Toxiplasmose
Por: shikaka • 6/5/2015 • Relatório de pesquisa • 1.838 Palavras (8 Páginas) • 715 Visualizações
OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo estudar o Toxoplasma Gongii( Toxoplasmose), as várias formas que possui, os tipos de hospedeiros, trasmissões, melhores formas de diagnósticos e tratamentos.
TOXOPLASMOSE
Toxoplasma gondii é um protozoário causador da toxoplasmose. É uma infecção muito frequente em várias espécies de animais mamíferos e aves. O gato é o animal mais conhecido que pode transmitir a doença, pois, o mesmo é hospedeiro definitivo ou completo e o homem é hospedeiro intermediário ou incompleto.
Apresenta quadro clinico variado desde a infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves e encontradas principalmente em recem-nascidos, sendo caracterizada por encefalite, hepatomegalia, geralmente associada a hidrocefalia e outras, com altas taxas de morbidade e mortalidade. Essa doença veio evoluindo mais facilmente em pacientes com o sistema imune comprometido.
Outro período de risco para se adquirir a infecção é durante a fase gestacional. A contaminação ocorre da gestante para o feto (transmissão vertical). O feto pode ter sérias complicações, causando má formação, como hidroencefalia, por exemplo.
MORFOLOGIA E HABITAT
O T. Gondii tem sua morfologia múltipla que depende do seu habitat e estado evolutivo. Este parasito pode ser encontrado em vários tecidos, líquidos orgânicos e células com exceção das hemácias. Ele se apresenta em três formas infectantes:
Taquizoito: Este é observado apenas em sua fase aguda, ele se apresenta em forma de banana ou meia lua, em sua extremidade mais afilada encontra se o oonoide que tem por função a penetração. Sua reprodução e rápida. Este pode ser encontrado no dentro das células, líquidos orgânicos, células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares.
Bradizoitos: Este é observado na fase crônica, são intracelulares e de reprodução lenta. Os bradizoítos são encontrados em grande numero dentro dos cistos. Este pode ser encontrado nos tecidos musculares esqueléticos, cardíacos, retina, tecido nervoso.
Oocistos: Eles tem sua forma oval, eles são produzidos no intestino dos felídeos e eliminados em sua fezes, tendo em seu interior dois esporocistos e cada um com 4 esporozoitos. O oocisto leva de 1 a 5 dias para esporular em meio ambiente, que é quando ele se torna infectante contaminando água e alimentos que o homem e animais ingerem e se infectam.
CICLO BIOLÓGICO
O Ciclo é dividido em duas fases distintas: a fase sexuada e o fase assexuada.
Fase sexuada ou coccidiana: se desenvolve nas células do intestino de gatos jovens não-imunes. Durante esse processo ocorre uma fase assexuada (merogonia) e outra sexuada (gamogonia) do parasito, por isso, os gatos são considerados hospedeiros completos.
Os esporozoítos, bradizoítos ou taquizoítosao invadirem estas células, sofrem multiplicação por endodiogenia e merogonia (esquizogonia), gerando merozoítos. Esses porém, são denominados meronte ou esquizonte maduro. Quando ocorre a quebra dessas células, novas células sofrerão penetração pelos merozoítos e se transformarão em sexuadas masculina(microgametas) e femininas(macrogametas).
Os microgametas sairam de suas células para fecundarem os magrogametas, formando ovos ou zigotos. Estes formam posteriormente, oocistos, que rompem células parasitadas e são eliminadas nas fezes.
Fase assexuada: se desenvolve nos linfonodos e em vários tecidos dos gatos e outros felídeos.
O homem é um hospedeiro suscetível, pois adquirem o parasito através da ingestão de alimentos com taquizoítos, água contendo oocistos e carnes cruas ou mal cozidas contendo bradizoítos.
Cada célula proveniente desse protozoário, sofre multiplicação intracelular, dentro do canal digestivo. Essa disseminação do parasito no organismo, provoca quadro polissintomático e a gravidade dependerá das da quantidade de formas infectantes adquiridas e das condiçãoes dos hospedeiros. Dentro dessa fase a infecção se manisfesta em estágios inciando-se com a proliferativa que é a fase aguda podendo levar o hospedeiro à morte. Na fase cística ocorre uma diminuição do parasitismo devido ao organismo começar adiquirir resposta imune. A fase crônica se caracteriza por permanecer ativa por um longo período e por haver possibildade de reagudização.
TRANSMISSÃO
A infecção causada pelo protozoário T.gondii representa uma das zoonoses mais difundidas no mundo. Grande parte da população e animais dométicos, como o gato, apresentam parasitismo pelo toxoplasma.
Os humanos adquirem a infecção através de três vias:
1º) ingentão de oocistos contidos em alimentos, água contaminada, caixa de areia, latas de lixo (disseminados por mosca, barata, minhoca, etc.), jardins e etc.
2º) ingestão de cistos contidos em carnes cruas, especialmente em carne de porco e do carneiro. Os cistos são resistentes, suportam altas temperaturas, tanto ao frio quanto ao calor.
3º) congênita ou transplacentária, o risco aumenta no período gestacional. Na fase inicial o aumento é em torno de 14%, esse número aumenta nos ultimos meses da gestação, cerca de três vezes mais.
Raramente poderá ocorrer contaminação de leite ou saliva, através da ingestão do taquizoítos e/ou acidentes de laboratórios ou transplante de orgãos.
IMUNIDADE
Mecanismos imunes mediados por células desempenham o papel importante na resistência a doença. As respostas imunes de um hospedeiro são complexas e envolvem mecanismo humoral e celular.
Imunidade Humoral
A produção de imunoglobulinas de IgM e anticorpos de IgA em recém-nascidos são utilizadas para o diagnóstico de toxoplasmose congênita, pois não atravessam a placenta e quando presentes no soro indicam a produção pelo próprio feto. A produção de imunoglobulina IgM é de curta duração.
Imunidade Celular
No início da infecção pelo T.gondii, os macrófagos englobam os taquizoítos nos fagossomos, onde os parasitam devem se multiplicar. A multiplicação é inibida quando ocorre a fusão entre o fagossomo e o lisossomo e estes devem ser estimulados pelo IFN-y. Os macrófagos inibem ou matam o T.gondii atraves da ruptura oxidativa ou por um mecanismo de L-arginina.
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