A FERTILIZAÇÃO
Por: Fernanda Cardoso • 22/10/2015 • Seminário • 1.410 Palavras (6 Páginas) • 391 Visualizações
Fertilização “in vitro” convencional – FIV
A fertilização in vitro é um processo que envolve a retirada dos óvulos do corpo da mulher, fertilizá-los dentro do laboratório de FIV, com o sêmen do seu marido e transferir os embriões resultantes para o seu útero 2 a seis dias mais tarde. O primeiro bebê de fertilização in vitro nasceu na Inglaterra em julho de 1978. Hoje, milhares de crianças nascem anualmente como resultado desta técnica.
A fertilização in vitro pode ser usada como um tratamento efetivo para infertilidade em todos os casos com exceção daqueles casais que tem uma muito baixa contagem de espermatozóides no sêmen. É geralmente usada em casais que não conseguiram engravidar após um ano de tentativa sem sucesso e que tem um ou mais dos itens a seguir listados:
1. Bloqueio das trompas de falópio ou aderências pélvica com distorção da arquitetura da anatomia. Mulheres que fizeram ligadura das trompas; assim como homens que fizeram vasectomia.
2. Infertilidade por fator masculina severo ( baixa contagem de espermatozóides ou baixa motilidade).
3. Falha de 2 a 3 ciclos de inseminação intra uterina ou estimulação ovariana com coito programado.
4. Idade materna avançada > ou igual a 38 anos.
5. Reduzida reserva ovariana – Uma dosagem de FSH no 3o dia da menstruação e uma contagem de folículos antrais são testes de "screnning' para avaliar a quantidade e a a qualidade dos óvulos.
6. Endometriose e infertilidade sem causa aparente.
Em 1978, na Inglaterra, Dr. Roberto Edwads, médico cientista e Dr. Patrick Steptoe, médico ginecologista e obstetra, iniciaram uma colaboração histórica que culminaria com a maior descoberta médica do século: o primeiro bebê de proveta do mundo. Louise Brown, nascida em 1978.
O nascimento do primeiro bebê de fertilização in vitro em 1978 deixou o mundo surpreso. A FIV é provavelmente o procedimento de reprodução assistida mais praticado no mundo. No começo era indicado para tratar apenas casais cujas trompas da muilher eram ruins, mas depois a FIV convencional foi indicada para várias outras causa de infertlidade.
Na fertilização in vitro convencional os óvulos permanecem em uma placa de Petri com meio de cultura até o momento da inseminação com os espermatozóides, normalmente realizada quatro a seis horas após a coleta dos óvulos.
Na Clínica BIOS, realizamos a inseminação utilizando a técnica de microgotas, mais moderna e que oferece melhores resultados. Para que ocorra a fertilização, em cada microgota colocaremos um óvulo para cada 100.000 espermatozóides. Estes espermatozóides foram processados de tal forma que apenas os melhores e mais ativos entram em contato com o óvulo. Neste tipo de fertilização o espermatozóide precisa sozinho penetrar no óvulo, para isto ele precisa se ligar a uma capa que fica em torno dos óvulos que nós a partir de agora chamaremos de zona pelúcida. Após ligar se a esta capa ele penetrará no óvulo e este para impedir que outros espermatozóides também penetrem libera umas substâncias que impede a entrada de mais de um espermatozóide por óvulo.
Na Clínica BIOS, tanto na fertilização in vitro convencional quanto na ICSI- Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide, todas as etapas do processo são realizadas com rigorosa assepsia, no interior de um laboratório que filtra o ar e remove qualquer tipo de impureza.
Todo o ar do laboratório é tratado recebendo classificação 100, semelhante à indústria farmacêutica. A classificação de sala 100 – como é o nosso caso; implica dizer que em hum metro cúbico de ar tem menos de cem partículas; laboratórios sem este sistema de filtração do ar tem mais de cinco milhões de partículas suspensas por metro cúbico.
Antes da realização da Fertilização in vitro Convencional é necessário que o casal passe por algumas etapas:
1. Realização dos Exames Obrigatórios;
2. Estimulação da ovulação
3. Aspiração do líquido folicular
4. Checagem da presença dos óvulos no líquido folicular
5. Denudação dos óvulos
6. Período de maturação dos óvulos
ICSI
A ICSI, ou injeção intracitoplasmática de espermatozóide, representou um avanço em relação a técnica de fertilização in vitro convencional. Devido as excelentes taxas de fertilização e bom desenvolvimento embrionário, a técnica de ICSI tem sido indicada em praticamente todos os casos de infertilidade, mesmo sem a presença do fator masculino de infertilidade.
A ICSI consiste na injeção de um único espermatozóide no interior do óvulo com um sofisticado aparelho chamado de micromanipulador de embriões. A agulha que faz a injeção do espermatozóide é dez vezes mais fina do que um fio de cabelo e a visão é ampliada quatrocentas vezes. É um processo de altíssima tecnologia e que requer a existência de um aparelho chamado de micromanipulador de gametas.
As principais indicações da ICSI são:
1. Casais com fator de infertilidade masculina severa.
2. Casais com fator de infertilidade masculina moderada:
- Concentração espermática de menos de 15 milhões de espermatozóides por ml ou;
- Motilidade espermática com menos de 35% móveis ou;
- Morfologia muito ruim do espermatozóide.
3. Casais que fizeram um ciclo prévio de fertilização in vitro convencional e que não teve fertilização ou cuja taxa de fertilização foi baixa.
4. Casais que produziram um menor número de óvulos – menos de seis óvulos;
5. Azoospermia – ausência de espermatozóides no ejaculado; o espermatozóide existe no epidídimo ou dentro do testículo.
Como a ICSI é realizada?
1. O óvulo maduro é seguro com uma pipeta especializada – chamada de pipeta holding.
2. Uma agulha extremamente delicada é usada para imobilizar o espermatozóide.
3. Esta agulha é cuidadosamente inserida dentro do citoplasma do óvulo.
4. O espermatozóide que esta no interior da agulha é injetado no interior do óvulo.
5. A agulha é cuidadosamente retirada do interior do óvulo.
Antes da realização da ICSI é necessário que o casal passe por algumas etapas:
1. Estimulação da ovulação;
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