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Comportamento das Aranhas Caranguejeiras

Por:   •  13/12/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.657 Palavras (11 Páginas)  •  534 Visualizações

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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE AIMORÉS[pic 1][pic 2]

MANTIDA PELA FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

BRENDA LOPES

KAROLLYNE NUNES

GIOVANNA ROSA LOPES

NOÁDIA APRÍGIO DIAS

PEDRO JOSÉ RIBEIRO

OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE UMA ARANHA ACANTHOSCURRIA ATROX

AIMORÉS

2015

 BRENDA LOPES[pic 3]

KAROLLYNE NUNES

GIOVANNA ROSA LOPES

NOÁDIA APRÍGIO DIAS

PEDRO JOSÉ RIBEIRO

OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE UMA ARANHA ACANTHOSCURRIA ATROX

Artigo Científico apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Presidente Antônio Carlos, 3º período, sob orientação do professor Carlos Vinícius Ernandes Patrício.

AIMORÉS

2015

OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE UMA ARANHA ACANTHOSCURRIA ATROX

Brenda Lopes[1], Karollyne Nunes*, Giovanna Rosa Lopes*, Noádia Aprígio Dias*, Pedro José Ribeiro*, Carlos Vinícius Ernandes Patrício[2]**

Resumo

A classe Arachnida apresenta atualmente 11 ordens e, embora esta classe apresente entre 80.000 e 93.000 espécies no mundo e ampla diversidade neotropical, com uma estimativa de 5.600 a 6.500 espécies, muito pouco ainda se sabe sobre essas ordens. É válido ressaltar que dentre tantas espécies encontra-se a Aranha Caranguejeira que será o objeto de estudo do presente artigo, o qual objetiva caracterizar a referida espécie, analisando de forma esplanada detalhes imprescindíveis para a compreensão do comportamento desta, tais como alimentação, habitat, reprodução dentre outros. Para tanto foi adotada como metodologia a pesquisa bibliográfica documental a partir da qual foi possível compreender e identificar o habitat do referido espécime, bem como o comportamento natural desta, além de identificar dados importantes sobre alimentação e reprodução da mesma. Além da pesquisa bibliográfica foi realizada uma análise comportamental de uma aranha caranguejeira mantida em aquário no período de 11/05 a 25/05 do ano corrente. A aranha ficou reclusa no referido aquário por 4 semanas, período este que demonstrou como é processo de alimentação desde a captura da presa até o retorno para a caça novamente. A partir dos preceitos, procedimentos e embasamentos apresentados no artigo percebeu-se que a aranha caranguejeira retira água de suas presas, não havendo assim necessidade de haver água em fonte diferenciada, observou-se, ainda, que uma vez alimentada a aranha se recolhe na toca até o próximo momento de alimentação.

Palavras-chave: Aranha caranguejeira. Alimentação. Comportamento.

1 Introdução

Segundo Souza, Silva e Santos[3]1 os aracnídeos são invertebrados que possuem grande abundância e representatividade em todo o mundo, sendo, em sua maioria, sensíveis a fatores físicos, tais como temperaturas, umidade, vento e intensidade luminosa, além de fatores biológicos, tais como, estrutura da vegetação e disponivilidade de alimento.

A família Theraphosidae compreende 112 gêneros e 906 espécies de aranhas (PLATNICK apud. RODRIGUES, 2009), distribuídas por toda região tropical e muitas áreas subtropicais em todos os continentes e inclui muitas das maiores espécies de aranhas do mundo (COSTA & PÉREZ-MILES apud. RODRIGUES, 2009).

Segundo Rodrigues acredita-se que no Brasil existam, aproximadamente, 170 espécies de Theraphosidae, sendo que cerca de 30 são encontradas no Cerrado brasileiro.

Já para Silva et. al.[4]2 as caranguejeiras são espécies predominantemente tropicais e subtropicais, mas algumas ocorrem em climas temperados. Existem espécies que medem poucos centímetros, até outras grandes, com até 26 cm. As espécies maiores são peludas, e quase sempre não agressivas, dificilmente picando. Os autores esclarecem que apesar de muitas apresentarem quelíceras de porte avantajado, podendo picar e introduzir os ferrões a certa profundidade, poucos são os relatos de acidentes e nenhum com consequências graves. Quando estas aranhas sentem-se ameaçadas, usam as pernas traseiras, que têm espinhos fortes, raspando o abdome, que solta pelos. Estes apresentam pequenas cerdas que causam irritação quando penetram na pele e mucosas atingidas.

Quando picam, e só o fazem em situações excepcionais, provocam dor e reação inflamatória local, não existindo casos conhecidos de morte provocada por acidentes. Apenas as caranguejeiras do gênero Atrax, que não ocorrem no Brasil, causam acidentes de importância médica (SILVA et. al. 2005).

Moraes[5]3 pondera que apesar de seu aspecto aterrorizante e de seu porte avantajado, as caranguejeiras brasileiras possuem um veneno pouco ativo no homem, exceção feita à Trechona, que experimentalmente mostrou um veneno de ação neurotóxica. Portanto, em caso de picada por uma caranguejeira que não seja a Trechona, o tratamento com soro não é necessário.

Segundo estudos realizados por Rodrigues[6]4 A aranha Acanthoscurria atrox é uma aranha migalomorfa encontrada em quase todo o Brasil central, sendo relativamente abundante e de fácil identificação. As fêmeas apresentam maiores comprimentos de carapaças que os machos, assim como pelipaldos maiores. De acordo com autora os machos apresentam maiores comprimentos de pernas, o que facilita na procura de fêmeas e no escape de movimentos agressivos da mesma.

A autora supracitada pondera que o comportamento reprodutivo dessa espécie segue um mesmo padrão, sendo os machos passíveis de estímulos comportamentais somente pelo contato com a teia da fêmea e, quando os dois se encontram, o macho apresenta vibrações corporais e tamborilamento palpal. A fêmea também apresenta vibração corporal, batendo suas pernas dianteiras contra o substrato.

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