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O Sistema Endocanabinoide

Por:   •  8/4/2021  •  Resenha  •  1.010 Palavras (5 Páginas)  •  189 Visualizações

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Quando se fala em sistema endocanabinóide trata-se de um sistema biológico formado por endocanabinóides, ou seja, neurotransmissores retrógrados endógenos, com base em lipídios que se juntam a receptores canabinóides e proteínas que receptam canabinóides presentes em todo o sistema nervoso central e periférico.

        O sistema endocanabinóide é formado por um complexo endógeno parecido com o tetradidrocanabinol, possui os receptores CB1 e CB2 (canabinóides) e enzimas presentes em seu metabolismo.

        O receptor ativado pelo THC e seus semelhantes, CB1 (receptor canabinóide) é essencialmente presente e se manifesta no sistema nervoso central, e intervém em consequências psicotrópicas dos canabinóides. Depois de caracterizada a estrutura molecular desse receptor, descobriu-se o primeiro neurotransmissor endocanabinóide (que se liga interiormente e é capaz estimular os receptores endocanabinóides), a Anandamida. O nome é derivado da palavra sânscrita Ananda, com significado de "alegria, bem-aventurança, prazer" e faz parte da natureza do grupo químico a qual pertence, amida. Após a identificação do primeiro receptor, foi descoberto o segundo receptor canabinóide, o CB2, presente especialmente em tecidos periféricos, órgãos. Também foram descobertos outros endocanabinóides que possuem discrepância em aplicação e combinação com os receptores CB1 e CB2, algumas dessas moléculas são aptas a ativar somente um desses dois receptores.  

        Os endocanabinóides são sintetizados por procedimento de membrana e só através de estímulo, não fica acondicionado em vesículas como a maior parte dos neurotransmissores.

        Ao serem acionados, os receptores canabinóides agem em vários campos para sinalizar e fazer acontecer seus efeitos em diversos órgãos e tecidos. No que se refere aos neurônios, o incitamento pré-sináptico do CB1 impede a liberação de neurotransmissores. Com relação ao receptor CB2, em sua maioria nas células do sistema imunitário, a impressão é de fazer ponte para efeitos imunossupressores.

        Há também outros desenvolvimentos patofisiológicos onde a comunicação canabinóide está presente, como sistema cardiovascular, reprodução, apetite, inflamação, dor e memória. Sendo assim, o intermédio dos receptores canabinóides podem funcionar com extrema importância numa visão terapêutica.

        Pode-se considerar a partir disso, que o sistema endocanabinóide tem envolvimento em várias áreas patológicas e fisiológicas. Assim, muitas empresas farmacêuticas mostraram interesse na pesquisa de novas perspectivas moleculares que têm como objetivo diversos membros que fazem parte deste sistema e articulem o sinal endocanabinóide.

Estudos mostram a eficácia da ação dos canabinóides que podem desempenhar um papel importante em diversas patologias. Os agentes canabinóides possuem um considerável papel terapeutico  no tratamento de vários tipos de de doenças. Muitas vezes de forma positiva e duradoura. Acredita-se que a atuação de medicamentos feitos com ativos a partir da canabis é eficaz em doenças neurodegenerativas, ansiedade, psicoses, esquizofrenia, dor, nauseas, esclerose múltiplas, alzheimer e parkinson.

Segundo a pesquisa do artigo publicado na Revista Uningá Review, a maconha hoje é administrada clinicamente em paises onde a legislação é mais tolerante em tratamento de câncer. Pois, regula o aparelho gastrintestinal, reduz náuseas e vômitos. O THC traz um efeito anestégico após o uso oral, aliviando a dor de pacientes pós-quimioterápicos. Esses efeitos são comparados a morfina, quando é atribuída uma dosagem pequena.

Para os laboratórios, ainda é um desafio comprovar sua eficácia separando o efeito medicianal da droga do efeito psicoativo. Acreditamos que ainda há muito do que se pesquisar e debater sobre a “a planta” e seus verdadeiros benefícios.

Aparentemente, as propriedades químicas que alteram a percepção do cerébro estão ligados com os responsáveis pelo caráter curativo. Com isso, se limitou a utilizar a maconha de forma medicinal.

Conclusão

A pesquisa apresentada possibilitou a reflexão e compreensão da descoberta do Sistema Endocanabinóide ligada às pesquisas sobre a planta cannabis (maconha), bem como sua composição e sua importância na fisiologia e patologia do corpo humano.

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