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Doenças bavteriana

Por:   •  29/11/2015  •  Bibliografia  •  1.412 Palavras (6 Páginas)  •  318 Visualizações

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ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NAS DOENÇAS BACTERIANAS

  1. INFECÇÕES AGUDAS SÉPTICAS POR COCOS – PROCESSOS INFLAMATÓRIOS SÉPTICOS

  • Pancreatite
  • Apendicite
  • Abdomêm agudo
  • Peritonite
  • Queimaduras e traumatismos sépticos
  • Septicemia
  • Abcessos
  • Infecção puerperal
  • Outras

SÉRIE VERMELHA: A princípio o eritron não é afetado. Se há anemia, a causa pode ser anterior ao processo. Persistindo o quadro infeccioso por tempo mais prolongado, ocorrem anemias do tipo normocítica normocrômica ou microcítica hipocrômica. Septicemias por estreptococo, pneumococo e clostridium, podem causar anemia hemolítica durante a fase aguda.

SÉRIE BRANCA: A característica dos processos  agudos bacterianos por cocos é a leucocitose neutrofílica (mais de 70% de neutrófilos) com ou sem desvio a esquerda. Dependendo da extensão da infecção, há um quadro leucemóide neutrofílico com número global de leucócitos superior a 20.000/μl e um desvio a esquerda até mielócito ou mesmo até  promielócito.

        Outra característica de processos infecciosos desta natureza são as alterações qualitativas observadas nos neutrófilos, como as granulações tóxicas e vacuolização citoplasmática nos neutrófilos e nos monócitos, que às vezes aumentam em número e apresentam polimorfismo.

Em casos de inibição ou falência medular, ocorre leucopenia com desvio a esquerda (desvio a esquerda degenerativo), refletindo em um mau prognóstico.

Os eosinófilos tendem  a diminuir ou mesmo a desaparecerem da corrente sanguínea.

                MECANISMOS DO AUMENTO DOS NEUTRÓFILOS NA PERIFERIA:

  • Circulação dos neutrófilos marginais e retardamento de evasão para fora dos vasos (fluxo ou cinética periférica)
  • Estimulação de Stem Cells para diferenciação granulocítica, aumentando IL-1, IL-3 e CSF-G.
  • Abreviação do tempo de trânsito na fase de mielócito durante o ciclo celular granulocítico.
  • Aumento de divisões na fase de mielócitos.
  • Aceleração da imigração celular neutrofílica para o sangue periférico.

PLAQUETAS: São normais desde que não haja quadros associados à CID (Coagulação Intravascular Disseminada).

  1. INFECÇÕES POR BACILOS GRAM-NEGATIVOS

  • Brucelose
  • Febre Tifóide
  • Septicemia

SÉRIE VERMELHA: Pode apresentar leve anemia hipocrômica, ou hipercromomacrocítica em alguns casos. Na febre tifóide, a anemia vai se agravando a medida que a doença progride.

SÉRIE BRANCA: Número de leucócitos normal ou mais frequentemente diminuído com leucopenia de até 2.000 leucócitos/μl de sangue. Neutropenia relativa, desvio a esquerda, granulações tóxicas e linfocitose relativa. Discreta diminuição dos eosinófilos.

PLAQUETAS: As plaquetas diminuem em parte dos casos com síndrome hemorrágicas – púrpura, epistaxe – e sua determinação serve para julgá-la.

  • Tuberculose pulmonar

SÉRIE VERMELHA: A anemia hipocrômica progride com o tempo e com a extensão da doença.

SÉRIE BRANCA:  O leucograma é de grande importância como exame complementar no acompanhamento e evolutivo da tuberculose (Tb).

        Na fase aguda predomina neutrofilia com desvio a esquerda e granulações tóxicas nos neutrófilos e linfopenia. O equilíbrio entre neutrófilos e linfócitos (linfocitose) ocorre na fase de cura das lesões.

        O monócito tem em particular uma importância destacada na Tb, pois o número relativo e absoluto está diretamente relacionado com a extensão da doença, podendo ocorrer até a reação leucemóide monocítica nos casos graves.

PLAQUETAS: Normais.

  1. CASOS ESPECÍFICOS DE MÚLTIPLOS AGENTES

  • Pneumonia

O leucograma varia com a etiologia e com as condições prévias do paciente.

        PNEUMOCOCO: neutrocitose e desvio são acentuados e precoces. Há granulações tóxicas e corpo de Döhle; raramente podem ser vistos os germes em fagossomas nos neutrófilos do sangue, principalmente em pacientes sem baço. O pneumococo não é o agente usual de pneumonia em pacientes com neutropenia pôr quimioterapia, mas muitas vezes é o agente nos alcoólatras, idosos e debilitados.

        HAEMOPHILUS INFLUENZA: o tipo lobar (usual em pediatria) causa neutrocitose e desvio, iguais à pneumonia pneumocócica; a anemia de doença crônica é muito precoce. Na broncopneumonia dos idosos e alcoólatras o hemograma varia muito, dependendo das condições do paciente.

        PNEUMONIAS PÔR ASPIRAÇÃO: só não há neutrocitose se houver uma condição prévia de neutropenia.

        ESTAFILOCOCO: a neutrocitose é considerável, com grande desvio à esquerda e granulações tóxicas.

        BACILOS GRAM NEGATIVOS: a pneumonia é uma complicação, muitas vezes terminal, de pacientes caquéticos, imunossupressos e neutropênicos; o hemograma é totalmente dependente das condições clínicas e tratamentos subjacentes. Quando se instala em paciente neutropênico a mortalidade é considerável e o prognóstico depende do prazo de recuperação dos neutrófilos.

        LEGIONELLA: não há neutrocitose importante, mas há persistente desvio à esquerda; o VHS é desproporcionalmente elevado em relação à taxa de neutrófilos.

        MYCOPLASMA: a leucocitose, a expensas de neutrófilos, não ultrapassa 12.000/μl. Não há linfocitose mas pode haver alguns linfócitos atípicos. Há crioaglutinação.

        PNEUMOCYSTIS CARINII: quando ocorre em aidéticos há neutrocitose persistente, mas dificilmente acima de 15.000 leucócitos/μl. Quando ocorre durante quimioterapia, o leucograma depende desta.

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