A Infodemia Automedicação
Por: Alberto Gomes • 17/9/2022 • Trabalho acadêmico • 748 Palavras (3 Páginas) • 100 Visualizações
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Olá, os artigos citados estão nesta pasta compartilhada do google drive, o arquivo ficou muito pesado para anexar tudo junto na plataforma.
https://drive.google.com/drive/folders/1OJq-q2HOeUMtxsfb_zUJWZO2ACSrJEp7?usp=sharing
O risco da automedicação pela “infodemia” no cenário pandêmico.
INTRODUÇÃO
O novo SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2) foi identificado pela primeira vez na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019. A doença resultante, oficialmente denominada "COVID-19" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), evoluiu rapidamente para uma pandemia. Para conter o avanço pandemia, países afetados em todo o mundo implementaram medidas de proteção drásticas, exigindo um comportamento preventivo da população (DE GANI et al., 2022; YESMIN; AHMED, 2022).
Em paralelo com o aumento exponencial de casos, houve um crescimento de informações sobre a COVID-19. Geralmente, a quantidade cada vez maior de informações pode conter erros e imprecisões, dificultando a obtenção das mesmas através de fontes confiáveis. Este novo cenário foi definido como “infodemia”, que segundo a OMS trata-se de um aumento rápido da quantidade de informações sobre um problema em um curto período de tempo, dificultando as soluções. A infodemia em torno do COVID-19 se estabeleceu, em grande parte, pelo compartilhamento de informações intencionalmente enganosas, popularmente conhecidas como “fake news” (notícias falsas) (CHALLENGER; SUMNER; BOTT, 2022; YESMIN; AHMED, 2022).
Devido à grande expansão da infodemia, a disseminação de notícias falsas pelas mídias tornou-se um desafio para a saúde pública mundial. O pânico e a preocupação entre o público em geral geraram uma predominante busca perigosa por terapias que prometem a cura ou a prevenção da COVID-19 (TORALES et al., 2022). Umm estudo islâmico reportou, por exemplo, que cerca de 800 pessoas morreram e 6.000 foram hospitalizadas em todo o mundo devido a desinformação de que beber altas concentrações mata vírus (ISLAM et al., 2020).
No que diz respeitos aos medicamentos, pesquisas afirmam que não há nenhuma recomendação de terapia medicamentosa para erradicar a doença (KOTWANI; GANDRA, 2020; RABBY, 2020). Apesar das evidências científicas afirmando a inexistência de medicamentos contra a COVID-19, estudos apontaram que houve um aumento na prática da automedicação (OKOYE et al., 2022).
A automedicação, em suma, é o uso de medicamentos sem o acompanhamento adequado de um médico, farmacêutico ou outro profissional de saúde. Os riscos de tal prática podem ocasionar o aumento da morbimortalidade no diagnóstico, retardando a busca por acompanhamento e tratamento adequado, além do risco de promover resistência a antimicrobianos, reações adversas a medicamentos e aumento de interações medicamentosas (OKOYE et al., 2022). Uma grande evidência é em relação a “fake news” referente ao uso da cloroquina/hidroxicloroquina como prevenção a infecção por COVID-19, levando a preços mais altos do medicamento, assim como hospitalizações e mortes por overdose (ALEGIANI et al., 2021; MARTÍNEZ, 2020).
Dessa forma, pretendeu-se realizar um estudo com o objetivo geral de analisar os riscos prática da automedicação pela infodemia no cenário pandêmico.
REFERÊNCIAS
ALEGIANI, S. S. et al. Risk of coronavirus disease 2019 hospitalization and mortality in rheumatic patients treated with hydroxychloroquine or other conventional disease-modifying anti-rheumatic drugs in Italy. Rheumatology (Bulgaria), v. 60, n. SI, p. SI25–SI36, 2021.
CHALLENGER, A.; SUMNER, P.; BOTT, L. COVID-19 myth-busting: an experimental study. BMC Public Health, v. 22, n. 1, p. 1–13, 2022.
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