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Perspectiva modernizadora

Por:   •  19/1/2016  •  Resenha  •  3.289 Palavras (14 Páginas)  •  586 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS[pic 1]

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

TRABALHO FINAL

        

ISAMARA ENDREW MARTINEZ DA SILVA

Manaus-Am

2015

ISAMARA ENDREW MARTINEZ DA SILVA, 21454275

3° PERÍODO

TRABALHO FINAL

[pic 2]

Manaus-Am

2015

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo descrever as características principais do que José Paulo Netto denomina de perspectiva modernizadora, estabelecendo relações históricas do Serviço Social com o contexto mundial e nacional, e as relações “internas”, ou seja, as mudanças históricas do Serviço Social.

Neste decorrer o autor fornece o esclarecimento do processo de renovação experimentado pelo Serviço Social no Brasil, entre os anos 60 e 80, focando no contexto das transformações da formação profissional dentro das relações com a burguesia, e buscando desde o princípio fornecer estas mudanças do Serviço Social. Onde o Serviço Social surge com as mazelas próprias à ordem burguesa, com as sequelas necessárias dos processos que comparecem na construção e no envolver do capitalismo. Sendo que a questão social sustenta a base de intervenção do Serviço social, e a profissão ao defender os interesses da classe trabalhadora, ao buscar fundamentação teórica para compreender a realidade contraditória, passou a produzir novos conhecimentos, atendendo as demandas postas pela questão social.

Então, com o movimento de reorganização do capital, em 1970, com sua evidente crise, desencandea uma serie de transformações na sociedade. Veremos a seguir.

Durante os anos 50, sobretudo nos países desenvolvidos cada vez mais prósperos, muita gente sabia que os tempos tinham de fato melhorado, especialmente se suas lembranças alcançavam os anos anteriores à Segunda Guerra Mundial. Contudo, só depois que passou os conturbados anos 70, à espera dos traumáticos 80, os observadores economistas, começaram a perceber que o mundo, em particular o mundo do capitalismo desenvolvido, passara por uma fase excepcional de sua história; essa talvez única.

Entre 1945 e 1973, os países capitalistas tiveram um crescimento econômico muito grande, período em que o historiador Eric Hobsbawm chamou de A Era de Ouro do Capitalismo ou, o mais conhecido como Os Anos Dourados. Período no qual foi marcado principalmente pelo crescimento econômico, seguido de crescimento populacional acelerado, novas tecnologias, aumento de emprego e do consumo, dentre outros. Então, o Serviço Social nas décadas de 50 e 60, emergem as profundas transformações econômicas, políticas e sociais. A Era de Ouro com determinar do tempo, perdeu seu brilho, apesar disso, iniciara, a mais impressionante, rápida e profunda revolução nos assuntos humanos de que a história tem registro.

Em 1945-64 a sociedade brasileira viveu uma época de razoável progresso democrático. Simultaneamente, fortalecia-se o poder da grande burguesia industrial, comercial e bancária, associando interesses do capital imperialista com o capital nacional. Sob vários, aspectos, os avanços do processo democrático brasileiro estão ligados ao populismo. O populismo dominou boa parte da vida política brasileira nesses anos. Enfim, durante a vigência do regime democrático burguês, em 1946-64, propiciam algumas indicações de grande importância, onde primeiro, desenvolveu-se a sociedade civil, em termos de atividade, organizações e produções, propiciando alargamentos da economia política de uma sociedade cada vez mais dinâmica, complexa, diversificada e nacional.

E em segundo, ao mesmo tempo desenvolveu-se a cidadania, como princípio e prática políticos, onde pouco a pouco, as pessoas começavam a sentir-se e definir-se como cidadãos, com voz e voto, com opinião e decisão. Em terceiro, a massa, começou a sentir-se, compreender-se e atuar como classe, o trabalho começou a ver-se com operário, empregado, funcionário, camponês e assim por diante. E por fim, o quarto, que ao mesmo tempo se desenvolviam todos os processos histórico-estruturais, o Estado ia adquirindo uma articulação especial, surpreendente, com a sociedade, as classes, os grupos, o povo, os trabalhos, os cidadãos. Então, à medida que caminhava o processo democrático, avançavam as conquistas, os movimentos populares se desenvolviam e consolidavam, também o Estado ganhava configuração mais democrática; parecia cada vez mais aberto às propostas dos movimentos políticos de base popular.

Na história das classes sociais no Brasil, o Golpe de Estado de 31 de março de 1964 assinala uma ruptura de profundas implicações. A ditadura militar expressa o predomínio da grande burguesia financeira e monopolista no mundo do Estado com as classes subordinadas, as várias categorias de cidadãos e o conjunto da sociedade civil. Nesse sentido é que a contrarrevolução de 64 põe em evidência aspectos notável das relações de classes e do processo político brasileiro. Onde, a ditadura bloqueou as conquistas democráticas, tanto populares como as burguesas. Foi levada a adotar medidas e políticas para acelerar o processo de transformação da sociedade brasileira. Sendo apenas a divisão mais visível de um bloco de poder, a burguesia estrangeira e nacional. A ditadura militar instalada no Brasil faz parte de uma onda fascista internacional, comandada pelos governantes dos Estados Unidos. Essa ditadura é, simultaneamente, expressão das contradições e lutas de classes em âmbito nacional e internacional.

A ditadura garantiu a segurança ou a ordem, a fim de que a grande burguesia pudesse obter todos os principais resultados econômicos do desenvolvimento, do progresso. Sem ser necessariamente a classe governante, mantendo-se como classe dominante, a grande burguesia estrangeira e nacional consegue fazer com que várias classes sociais e vários grupos sociais ou facções de classes componham o bloco de poder da ditadura; e ofereçam quadros para o exercício do governo ditatorial.

Desde que se instalou a ditadura, os governantes e funcionários do Estado sempre disseram, e repetiram, que o planejamento era uma técnica neutra. A ditadura militar dotou o planejamento como técnica e retórica de governo. Tratando-se de fortalecer o aparelho estatal, de modo a favorecer, orientar e dinamizar a acumulação privada do capital. Os planos e programas postos pelos governos militares não se restringiram a questões de política econômica, só transbordaram amplamente os vários campos da economia, como avançando sobre os campos da educação, cultura, meios de comunicação de massas, organização política e muitos outros. Tratava-se de providenciar uma ampla reforma do sistema brasileiro de ensino, de modo a despolitiza-lo e levá-lo a preparar profissionais para os planos e programas de desenvolvimento capitalista que o Governo passou a dinamizar.

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