METFORMINA
Por: Douglas04 • 30/10/2015 • Trabalho acadêmico • 951 Palavras (4 Páginas) • 723 Visualizações
“METFORMINA”
2. Introdução
A metformina foi introduzida em 1957 e comercializada em 1979, é uma das drogas de via oral mais utilizada no mundo, e deve sempre manter essa posição apesar de inúmeros antibióticos orais que vem sendo introduzido nos mercados (BAILEY; DAY, 1989).
A metformina é o representante das biguanidas disponível atualmente, pois é um insulino-sensibilizador que é utilizado para tratamento de diabetes mellitus tipo 2 e também dos ovários policístico. Pois é uma droga com grandes propriedades de anti-hiperglicemiantes e é usado para normalizar os níveis elevados de glicose no sangue, aumentando assim a sensibilidade à insulina no músculo esquelético, tecido adiposo e, em especial, no fígado, reduzindo a gliconeogênese hepática e aumentando a capacitação periférica de glicose (BRANCHTEIN; MATOS, 2004).
A metformina tem capacidade de condicionar um aumento dos níveis séricos de lactatos nos doentes diabéticos. Acontece com um evento agudo que predispõe ao desenvolvimento de acidose láctica. E esse mecanismo não se encontra completamente elucidado, mas parece ocorrer em contexto de intercorrências elevadas prejudicando a capacidade de eliminação do lactato, e aumentando os níveis plasmáticos de lactato, induzam a sua acumulação em contexto de uma clearence reduzida pela administração crônica de metformina (GUELHO et al., 2014)
Também pode ser usada em associação a outros antidiabéticos orais ou insulina, só é indicada quando o objetivo terapêutico individualizado não for atingido depois de serem realizadas e precavidas as medidas de modificação de estilo de vida do paciente (PINTO et al., 2011).
3. Desenvolvimento
De fato, a metformina é o fármaco com a melhor demonstração que tem capacidade de reduzir a mortalidade e morbidade em doentes com diabetes e excesso de peso ou mesmo obesidade. E por esse motivo, a monoterapia com metformina é hoje a opção de primeira linha nas mais variadas recomendação internacionais sobre o tratamento de diabetes. Esse resultado foi obtido, com experimentos em pessoas com excesso de peso ou obesidade, e por esse motivo as recomendações da National Institute for Clinical Excellence (NICE) e da International Diabetes Federation (IDF) para os diabéticos com peso normal mencionam como opções igualmente válidas a metformina ou outro medicamento em associação (PINTO et al., 2011).
Ainda assim, não existe uma explicação mais clara e completa do mecanismo de ação, porem, alguns autores trazem que a ação desse fármaco sobre a redução de glicemia não depende da presença de células B funcionais do pâncreas. Pois os paciente com diabetes do tipo 2 consideravelmente apresenta menor grau de hiperglicemia em jejum, bem como os níveis pós-prandiais menores de hiperglicemia após uso de guanidas. (KATZUNG).
3.1. Mecanismo de Ação
O efeito adverso mais grave associado à utilização de metformina é pelo acumulo de acidose láctico e o desenvolvimento de acidose. Pois os níveis plasmáticos de lactato resultam de um balanço entre sua síntese e utilização. Entretanto, acido láctico é produzido no músculo, tecido adiposo, e fígado através do metabolismo aeróbico da glicose. Também é rapidamente tamponado, em partes através do bicarbonato extracelular, onde acontece a formação de lactato. A partir de então, sofre metabolização hepática, ou, em menor extensão, renal, de forma a regenerar novamente piruvato, ou seja, é um a-cetoácido originado, tanto pela glicólise como pela degradação dos aminoácidos, que por sua vez se converte em dióxido de carbono e água ou em glicose. (GUELHO et al.,2014).
3.2. Metabolismo e excreção
É um medicamento, cuja meio-vida é de 1,5 a 3h, não se liga as proteínas plasmáticas, pois não é metaboliza e sim excretada pelos rins em forma de composto ativo. Pode haver um bloqueio da gliconeogenese pela metformina, e neste caso o fármaco pode comprometer o metabolismo hepático de acido láctico. Nos pacientes renais, as biguanidas acumalam-se e, portanto, aumentado assim o riso de acido láctica, que parece constituir uma complicação relacionada com a dose (KUTZUNG).
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