TÍTULO DO PROJETO: COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MODELOS DE BIOSFERA-ATMOSFERA SOBRE OS BIOMAS DE FLORESTA E PASTAGEM.
Casos: TÍTULO DO PROJETO: COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MODELOS DE BIOSFERA-ATMOSFERA SOBRE OS BIOMAS DE FLORESTA E PASTAGEM.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jota_viegas • 1/10/2013 • 1.056 Palavras (5 Páginas) • 759 Visualizações
A Amazônia, assim como as demais áreas continentais nos trópicos, tem um ambiente físico com características
importantes, não apenas no contexto local, mas também devido à sua influência no clima global. Destaca-se
nesse contexto por ser a maior área com floresta tropical contínua no globo e por ser a maior fonte de energia
para a atmosfera de origem continental. Além disso, sua vasta extensão territorial, aliada à alta biodiversidade,
implica em complexos ciclos ecológicos, biogeoquímicos e hidrológicos, que interagem de maneira contínua
e em diferentes escalas, entre si e com a atmosfera. As transferências de energia, água e carbono são de
suma importância na interações entre a biosfera e a atmosfera. A existência das muitas formas de vida e,
particularmente, da vida vegetal, é amplamente dependente de uma troca vigorosa e eficiente de massa e energia
no sistema solo-vegetação-atmosfera.
A composição e estrutura de um ecossistema dependem basicamente da taxa de fixação de carbono e da sua
taxa de mortalidade. A taxa de fixação de carbono em um ecossistema, ou produção primária líquida (NPP, Net
Primary Production), é o fluxo líquido de carbono da atmosfera para as plantas, e é igual à diferença entre a
fotossíntese bruta (GPP, Gross Primary Production) e a respiração autotrófica dos ecossistemas (RA), integrada
ao longo do tempo (NPP = GPP - RA). A NPP também pode ser relacionada à troca líquida do ecossistema (NEE)
e à respiração heterotrófica dos ecossistemas (RH) pela relação NEE = NPP - RH. Entretanto, a NPP é sensível
a vários fatores de controle, incluindo aspectos relacionados ao clima, topografia, solos, planta, características
microbianas, distúrbios, e impactos antropogênicos (Field et al., 1995).
Recentemente, a assimilação do carbono pela biosfera tem sido um tema bastante discutido. Através da
fotossíntese e liberado principalmente pela respiração das plantas e animais, ou permanece na atmosfera,
aumentando a sua concentração, que cresceu de 280 ppmv no período pré-industrial para 360 ppmv na década
de 1990 . Basicamente, argumenta-se que a biomassa da biosfera terrestre tem crescido ao longo das últimas
décadas em função do aumento da eficiência fisiológica dos vegetais, devido ao aumento da concentração
atmosférica de CO2 e também em função do crescimento da vegetação natural de certas regiões devido ao
abandono de terras utilizadas na agricultura (Melillo et al., 1993; Ciais et al., 1995; Schimel, 1995; Houghton et al.,
1999).
Em vista disso, diversos estudos têm sido realizados, para identificar e quantificar os mecanismos que controlam
o complexo sistema de interações bidirecionais entre a superfície vegetada e a atmosfera, em ecossistemas
distintos e os impactos que as ações humanas vêm causando sobre os mesmos. Dentre estes estudos, destaca-
se LBA-DMIP (http://www.climatemodeling.org/lba-dmip/), Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in
Amazônia, Data Model Intercomparison Project, projeto desenvolvido no âmbito Experimento de Grande Escala
da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA). Um esforço que abrange um considerável número de pesquisadores
de diferentes instituições de pesquisa e ensino (nacionais e internacionais), envolvidos em variados projetos de
pesquisa, em 08 sítios de medidas espalhados pela região brasileira , com ênfase especial nos diversos biomas
Brasileiros. O LBA-DMIP mantido, pela NASA - Goddard Space Flight Cente / University of Maryland.
Além do monitoramento da biosfera, também é importante ter capacidade preditiva do seu estado futuro, onde a
vegetação é o espelho do clima, com o qual interage de maneira bi-direcional (Foley et al., 2000).Neste contexto,
o presente trabalho consiste em avaliar a representatividade de um conjunto de parâmetros biofísicos, obtidos
por calibração dos modelos ACASA (Advanced Canopy-Atmosphere-Soil Algorithim) e IBIS-INLAND, contra
dados na simulação dos fluxos de superfície observados em sítios micrometeorológicos nos biomas de Floresta
e Pastagem. Esta análise permite discutir se os parâmetros biofísicos da vegetação são significativamente
determinantes para os fluxos de energia, agua e de CO2. O modelo ACASA foi desenvolvido na UCD (University
of California, Davis), é um dos mais sofisticados modelos de superfície, para simulação de fluxos turbulentos.
O modelo IBIS-INLAND (Integrated BiosphereSimulator), base do código base do modelo de biosfera brasileiro,
compõe uma nova geração de modelos de biosfera global, sendo denominado
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