Segurança Contra Incêndio - Norma De Desempenho Em Edificações NBR 15575

Segurança Contra Incêndio

No que se refere à segurança contra incêndio, a norma visa primeiramente a integridade física das pessoas e posteriormente a própria segurança do patrimônio. Os critérios de desempenho contemplam recursos para dificultar o início de um incêndio e sua propagação, o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) de elementos e componentes da construção, as rotas de fuga, a propagação de fumaça, os equipamentos de extinção e também a facilidade de acesso dos bombeiros para combate a incêndios já deflagrados.

A segurança contra incêndios é baseada e estruturada na fase de projetos, priorizando a instalação de fatores para prevenção e combate de incêndio, escolhendo com atenção os materiais e elementos da construção em vista de suas propriedades de resistência e integridade ao fogo e também de dispositivos de detecção e combate ao fogo.

Em vista aos materiais empregados na construção, são elaborados ensaios de “reação ao fogo” que incluem incombustibilidade, ignitibilidade, densidade ótica de fumaça, entre outros. Por meio destes testes procura-se determinar a facilidade de ignição dos materiais, a velocidade de propagação do fogo, a quantidade e as características do calor e de fumaça gerada que, a partir de certa densidade, dificultará ou obstruirá a visão das pessoas em fuga.

Para fases intensas de incêndio, ganha importância a resistência ao fogo de diferentes elementos na construção, com a finalidade de obter-se um tempo mínimo sem instabilização ou ruína para garantir possibilidade de fuga das pessoas presentes na edificação.

• Necessidade de Dificultar o Princípio do Incêndio

O princípio de incêndio nas habitações deve ser evitado ou dificultado o máximo possível, devendo-se certificar que edifício multifamiliares apresente proteções contra descargas atmosféricas, instalações elétricas seguindo normas (NBR 5410) e legislação vigente e atenção para o projeto de instalações de gás feitas com base na NBR 13523 e NBR 15526.

• Necessidade de Dificultar a Propagação do Incêndio

Para unidades unidas, a propagação do incêndio deve ser evitada ou dificultada ao máximo, devendo-se certificar que a distância entre edifícios atenda à condições de isolamento considerando todas as interferências previstas na legislação vigente, as medidas de proteção, incluindo o uso de portas ou selos corta-fogo. Sistemas de compartimentação que fazem parte dos edifícios habitacionais devem atender à norma NBR 14432 para minimizar a propagação do incêndio.

• Equipamentos de Extinção, sinalização, Iluminação de Emergência e Facilidade de Fuga

O edifício habitacional deve dispor de sinalização, iluminação de emergência e equipamentos de extinção de incêndio conforme as NBR 17240, NBR 10898, NBR 12693, NBR 13434 e NBR 13714. As rotas de saída de emergência do edifício devem atender às exigências descritas na NBR 9077.

• Desempenho Estrutural em Situações de Incêndio

Em uma situação de incêndio é necessário minimizar o risco de colapso estrutural da edificação. Os materiais componentes da estrutura e das compartimentações devem estar de acordo com o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF), conforme a NBR 14432.

O tempo de resistência ao fogo de lajes, paredes, portas corta-fogo e outros elementos que compõem o edifício é normalmente determinado em fornos de ensaios horizontais ou verticais. São considerados os critérios abaixo para classificação da resistência ao fogo de componentes e elementos da construção:

 Estanqueidade: avalia se chamas ou gases gerados pelo incêndio são liberados por fissuras ou aberturas no elemento construtivo, podendo expor pessoas ou objetos que se encontram em face não exposta ao fogo.

 Isolamento térmico: avalia se o calor transmitido por radiação e condução através da superfície do elemento ameaça a segurança de pessoas ou objetos que se encontram em face não exposta ao fogo.

 Estabilidade: avalia se o elemento ou sistema construtivo não perde sua função, ou seja, se não apresenta ruína durante o tempo de ensaio.

Em função desses critérios os elementos construtivos são classificados em:

 Estável ao fogo: atende ao critério de estabilidade

 Pára-chamas: atende ao critério de estabilidade e isolamento térmico

 Corta-fogo: atende aos três critérios citados anteriormente

• Exigências para Dificultar Inflamação Generalizada e Limitar a Fumaça

A inflamação generalizada é determinada pela natureza dos materiais presentes nas superfícies dos elementos da construção, podendo sustentar a combustão e propagar o fogo. Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento acústico empregados nas faces internas do edifício devem ter controladas suas características de reação ao fogo.

As principais características de reação ao fogo são a combustibilidade, propagação superficial e geração de fumaça. Todas essas características são obtidas por meio de ensaios laboratoriais específicos, que permitem o conhecimento