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Introdução Ao Multímetro

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Por:   •  10/3/2015  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  458 Visualizações

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O multímetro é o instrumento mais usado em qualquer oficina de eletrônica. A maioria dos técnicos utiliza esse instrumento com desenvoltura e raramente se dá ao trabalho em pensar que alguns dos testes realizados podem não estar dando informações corretas sobre o estado de um circuito. Existem condições especiais, que o técnico deve conhecer, que devem ser levadas em conta pelo técnico que não deseja ser enganado pelo seu instrumento de maior utilidade. É justamente destas condições que vamos falar neste artigo.

Até que ponto podemos confiar nas indicações dadas pela agulha de um multímetro? Será que a informação dada pelo fabricante de que um multímetro tem tantos por cento de precisão é suficiente para garantir que em qualquer medida teremos sempre esta precisão?

Na prática é preciso tomar muito cuidado com o excesso de confiança neste instrumento.

Não é apenas a qualidade do instrumento que vai determinar a precisão de uma indicação, mas sim o modo que ela é feita e as próprias características do circuito em que ela ocorre.

O técnico pode ser enganado por essas indicações e isso é o que menos se deseja.

Como evitar enganos no uso do multímetro? O que deve ser considerado na realização de medidas com este instrumento em circuitos que tenham características especiais?

Se o leitor usa seu multímetro há pouco tempo ou é um técnico experiente, garantimos que existem algumas coisas que talvez você não saiba mas que são muito importantes no seu trabalho.

A INFLUÊNCIA DO MULTÍMETRO NA MEDIDA

Quando medimos a temperatura da água com um termômetro, precisamos colocar este termômetro em contacto com a água para que ele absorva (ou forneça) calor até que o equilíbrio térmico entre os dois (termômetro e água) se estabeleça. Somente depois disso é que a temperatura pode ser lida.

Ocorre, entretanto, que se o termômetro for "grande" e precisar de muito calor para chegar à mesma temperatura de um recipiente de água (pequeno), conforme mostra a figura 1, alterações importantes no estado das coisas podem acontecer.

Assim, se a temperatura da água estava num certo valor, com a colocação do termômetro, esse termômetro absorvendo calor, faz com que a água esfrie. O resultado é que, no final, quando o equilíbrio se estabelecer o termômetro vai indicar para a água uma temperatura menor do que ela estava originalmente, ou seja, dará uma indicação errada.

Evidentemente, o termômetro para "ser bom" deve ser capaz de absorver o mínimo possível de calor do que está sendo medido para que sua temperatura não seja afetada. Observe que falamos em calor e temperatura como coisas diferentes. O calor é a energia que pode ser trocada entre os corpos e que pode alterar sua temperatura. A temperatura, por outro lado é a medida do grau de agitação de suas moléculas.

Tudo isso ocorre exatamente com o multímetro quando o usamos para medir tensões num circuito.

Os multímetro precisam de uma certa "energia" para que a agulha do instrumento indicador possa ser movimentada e essa energia é justamente extraída do circuito que está sendo medido, conforme mostra a figura 2.

Assim, como no caso de um recipiente pequeno, se o circuito não tiver a capacidade de fornecer muita energia, a introdução do multímetro faz com que a tensão, ou seja, aquilo que vai ser medido, caia e a indicação seja errada.

Vamos tomar um exemplo prático:

No circuito da figura 3 temos um divisor de tensão em que dois resistores de 10 000 ohms são ligados em série a uma fonte de 10 Volts.

Sabemos, por meio de cálculos simples, que a tensão que deve existir no ponto A em relação ao terra deve ser de 5 volts.

Se formos medir esta tensão com um multímetro que tenha uma sensibilidade de 1 000 ohms por volt e seja colocado numa escala de 0-10V teremos uma surpresa na leitura da escala.

De fato, um multímetro de 1 000 ohms por volt na escala de 0-10 volts representa uma resistência de 10 x 1 000 = 10 000 ohms. A introdução desse instrumento no circuito a ser medido, significa a ligação em paralelo com R2 de um resistor de 10 000 ohms, conforme mostra a figura 4.

Dois resistores de 10 000 ohms em paralelo resultam numa resistência equivalente de 5 000 ohms o quer significa que o divisor de tensão original será alterado e passará a ter os valores mostrados na figura 5.

Evidentemente, com 10 volts aplicados a este circuito, não mais teremos 5 volts no ponto A.

Um cálculo simples nos mostra que a nova tensão no ponto A cairá para 3,333 volts e é essa justamente a tensão que vai ser indicada pelo multímetro.

Evidentemente, esperando 5 volts neste local e encontrando apenas 3,333 volts o técnico pode suspeitar que algo está errado com um dos resistores!

Na verdade, o problema está justamente no fato do multímetro "carregar" o circuito alterando a tensão no ponto em que ocorre a medida.

DIMINUINDO A INFLUÊNCIA

O que acontece se em lugar de um multímetro de 1 000 ohms por volt de sensibilidade, usarmos um de 10 000 ohms por volt, ou seja, mais sensível?

Podemos dizer que será o mesmo que usar um termômetro que absorve menos calor da água que está sendo medida, e portanto, "carrega" menos o circuito, introduzindo menor alteração na tensão.

Na escala de 0-10 volts, este multímetro

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