Antiestreptolisina
Por: Nayara Christini • 4/1/2016 • Trabalho acadêmico • 1.363 Palavras (6 Páginas) • 618 Visualizações
Imunologia
“Antiestreptolisina O”
A estreptolisina O é uma substância hemolítica produzida por quase todas as cepas de Streptococcus do grupo A e algumas cepas do grupo C e do grupo G de Lancefield. Essa hemolisina é uma proteína específica que possui a atividade lítica sobre hemáceas, plaquetas e leucócitos, no caso das hemáceas ocorre à liberação de hemoglobina. Grande parte dos pacientes com infecções Estreptocócicas do grupo A, desenvolvem anticorpos específicos contra a estreptolisina O, visto que, essa proteína é altamente imunogênica ao contrário da estreptolisina S.
A dosagem da antiestreptolisina O é usada para evidenciar infecções antecedentes por Streptococcus do grupo A em pacientes com suspeita de Febre Reumática ou Glomerulonefrite Aguda. Os níveis deste anticorpo variam seguindo a evolução da doença, por isso a quantificação deles é importante tanto para avaliar a terapia como para detectar precocemente essas possíveis complicações. No caso de infecções agudas, como por exemplo, a faringite aguda, não é usual realizar o teste da antiestreptolisina O, geralmente é realizado a cultura. Entretanto, quando o paciente já fez uso de antibióticos e a cultura apresenta resultados negativos, é indicada a realização deste teste.
Este teste fundamenta-se na aglutinação de partículas de látex sensibilizadas com estreptolisina O por anticorpos antiestreptolisina O presente no soro. Quando o soro dos pacientes que não possuem este anticorpo é misturado à suspensão de látex-AEO, não ocorre à formação de complexos antígeno-anticorpo para serem detectados no teste, desta maneira não há formação de grumos visíveis e conseqüentemente o resultado é negativo. Porém, quando os soros dos pacientes que contêm os anticorpos antiestreptolisina O são misturados a suspensão de látex-AEO ocorre formação de grande quantidade de complexo antígeno-anticorpo, que podem ser visualizados pela presença de grumos, indicando resultado positivo.
Para realizar o teste é necessário misturar em um círculo negro da lâmina 20 uL da amostra de soro e uma gota da suspensão de látex-AEO, anteriormente homogeneizada. Se ocorrer a formação de grumos visíveis o resultado é positivo e se não ocorrer a formação de grumos visíveis o resultado é negativo. Os soros que apresentam resultado positivo são diluídos com solução salina (1/2; 1/4; 1/8; 1/16), essas respectivas diluições são colocadas em diferentes círculos negros da lâmina e posteriormente 20 uL da suspensão de látex-AEO é misturado ás amostras. Observa-se, então, o inverso da maior diluição do soro que apresenta resultado positivo, posteriormente este número deve ser multiplicado a sensibilidade do teste 200 UI/mL para se estimar a concentração do anticorpo em UI/mL.
Diagnóstico precoce da gravidez em lâmina
Para realizar o diagnóstico precoce da gravidez é necessário pesquisar a presença de hormônios pré-hipofisários e ovarianos, que apresentam concentrações mínimas fora da gravidez e no período da gravidez atingem elevados níveis na corrente sanguínea e na urina. A concentração desses hormônios nessas amostras biológicas pode ser detectada a partir dos métodos laboratoriais.
Dentre todos os hormônios que são secretados durante o período da gravidez, o hormônio gonadotropina coriônica humana (HCG) constitui a base para o diagnóstico precoce da gravidez. O HCG é uma glicoproteína que possui duas subunidades distintas a α e a β. A fração β é responsável pela atividade biológica do HCG, que é o auxílio na manutenção do corpo lúteo além do seu tempo de vida e a proteção do corpo lúteo contra a luteólise. A fração α possui homologia com a cadeia α de diversos outros hormônios, por isso ocorre alta taxa de reações cruzadas em exames. Assim, para o diagnóstico precoce da gravidez utiliza-se a fração β do hormônio HCG.
O teste de gravidez é indicado em:
- Qualquer situação de possível gravidez: falta de menstruação.
- Secreção vaginal anormal ou galactorreia.
- Antes da prescrição de pílulas para o controle da natalidade.
- Antes da administração de esteróides ou antibióticos.
- Antes de ensaios de raios-X, quimioterapia ou radioterapia.
- Condições patológicas: tumores cells ovarianas, tumores testiculares, etc.
Este teste baseia-se na aglutinação reversa, onde as partículas de látex são sensibilizadas com anticorpos (monoclonais) específicos contra a fração β do hormônio gonadotropina coriônica humana (HCG). Assim, quando a urina de mulheres não grávidas é misturada a suspensão de látex-antiβHCG ocorre a formação de poucos complexos antígeno-anticorpo que não podem ser detectados no teste, indicando resultado negativo. Enquanto que, quando a urina de mulheres grávidas é misturada a essa suspensão os anticorpos adsorvidos na partícula de látex se ligam a fração β do HCG e conseqüentemente há formação de grumos visíveis, devido à presença de altas concentrações do hormônio HCG, evidenciando resultado positivo.
A amostra utilizada é a urina, preferencialmente a primeira urina da manhã que possui maior concentração de HCG. A amostra deve ser filtrada ou centrifugada e pode ser armazenada durante três dias na temperatura de 2 a 8°C. Para realizar este teste mistura-se 50 uL da amostra com uma gota da suspensão de látex-antiβHCG, o mesmo processo deve ser realizado com o controle positivo e negativo. Somente se ambos os controles apresentarem seus respectivos resultados corretamente que o teste é válido. Quando não há formação de grumos visíveis o teste é considerado negativo, porém quando há formação de grumos visíveis o teste é dito como positivo. Se ainda houver dúvida sobre o resultado do teste é necessário repetir o exame 5 dias depois, para que a concentração do hormônio aumente é importante relembrar que a sensibilidade do teste é 0,25 UI/mL.
...