A Arranha Marron

LOXOSCELES (Aranha-Marrom) INTRODUÇÃO




Loxosceles é um gênero de aracnídeos venenosos pertencentes à família Sicariidae, conhecidos pela sua picada necrosante. Os membros destes gêneros são comumente chamados de aranhas-marrom (Brasil) ou aranhas-violino (Portugal). CARACTERISTICAS A aranha-marrom possui comprimento aproximado de 4 cm, seu corpo tem coloração arenosa ou amarronzada com uma marca levemente escurecida em seu centro ou cefalotórax. A forma de violino não é claramente definida e ela nem sempre se assemelha ao instrumento musical. Outros tipos de aranhas possuem formas similares em seus corpos, então isso não é o suficiente para identificar uma aranha marrom. Suas patas são de coloração marrom-clara e completamente uniforme, sem marcas adicionais. Possuem seis olhos, diferente das outras espécies de aranhas que possuem oito olhos. Se encontram em pares: um par no centro, os outros pares no lado direito e esquerdo. Pelo fato de os olhos serem muito pequenos, não são visíveis a olho nu, possui muitos pelos finos em seu corpo, fato que também a diferencia das outras espécies, que possuem espinhos no corpo ou nas pernas.

HABITAT As teias são pequenas e irregulares, apenas forrando quase invisivelmente o chão e arredores de seu esconderijo, servindo como cordões de alarme. A aranhamarrom é pouco agressiva, possui hábitos noturnos, tendo alta atividade no verão. Os acidentes provocado por aranha marrom foram descritos em várias partes do mundo, não só no Brasil, onde correspondem à forma mais grave de araneísmo. Existem 134 espécies do gênero Loxosceles catalogada no mundo, no Brasil as últimas foram encontradas em 2012, o estudo dessas novas espécies teve duração de seis anos, a publicação dos resultados, ocorreu em dezembro de 2018, foram denominadas por: • Loxosceles cardosoi em homenagem ao ex-diretor do Hospital Vital Brasil (HVB), Dr. João Luiz Costa Cardoso, que publicou diversos trabalhos sobre tratamento de acidentados por animais peçonhentos. • Loxosceles ericsoni homenageia o espeleólogo Ericson Cernawsky Igual, do Grupo Pierre Martin de Espeleologia, pela sua contribuição ao estudo espeleológico no Brasil. • Loxosceles karstica tem esse nome devido ao ambiente cárstico, que são regiões onde as características geológicas permitem o surgimento de cavernas. O nome foi dado pela presença de exemplares dessa espécie nesses ambientes. • Loxosceles carinhanha recebeu este nome devido a cidade onde foi encontrada a espécie, o município de Carinhanha, no estado da Bahia. No brasil existem 18 espécies catalogadas: Loxosceles adelaida, Loxosceles amazonica, Loxosceles anomala, Loxosceles troglobia, Loxosceles gaucho, Loxosceles cardosoi, Loxosceles carinhanha, Loxosceles chapadensi, Loxosceles ericsoni, Loxosceles hirsuta, Loxosceles immodesta, Loxosceles intermedia, Loxosceles karstica, Loxosceles muriciensis, Loxosceles laeta, Loxosceles puortoi, Loxosceles similis, Loxosceles willianilsoni. Na região de curitiba encontram-se: Loxosceles gaucho, Loxosceles intermedia, Loxosceles hirsuta e Loxosceles laeta. As aranhas-marrom, gostam de lugares escuros, quentes e secos. No ambiente externo, vivem debaixo de cascas de árvores, em folhas secas, em buracos, em telhas e tijolos empilhados, muros velhos, paredes de galinheiro, pilhas de madeira e outros. Em ambiente interno costumam ficar atrás de quadros, armários, entre livros, caixas de papelão, calçados, cômodas, banheiros e em camas não usadas. Buscam lugares reclusos, aonde não sejam incomodados por algum tempo. As teias dessa espécie são mais frouxas, grudentas e cinzentas.

Alimentam-se de pequenos animais como o tatuzinho de jardim e outros insetos, como formigas, pulgas, traças e cupins.

IDENTIFICAÇÃO DA PICADA DA ARANHA-MARROM A picada da aranha-marrom nem sempre é percebida, pois geralmente não causa dor. Isso significa que a vítima muitas das vezes não tem noção do que houve até 8 horas após o episódio, quando a área ficará vermelha, sensível e inchada. Pode surgir uma bolha azul com bordas irregulares no local da picada, cercada por vermelhidão. Esta bolha pode estourar, gerando uma úlcera, que se estenderá para partes mais profundas da pele e camadas subjacentes. Pode ocorrer urticária ao redor do local da picada, prurido, a urina pode ficar escura, febre, calafrios, náusea, vômitos, ataques epiléticos, dor nas articulações.

Lesão inicial com poucas horas de evolução

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Abrigo em ambiente externo

Abrigo em ambiente interno

Lesão com tecido necrosado na segunda semana

Lesão na quarta semana

Lesão com um mês e seis dias.

Membro superior direito edemaciado 24 horas após o ataque.

QUADRO CLÍNICO

O quadro clínico se apresenta sob duas formas: Forma Cutânea: 87 a 98% dos casos. Instalação lenta e progressiva. Sintomas: dor, edema endurado e eritema no local da picada, pouco valorizados pelo paciente. Acentuam-se nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente, podendo ser: • Lesão incaracterística: bolha de conteúdo seroso, edema, calor