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OS OSTREICULTURA E MITILICULTURA

Por:   •  1/8/2017  •  Artigo  •  767 Palavras (4 Páginas)  •  314 Visualizações

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G.5 – Ciências sociais e educação ambiental

OSTREICULTURA E MITILICULTURA: percepção de pescadores de Guimarães quanto sua implantação

Floriana Almeida AGUIAR1; Laura Letícia NETO1; Elinelma Ribeiro MONTEIRO1 Jonas Silva DIAS1; Roberto Santos RAMOS2.

1 -Curso de Licenciatura em Ciências Naturais/Biologia da Universidade Federal do Maranhão- UFMA, Campus V; floriana.almeida@gmail.com

2- Professor Assistente do curso de Licenciatura em Ciências Naturais/Biologia da Universidade Federal do Maranhão-UFMA-Campus V.

INTRODUÇÃO

        A pesca artesanal é uma atividade econômica que define interações ictiológicas importantes e forma um sistema complexo de conhecimento tradicional, o qual vem sendo repassado ao longo das gerações, principalmente pela oralidade (RAMOS, 2013). No Brasil, a pesca artesanal efetuada por comunidades costeiras e ribeirinhas é de grande importância como fonte de alimento e renda (BEGOSSI, 2004). O presente trabalho, realizado em abril de 2016 em Guimarães, localizado na mesorregião Norte Maranhense e microrregião do Litoral Ocidental maranhense, trata-se da percepção dos pescadores quanto à implantação do cultivo da Crassostrea rhizophorae e Mytella falcata como alternativa à pesca artesanal visando manter os estoques naturais. Objetivou-se gerar informações, identificar as causas do esgotamento dos bancos de sururu e a possível implantação da ostreicultura em Guimarães, como incremento da economia local e diminuir a pressão aos estoques pesqueiros.

MATERIAIS E MÉTODOS

        Realizou-se um acompanhamento de desembarque em dois pontos: no Porto de Guarapiranga e no Porto Grande, onde a produção pesqueira é mais expressiva tendo como instrumentos de pesquisa o levantamento histórico da atividade na região através de bibliografias e aplicação de questionários semiestruturados aos pescadores da região. A coleta de dados restringiu-se ao preenchimento de fichas que continham as seguintes informações: idade, grau de escolaridade, beneficiado ou não por programa de assistência social, tempo de pesca, apetrecho e o peixe que mais pesca, período do ano de atividade pesqueira maior, escassez do sururu e sobre a percepção dos mesmos sobre a Ostreicultura e Mitilicultura, bem como o nível de aceitação a respeito dessas culturas e por fim, foi feito o tratamento e análise dos dados obtidos, bem como a construção de gráficos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

        Dentre os pescadores entrevistados 48 eram homens e 2 eram mulheres, numa faixa etária de 22 a 76 anos, essa amplitude na faixa etária de pescadores demonstra que a atividade é exercida por diferentes gerações, o que sugere que o conhecimento empírico é repassado para as gerações futuras por meio da oralidade e da experiência. Quanto à escolaridade observamos que 54% dos entrevistados apresentam o ensino fundamental incompleto, 14% apresenta o ensino fundamental completo, 12% ensino médio completo, 10% ensino médio incompleto e 10% sem escolaridade (FIGURA 1). Observou-se por meio dos resultados preliminares que que 72% dos entrevistados afirmaram que existe a possibilidade da implantação do cultivo de ostras na cidade de Guimarães, 22% disseram que não é viável e 6% se mostraram indecisos devido à falta de incentivo financeiro por parte do governo e por não terem domínio sobre a ostreicultura, apesar de 82% dos pescadores entrevistados terem conhecimento sobre tal atividade pesqueira (Figura 2). Assim, torna-se perceptível a necessidade do pescador vimarense em inovar nas formas de empreendimento relacionadas a área pesqueira e de extrativismo, haja vista que os pescadores fazem uso da pesca para sua subsistência e comercialização.              

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