Combustiveis fosseis
Por: steve73392 • 20/10/2015 • Trabalho acadêmico • 5.044 Palavras (21 Páginas) • 471 Visualizações
Introdução
Antes de iniciar a fundamentação teórica que lhe está subjacente e de definir os seus objetivos, é conveniente explicitar o contexto que pretextou a realização deste trabalho.
De acordo com o programa curricular previsto para a disciplina de Biologia do 12º ano, incidente no tema II – “Alimentação, ambiente e sustentabilidade” – em particular no subtema “Produção de alimentos e sustentabilidade”, estamos a realizar este trabalho de forma a podermos esclarecer de que modo o homem intervém na biosfera e as práticas que este utiliza para aumentar a tão necessária produção de alimentos.
Nos dias de hoje deparamo-nos com um aumento crescente da população, do qual advém a grande necessidade do aumento de produtividade. Surge assim a biotecnologia, instrumento de fulcral importância no combate à fome, visto que contribui para o aumento de produtividade na produção de alimentos e para o uso sustentável dos recursos agrícolas e pecuários.
Assim a realização deste trabalho, apresenta como intuito a discussão de dados acerca da intervenção do homem nos ecossistemas para aumentar as reservas alimentares, a interpretação de técnicas de cultura de tecidos vegetais e as suas potencialidades, a análise de métodos de clonagem aplicados à agricultura e criação de animais, a identificação da problemática do uso de biocidas e de métodos alternativos no controlo de pragas e o desenvolvimento de um posicionamento crítico e fundamentado relativamente à utilização de diferentes biotecnologias na produção de alimentos, nomeadamente os organismos geneticamente modificados.
Num sentido restrito, a biotecnologia refere-se somente a técnicas genéticas e à biologia molecular. Mas, amplamente falando, abrange um diverso conjunto de técnicas utilizadas tanto na agricultura como na indústria alimentar, como é exemplo a seleção de sementes ou a inseminação artificial e enxertia de plantas.
Dentro dos vários procedimentos e práticas da biotecnologia, não tem sido gerada muita controvérsia, embora atualmente os tão falados OGM, organismos geneticamente modificados, suscitem bastante polémica entre toda a comunidade científica e sociedade civil. A verdade é que este assunto é da mais primordial importância, necessitando de ser abordado com responsabilidade e frontalidade, pois nos dias de hoje encontramo-nos perante uma crise alimentar e uma necessidade eminente de a combater. Atualmente estamos perante milhões de crianças com deficiências alimentares, que morrem como consequência de uma má nutrição, e milhões de pessoas que sofrem de falta de vitaminas e minerais.
O já referido aumento demográfico, implica complicar o problema segundo o qual o mundo se depara: a falta de alimento. Como é de esperar, com a explosão demográfica, dá-se uma necessidade crescente de busca de alimentos. Para satisfazer esta precisão, a maior parte da produção alimentar advirá do aumento da produtividade e da expansão das áreas cultiváveis.
Então, tanto as tecnologias agrícolas como a biotecnologia constituem um papel fundamental na resolução deste problema. Sabe-se que muitos campos da biotecnologia ainda não foram totalmente explorados, campos estes com elevado potencial. Temos como exemplo a cultura de tecidos e outras técnicas de melhoria genéticas mais simples, que abordaremos mais a pormenor no desenvolvimento do nosso trabalho.
Como já foi referido acima, o tema dos OGM é merecedor de algumas considerações. Primeiro porque pode culminar numa maior produtividade alimentar, depois porque desempenha um papel importante na resolução de problemas no ramo da agricultura e, finalmente, porque levanta diversas questões éticas e religiosas junto da sociedade. Embora a engenharia genética apresente aspetos positivos como a fortificação de alimentos com micronutrientes essenciais ou o desenvolvimento de culturas mais resistentes a climas extremos, o amplo potencial desta pode originar consequências negativas a nível da saúde dos seres vivos ou mesmo a nível ambiental, contribuindo para o desequilíbrio dos ecossistemas.
Assim, é necessário ter em conta não só as possibilidades que a biotecnologia nos oferece mas também os possíveis riscos que daí podem advir. Relativamente aos OGM, é de extrema importância a criação de mecanismos de identificação de potenciais riscos e formas de os evitar e a adoção de códigos de conduta em termos éticos, humanos, ambientais, etc. No desenvolvimento do nosso trabalho, apresentaremos os prós os contras deste tão polémico tema, bem como uma opinião pessoal acerca do assunto.
Uma vez que temas como este geram muita contestação, há que desenvolver e explorar as tecnologias mais simples mas também eficazes, para além disso, é fulcral garantir a disseminação destas junto dos povos mais carenciados.
Então, a biotecnologia é vista como uma solução no combate à fome e, de igual forma, contribui para a resolução de problemas como a perda de biodiversidade, a proliferação de pragas e doenças, a degradação dos solos, a perda de competitividade da agricultura familiar, a deterioração de condições sociais e económicas no campo, etc. Ao longo do desenvolvimento iremos agora abordar então estes temas.
A biosfera
A Terra é um planeta repleto de vida onde é possível encontrar diversas formas de vida. O conjunto de todos os ecossistemas da Terra é designado por Biosfera, subsistema terrestre que inclui todos os organismos existentes e as suas inter-relações, bem como os ambientes em que se desenvolvem. Em relação às dimensões do globo, a biosfera constitui uma fina película, englobando mares, lagos, águas correntes, solo e atmosfera até uma certa altitude.
A diversidade de elementos e de interações na biosfera possibilita as transformações de energia e a circulação de materiais entre o meio biótico e abiótico que garante aos organismos a manutenção das suas funções vitais e um equilíbrio dinâmico.
Sendo a biodiversidade o que garante o equilíbrio dos ecossistemas, todos os danos que esta sofre não afetam somente as espécies que habitam em determinado local, mas todas as outras e o próprio ambiente uma vez que influencia a fina rede de relações entre as espécies e a que estas desenvolvem com o meio em que vivem. A biosfera constitui assim uma riqueza, um património que é necessário preservar e gerir da melhor forma.
Com o crescimento da população humana procedeu-se a um aumento da exploração dos recursos da biosfera e, consequentemente, à introdução de desequilíbrios. Para fazer face à procura crescente de recursos alimentares, o Homem desenvolveu
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