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INCLUSÃO DIGITAL: UM OLHAR SOBRE A EXPERIÊNCIA DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Por:   •  23/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.197 Palavras (13 Páginas)  •  335 Visualizações

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INCLUSÃO DIGITAL: UM OLHAR SOBRE A EXPERIÊNCIA DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DO POLO UAB/UEMANET DE COELHO NETO-MA

Gildete da Conceição Silva[1]

RESUMO

O presente trabalho pretende analisar a inclusão digital em um Laboratório de Informática localizado no município de Coelho Neto - MA, sob os auspícios do Polo UAB. A pesquisa está classificada como um estudo bibliográfico e de caso e procurou analisar os aspectos da inclusão digital através dos usuários (alunos) do referido laboratório. O objetivo do artigo é investigar o tipo de inclusão digital proporcionada por esse laboratório, sob a perspectiva da literatura vigente. A partir das definições de inclusão digital feitas por Lemos e Costa (2005), Sorj (2003), Iikuza (2003), Filho (2003), procurou-se verificar a categoria de inclusão digital implementada no ambiente do Laboratório de Informática do Polo UAB/UEMANET de Coelho Neto-MA

Palavras chaves: inclusão digital, exclusão digital, laboratório de informática,

 

1. INTRODUÇÃO

As grandes transformações que vêm ocorrendo em consequência do processo de globalização, e inovações das tecnologias de comunicação, estão dando novos significados à percepção e ao comportamento humano bem como, modificando os padrões culturais. As tecnologias de informação e comunicação - TIC encontram-se inseridas no cotidiano de quase todas as pessoas. O tema inclusão digital aparece como assunto na agenda pública, tanto no que tange ao plano político e econômico, como no social.

Desde os anos 90 a informática vem adquirindo uma importância cada vez maior no campo da educação. Em consequência  do avanço tecnológico  e o advento da chamada “sociedade de informação”, instituições de ensino procuram adequar seu modo de funcionamento para integrar essa tecnologia, refletindo no comportamento da sociedade. As pessoas precisam estar atentas em adquirir novos conhecimentos e desenvolver habilidade a fim de atender a essa nova demanda. E para que isso ocorra é preciso pensar em uma instituição educacional que forme cidadãos capazes de lidar com os avanços tecnológicos, em especial com a Internet.

A partir das definições de inclusão digital feitas por Lemos e Costa (2005), Sorj (2003), Iikuza (2003), Filho (2003), procurou-se verificar a categoria de inclusão digital implementada no ambiente de uma universidade, mais especificamente no Laboratório de Informática do Polo UAB/UEMANET de Coelho Neto - MA  levando em consideração aspectos ligados ao acesso e perfil do usuário(alunos). Para tal achou-se coerente usar como norteadora da pesquisa responder a seguinte pergunta: Como pode ser percebida a inclusão digital proporcionada por um laboratório de informática nos domínios de um polo de apoio presencial?

A fim de se obter uma visão geral sobre o perfil dos usuários (alunos) do laboratório estudado e a identificação das variáveis inerentes à inclusão digital, procurou-se seguir a fase de pesquisa de referência bibliográfica e posterior estudo de caso com entrevistas para em seguida, gerar a pergunta de partida que foi o fio condutor de todo o estudo.

Este artigo está estruturado em introdução, desenvolvimento com síntese da pesquisa bibliográfica e coleta de dados, considerações finais e referências..

Diante do exposto no decorrer do trabalho, a quinta seção apresenta as considerações finais, analisando as constatações feitas na pesquisa – em convergência com o que se compreende por inclusão digital.

2. SÍNTESE DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA REALIZADA SOBRE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DIGITAL: OS TRÊS PILARES DA INCLUSÃO DIGITAL

 Apresentaremos agora o resultado da pesquisa bibliográfica acerca do tema: “Inclusão e Exclusão Digital”, tomando como texto principal “Os três pilares da inclusão digital” do autor Antônio Mendes da Silva Filho, publicado na Revista Espaço Acadêmico (2003), além de diversas referências bibliográficas que buscamos pesquisar na qual discutem o tema em foco.

Constatamos nas leituras que a inclusão digital se relaciona intimamente com as interações feitas pelo indivíduo com o ambiente digital. Por isso, entender quais os fatores ligados ao modo como o indivíduo lida com a tecnologia e porque este indivíduo adota uma determinada tecnologia torna-se imprescindíveis para melhorar a compreensão do fenômeno e para que sejam criadas estratégias de inclusão digital.

Nosso principal interesse no decorrer da pesquisa foi o de discutir como se dão as relações entre o indivíduo e a tecnologia, e como essas relações podem se tornar um direcionador do uso de tecnologia numa determinada sociedade. Na bibliografia revisada, quando restringimos a busca à literatura sobre inclusão/exclusão digital, observamos que poucos autores citam outra interação que não o acesso à internet via microcomputador. Entendemos que toda interação em um ambiente digital poderia ser investigada através de um modelo, pois nossa compreensão de inclusão digital se estende além do uso da internet via computador pessoal. A adoção de qualquer uso de TIC para gerar informações úteis ao indivíduo deveria ser, em nossa opinião, entendida como parte da inclusão digital.

Focamos nosso esforço, nesse sentido, em determinar quais são essas relações, para tanto encontramos que nas seguintes observações, que existem basicamente três variáveis que são importantes para se entender como e quando o indivíduo estar inserido no grupo dos que fazem parte da inclusão digital 1) é necessário que se tenha acesso às redes digitais de comunicação e informação 2) que tenha condições financeiras suficientes para possuir computadores,  ou atitude de utilizar os tele centros, e lan houses 3) e também que faça parte de um processo educacional que seja desempenhado de modo onde os seus envolvidos possam estar sendo preparados para atender as novas exigências do mercado atual.

Pois com o avanço das tecnologias, é importante que haja uma nova forma de pensar no modo de incluir a sociedade neste mundo de transformações e avanços tecnológicos.

Iikuza (2003) faz uma boa revisão bibliográfica do tema inclusão/exclusão digital, de acordo com esse autor:

“o conceito de inclusão ainda não está bem consolidado e permite múltiplas interpretações, o que, provavelmente, se liga à sua novidade, já que a busca de sua compreensão começa com a introdução e difusão da informática e, em especial, da internet, a partir de 1980, na sociedade.” (Iikuza, 2003, p. 36).

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