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APS - Princípios ativos que alteram geneticamente um indivíduo

Por:   •  17/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.752 Palavras (12 Páginas)  •  875 Visualizações

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Atividades Práticas Supervisionadas:

Princípios ativos que alteram geneticamente um indivíduo

Campinas – SP

Princípios ativos que alteram geneticamente um indivíduo.

Resumo

Formas adequadas de prescrição de fármacos devem ser respeitadas, para que se consigam os efeitos esperados. Fatores como, características fisiopatológicas do paciente deverão ser adotados, assim como as dosagens e intervalo de administração para uma eficácia esperada e sem toxicidade. As respostas às drogas são influenciadas por múltiplos fatores, incluindo-se estado de saúde, influências ambientais e características genéticas. A farmacogenética é uma área da farmacologia clínica que estuda como diferenças genéticas entre indivíduos podem afetar as respostas às drogas. Neste sentido, polimorfismos genéticos em enzimas metabolizadoras, transportadores ou receptores contribuem para as variações nas respostas a medicamentos. Esta revisão objetiva introduzir alguns princípios, aplicações clínicas e perspectivas da farmacogenética, enfatizando alguns importantes achados clínicos e aplicações que podem contribuir para a melhoria da terapêutica.

Palavra chave: Drogas, Princípios Ativos, Genética e Tratamento.

Abstract

Appropriate forms of prescription drugs must be respected, so as to leave the expected effects. Factors such as, pathophysiological characteristics of the patient should be adopted, as well as the dosages and dosing interval for an expected efficacy without toxicity. Responses to drugs are influenced by multiple factors, including health status, environmental influences, and genetic characteristics. Pharmacogenetics is an area of clinical pharmacology that studies how genetic differences among individuals may affect responses to drugs. In this regard, genetic polymorphisms in drug metabolizing enzymes, transporters, receptors and contribute to variations in responses to drugs. This review aims to introduce some principles, clinical applications of pharmacogenetics and perspectives, emphasizing some important clinical features and applications that can contribute to the improvement of therapy.

Keywords: Drugs, Active Principles, Genetics and Treatment.

1. INTRODUÇÃO

A terapia do tratamento de doenças em humanos vem e depende de bases farmacológicas que possam trazer a escolha de um medicamento correto para o tratamento, de forma científica e racional. A forma mais adequada de escolher o fármaco correto visando reverter, atenuar ou prevenir um determinado processo patológico, clínico, é prescrever também a seleção mais adequada das características fisiopatológicas como: idade, peso, sexo e raça do paciente! Como a intensidade dos efeitos, terapêuticos ou tóxicos, dos medicamentos depende da concentração alcançada em seu sítio de ação, é preciso garantir que o medicamento escolhido atinja, em concentrações adequadas, o órgão ou sistema suscetível ao efeito benéfico requerido. Para tal é necessário escolher doses que garantam a chegada e a manutenção das concentrações terapêuticas junto aos sítios moleculares de reconhecimento no organismo, também denominados sítios receptores. Se quantidades insuficientes estão presentes no sítio receptor, o medicamento pode parecer ser ineficaz mesmo sendo o "certo", falseando, assim, a eficácia do fármaco escolhido. Em uma situação como esta, o fármaco pode ser descartado erroneamente, sendo que o sucesso terapêutico poderia ser alcançado se a dose e/ou o intervalo de administração corretos fossem prescritos. Do mesmo modo, esquemas posológicos inapropriados podem produzir concentrações excessivas no sítio receptor, o que acarretaria a produção de toxicidade e, mais uma vez, o medicamento "certo" pode erroneamente ser descartado, por apresentar excessivas concentrações no organismo.

2. DESENVOLVIMENTO

Existem vários fatores que influenciam na genética de um individuo, como por exemplo, os fármacos. Tradicionalmente, a pesquisa de fármacos concentra seus esforços iniciais na fase farmacodinâmica. Triagens preliminares usam modelos in vitro, tais como enzimas, receptores ou tecidos, para obter a relação entre os novos compostos e sua potência agonista ou antagonista. A partir destes estudos, triagens secundárias e terciárias frequentemente são dirigidas à administração do composto a animais, com observação do efeito farmacológico. Porém, há falhas de correlação, muitas vezes associada a problemas farmacocinéticos dos compostos, como baixa biodisponibilidade, duração de ação (muito curta ou muito longa), ou a presença de metabólitos ativos, que podem levar a programas clínicos malsucedidos e alterações genéticas. Para ilustrar, Prentis e colaboradores relataram que, entre o período de 1964 a 1985, sete companhias farmacêuticas estabelecidas no Reino Unido introduziram 49 novas entidades químicas no mercado, enquanto 198 compostos foram abandonados no desenvolvimento. A principal razão para o término foi farmacocinética inapropriada (39,4%). Dentre as estratégias de modificação molecular, a preparação de prófármacos – também chamada de latenciação de fármacos – tem recebido especial atenção. O termo pró-fármaco foi introduzido por Albert, em 1958, para descrever compostos que necessitam de biotransformação prévia para promover efeito farmacológico. Consiste essencialmente em converter, mediante modificação química, um composto biologicamente ativo em forma de transporte inativo que, após sofrer ataque enzimático ou químico, libertará o fármaco ativo. O metabolismo de fármacos compreende o conjunto de reações enzimáticas que biotransformam fármacos e outros compostos estranhos (xenobióticos) em metabólitos de polaridade crescente, para que sejam excretados pela urina. O metabolismo desempenha, assim, um importante papel na eliminação de fármacos, e impede que estes compostos permaneçam por tempo indefinido no nosso organismo. As reações metabólicas são divididas em fase 1

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