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Úlceras de decubito

Por:   •  22/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.282 Palavras (10 Páginas)  •  348 Visualizações

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FISIOTERAPIA – Estagio Supervisionado

     Campo: Hospital Estadual

                                                 Úlceras de decubito

                                                    

         Nome

                            RA

João Pereira da Silva

                      3226041346

                                    Prof. João Paulo

                                                    BAURU

                                                      2015

                         Úlceras por pressão ou úlceras de decúbito

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano em média no adulto, atinge uma área total de 2m²; Suas funções são de vital importância para a manutenção dos mecanismos de defesa e tremo regulação entre outras funções do organismo como um todo. Com os distúrbios cutâneos causados por pressão, fricção ou cisalhamento este órgão perde sua função de proteção, surgindo às úlceras por pressão(Araújo; et al, 2010).

Segundo o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), as úlceras por pressão são definidas como áreas de necrose tissular(Matos, 2010). é uma lesão que causa alteração fisiológica na pele e até mesmo no tecido ou estrutura subjacente, comumente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão ou de pressão combinada com fricção e/ ou cisalhamento (Rogenski; Kurcgant, 2012).

Fator de grande relevância é a síndrome do imobilismo pela situação de acamação por um longo período que provocam um profundo desconforto orgânico. Algumas condições patológicas podem levar ao imobilismo, como: doenças cardiopulmonares, diabete melitos, neurológicas, ortopédicas, reumatológicas, má nutrição, quadros dolorosos, demências, neoplasias, etc(Cintra; et al, 2013).

As úlceras por pressão, escaras ou úlceras de decúbito têm sido relatadas como sendo objeto de preocupação entre os profissionais da saúde, problema que continua sendo comum em pacientes hospitalizados sem mobilização (síndrome do imobilismo). (Araújo; et al,2010). Podendo causar danos incalculáveis em termos de dor, sofrimento, além de contribuir para o aumento dos custos com internações e tratamentos(Matos, 2010).. As úlceras de decúbito resultam da pressão prolongada sobre uma determinada área do corpo, causando perda da circulação nessa região e subsequente destruição tecidual (Araújo; et al, 2010)

Considera-se que de 7 a 10 dias acamado seja um período de repouso, de 12 a 15 dias já pode considerar imobilização e a partir de 15 dias decúbito de longa duração. Podemos afirmar que as alterações induzidas pelo imobilismo podem surgir já nas primeiras 24 horas e, se persistirem, pode resultar em outras complicações (Cintra; et al, 2013).                                                                                                        Caso não seja interrompido o fator pressão, elas se estendem rapidamente e tornam-se muito dolorosas. Em geral, o que complica o quadro clínico é o surgimento das infecções secundárias (Araújo; et al ,2010). A sua maior incidência descrita na literatura foi na região sacral seguida dos calcâneos, relatada em investigação realizada em unidades de terapia intensiva de hospitais universitários brasileiros (Freitas; Alberti, 2013).                                                                                      

 Apesar de hoje contarmos com o avanço científico e tecnológico e do aperfeiçoamento dos serviços e cuidados de saúde, a incidência de úlcera por pressão se mantém alta, estima se que é de 23,1% a 59,5%, principalmente em pacientes de unidade de terapia intensiva, de acordo com estudos brasileiros (Borghardt; et al, 2015).

Escala de Bradden        

 A Escala de Braden é a mais utilizada, tem por função predizer o surgimento

de ulcera por pressão. Foi publicada em 1987 e validada para o Brasil em 1999. A escala de Braden está amparada na fisiopatologia das úlceras por pressão e permite avaliação dos aspectos importantes da formação da úlcera (Borghardt; et al, 2015). É a escala que apresenta uma sensibilidade maior e é mais específica, oferecendo maior eficiência na avaliação(Matos, 2010).

 Avalia diferentes categorias tais como: percepção sensorial; umidade; atividade; mobilidade; nutrição; fricção ou cisalhamento (Freitas; Alberti, 2013).

Dividindo se em itens, dos quais são atribuídos escores que varia de 1 a 4, que ao final são somados para obter a pontuação final. Os pacientes que obtiverem escore igual ou maior que 16 são considerados de pequeno risco; de 11 a 16, indica risco moderado e, abaixo de 11, alto risco, pois apresentam uma debilidade funcional orgânica importante, que facilita o surgimento das úlceras por pressão (Araújo; et al, 2010).

Feita a coleta de dados, utiliza-se o instrumento de quatro partes, sendo a primeira, para coleta dos dados sociodemográficos (idade, sexo, cor/etnia, procedência); a segunda para achados clínicos (doença de base, doenças associadas, tempo de internação, medicamentos de uso contínuo e índice de massa corpórea (IMC)); a terceira, para avaliação dos pacientes de risco, mediante a Escala de Braden, a quarta parte, para obtenção das características das úlceras, quando presentes (número, localização e estadiamento).

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