urbanísticas nos orçamentos municipais. As melhores práticas existentes para limitar, atenuar e compensar a impermeabilização dos solos mostram que um correto ordenamento do território é o resultado de uma abordagem competentes, em especial a nível da administração (como os municípios, províncias e regiões), que são normalmente responsáveis pela gestão dos terrenos. A impermeabilização consiste na cobertura do solo pela construção de habitações, estradas pavimentadas e outras ocupações, reduzindo a superfície do solo disponível para realizar as suas funções. As áreas impermeabilizadas podem ter grandes impacte nos solos circundantes por alteração dos padrões de circulação da água e aumento de fragmentação da biodiversidade e seus ecossistemas. A impermeabilização

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