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A Narrativa de Experiência na USF do Centenário

Por:   •  28/8/2021  •  Seminário  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  130 Visualizações

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Narrativa de Experiência na USF do Centenário

Em nossa primeira visita à Unidade de Saúde da Família (USF) do Centenário tratamos da territorialização do local, conhecendo a USF, o bairro, a comunidade e a equipe de saúde. Fomos divididos em grupos, sendo 4 estudantes em uma quinta e os outros 4 na quinta subsequente.

[pic 1][pic 2]

Diante da nossa visita, podemos constatar diversos fatores que compõem o território do Centenário. A USF fica localizada na rua principal do bairro - Rua da União, nela podemos visualizar o acesso a diversas ruas e becos secundários, além disso há um mercadinho do lado direito e na parte baixa da rua há um terreno baldio, onde se acumula lixo e ficam animais, como vemos abaixo.

[pic 3]

O território é bastante íngreme e fica situado no Morro do Centenário que contém muitas casas aglomeradas e é bastante habitado. Também notamos a presença de diversos comércios e serviços locais, como uma creche e duas escolas, que atendem crianças de várias regiões, uma lavanderia na parte baixa do morro, mercearias familiares e casas com alguma atividade comercial de pequeno porte, como a venda de hortaliças. Ademais, quanto à preferência religiosa, se destaca a católica, mas estão presentes também no território adeptos ao candomblé e ao cristianismo protestante. Logo, nota-se que a atividade ocupacional do Centenário consiste, principalmente, em atividades autônomas. A população é, portanto, bastante humilde, muitos recebem o programa Bolsa Família, algumas casas contam com diversos moradores, mesmo sendo bem pequenas e apertadas, muitas mulheres são donas de casa e notamos também muitas crianças por residência. A comunidade é composta em sua maioria por mulheres, com idade entre 20  e 49 anos. Nessas condições muitas mães que não podem sair de suas casas para empregos formais, porque precisam cuidar dos filhos, fazem bordados e faxinas para ter uma renda extra.

Já com relação a infraestrutura do local, as ruas não são bem divididas nem organizadas, as casas são em sua maioria de alvenaria, embora a construção seja precária, e amontoam-se umas sobre as outras, o calçamento é irregular e em muitas localidades verificamos animais transitando livremente. O local que apresenta melhores condições de moradia, relatado pelas ACS’s, é a microárea 4. Quanto ao saneamento básico, apesar da maior parte do morro ter água encanada (excetuando-se algumas áreas mais superiores), o problema consiste na fragilidade do serviço executado, pois em decorrência das chuvas diversos canos cedem e estouram, deixando o esgoto a céu aberto, o que gera um grave problema à saúde pública. Além disso, foi perceptível o acúmulo de lixo nas ruas e o descarte inadequado do mesmo. No que se refere à limpeza das vias, é a população que executa, inclusive a lavagem das escadarias.

[pic 4] [pic 5]

Acompanhamos as agentes comunitárias em suas visitas às famílias, para entender um pouco da rotina do lugar e conhecer a população que ali habita. Percebe-se que as famílias, diversas vezes, configuram-se na presença da mãe, avós e filhos; tal fato ocorre devido à falta de planejamento familiar. Foi relatado pelas profissionais de saúde que a gravidez na adolescência era algo bastante recorrente alguns anos atrás, inclusive uma criança de 12 anos grávida já foi assistida na USF. Porém, através de distribuição dos mais diversos métodos contraceptivos e da educação sexual amplamente explorada pelo Dr. Carlos, hodiernamente a faixa etária de gestantes elevou-se, além de reduzir o índice de IST 's.

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